segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

RUFINA NOEGGERATH (“Bonne Maman”)[1]

 


 

Rufine Hilarie Temmerman nasceu em 10 de outubro de 1821, em Bruxelas, Bélgica. Cresceu em família relativamente abastada. Estudou em Bonn (Alemanha) quando jovem. Escritora, filósofa espírita, médium e pintora. Demonstrava talento artístico, especialmente em pintura — realizava retratos ao pastel. Casou-se com Charles Noeggerath, médico e “magnético” (hipnotizador / magnetizador).  Tiveram uma filha chamada Rolanda. Charles morreu em 1852, quando Rufina tinha cerca de 30 anos.

Depois da morte do marido, Rufina passou por dificuldades financeiras. Volta à arte e grandes dificuldades. Exerceu como pintora em Paris, especialmente retratos a pastel. Também tentou inovar, propondo um processo químico para “metalizar” tecidos para dar-lhes maior resistência, mas perdeu parte dos documentos de seu pedido de patente durante o Cerco de Paris (1870).

Após a morte do marido, interessou-se pelo espiritismo — especialmente para tentar se comunicar com ele. Fundou seu próprio círculo espírita, onde recebia sessões mediúnicas e encontros filosóficos. Era conhecida por sua bondade, moral elevada e caridade, ganhando o apelido carinhoso de “Bonne Maman” (“Boa Mãe”). Em 1897, ela publicou sua principal obra espírita: La Survie, sa Réalité, sa Manifestation, sa Philosophie, com prefácio de Camille Flammarion. Seu salão (na rua Milton, em Paris) era frequentado por vários intelectuais, escritores, pensadores e filósofos interessados nas ciências psicográficas / espíritas. Em 1905, mesmo já bem idosa, era vista como uma figura essencial no movimento espírita de Paris.

Era considerada uma espécie de “apóstola do espiritismo e da paz universal” — título que aparece em seu túmulo. Diz-se que sua sepultura no Père-Lachaise é muito visitada por espíritas, sendo associada a milagres, especialmente “troubles de la vue” (problemas de visão), segundo fontes espíritas. Sua filosofia espiritista enfatizava o amor, a caridade e a ideia da sobrevivência da alma após a morte. Após sua morte, há relatos espiritistas que afirmam que ela se “materializou” em sessões mediúnicas, para mostrar a continuidade da vida após a morte.

Faleceu em 15 de abril de 1908, em Paris, França. Está sepultada no Cemitério do Père-Lachaise (Divisão 94), em Paris.



[1] Biografia obtida através do Chat GPT