segunda-feira, 28 de março de 2022

IAN STEVENSON[1]

 


Ian Pretyman Stevenson nasceu em  31 de outubro de 1918, em Montreal, M.D.  Cresceu em Ottawa, onde seu pai era o correspondente canadense para o New York Times. Sua mãe, por sua vez, fez com que Stevenson se interessasse por Teosofia. Estudou na Universidade de St. Andrews, na Escócia, e na Universidade McGill, em Montreal, onde graduou-se em 1942 e especializou-se em 1943, sendo o primeiro de sua classe. Nos anos de 1950, inspirado por um encontro com Aldous Huxley, tornou-se um pioneiro no estudo médico sobre os efeitos do LSD.  Stevenson casou-se com Margaret Pertzoff em 1985. A sua ex-mulher, Octavia Reynolds, morreu em 1983.

Foi um cientista e professor de psiquiatra da Universidade da Virginia; um dos mais importantes pesquisadores na temática das experiências espirituais. A sua pesquisa incluía principalmente o tema da reencarnação, a problemática do relacionamento entre mente e cérebro e a continuidade da personalidade após a morte.

Em 1957 Stevenson foi nomeado chefe do Departamento de Psiquiatria e Ciências Neurocomportamentais da Universidade da Virgínia. A sua principal pesquisa incluía doenças psicossomáticas, compêndios sobre pacientes entrevistados e exames psiquiátricos.

Em 1958 e 1959, Stevenson escreveu ativamente na conceituada revista “Haper”, incluindo temas como doenças psicossomáticas e percepção extra-sensorial (PES), e em 1958, foi o vencedor em uma competição de ensaios sobre fenômenos paranormais e vida após a morte promovida pela organização parapsicológica American Society for Psychical Research, em homenagem a um dos pioneiros da área, William James. A partir daí Stevenson se aprofundou muito mais nos fenômenos paranormais, se tornando o fundador da moderna pesquisa científica a respeito da reencarnação e ficando famoso por recolher e analisar meticulosamente casos de crianças as quais pareciam lembrar de vidas passadas sem o auxílio da hipnose. Após a publicação de seu primeiro ensaio sobre reencarnação em 1966, o inventor da fotocopiadora, Chester Carlson, custeou as suas primeiras visitas de campo à Índia e ao Sri Lanka. Quando Carlson faleceu (1968), legou um milhão de dólares para manter uma cadeira na Universidade da Virgínia, e mais um milhão de dólares para o próprio Stevenson, com o intuito de que a pesquisa sobre a reencarnação não parasse. O trabalho de pesquisa sobre reencarnação realizado pelo psiquiatra também recebeu significativo apoio financeiro de Eileen J. Garrett , uma das fundadoras da Fundação de Parapsicologia.

Em 1967, Stevenson foi escolhido como Diretor do Setor de Estudos da Personalidade (posteriormente recebendo o nome de "Setor de Estudos da Percepção"), que funciona ainda hoje com objetivo de realizar investigação de fenômenos paranormais através de métodos científicos.

Stevenson continuou a administrar pesquisa de campo adicional sobre reencarnação na África, Alasca, Colúmbia Britânica, Birmânia, Índia, América do Sul, Líbano, Turquia e muitas outras localidades. As crianças estudadas normalmente se lembravam de suas experiências passadas entre os dois e os seus quatro anos de idade, mas pareciam esquecê-las por volta dos sete ou oito anos. Em seus relatos, mencionavam frequentemente terem morrido de forma violenta e, além disso, as lembranças de como haviam morrido eram aparentemente claras. Stevenson também reuniu testemunhos, assim como registros médicos contendo informação a respeito de sinais de nascença, defeitos de nascimento e outras evidências físicas de reencarnação.

Stevenson publicou apenas para as comunidades científica e acadêmica, e seus mais de 200 artigos e vários livros - trazendo ricos detalhes de pesquisa e argumentos acadêmicos - podem ser técnicos demais para um público leigo. Sua pesquisa, com mais de 3.000 estudos de casos, fornece evidências discutidas por Stevenson, apoiando a possibilidade de reencarnação, apesar de ele mesmo ter sido sempre muito cauteloso ao se referir a elas como "casos sugestivos de reencarnação" ou "casos do tipo de reencarnações".

Alguns de sua área questionaram a metodologia e a objetividade de Stevenson em tecer conclusões a partir de suas pesquisas. O próprio Stevenson reconheceu uma limitação em seu argumento sobre reencarnação, a qual Tom Shroder, editor do “Washington Post”, chamou de "erro fatal": a ausência de qualquer evidência de um processo físico, pelo qual uma personalidade poderia sobreviver à morte e se transferir para outro corpo.

Stevenson aposentou-se em 2002, deixando o seu trabalho para sucessores, dirigidos pelo Dr. Bruce Greyson. Dr. Jim Tucker, um psiquiatra infantil, continua com trabalho de Ian Stevenson com crianças, concentrando-se em casos norte-americanos.

Stevenson morreu em 8 de fevereiro de 2007, em uma comunidade de aposentados de Blue Ridge em Charlottesville, na Virginia,  de pneumonia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário