Dr. Jim Tucker (Dan Addison/University of Virginia Public Affairs/Audio
Visual Dept.)
O Dr. Jim Tucker teve o
privilégio de ser lecionado por estudiosos reconhecidos mundialmente. Seu antecessor
em estudos de reencarnação na Universidade de Virgínia, o Dr. Ian Stevenson
(1918-2007), ganhou o respeito da Comunidade Americana de Ciência por suas
análises sóbrias, mesmo que não tenha convencido a todos de que a reencarnação
definitivamente exista.
Mesmo estando nos EUA, grande
parte de suas pesquisas foram realizadas na Ásia. Agora, o Dr. Tucker está
trazendo a pesquisa para a América, um movimento com tantos benefícios quanto
desafios.
Aqui você não encontra
facilmente um Budista disposto a falar sobre vidas passadas, ou alguém disposto
a ouvir o que seu filho tem a dizer sobre vidas passadas.
O Dr. Stevenson documentou
milhares de casos de crianças que pareciam lembrar de suas vidas passadas, e
algumas ‘lembranças’ eram tão precisas que Stevenson pôde rastrear as
encarnações passadas. Ele encontrou relatórios médicos e outros documentos que
confirmam os relatos que as crianças deram sobre suas vidas passadas. Estes são
chamados de casos de reencarnação “resolvidos”.
Entretanto, os casos asiáticos
convincentes correm o risco de serem rotulados na América como sendo
influenciados psicologicamente pela crença local.
Nos EUA, se uma criança fala
sobre outra mãe, neto ou sobre o fogo no qual ela morreu, os pais não são tão
ágeis para pensar que é uma possível memória de vidas passadas.
A preocupação de que a família
pode ter influenciado a criança com perguntas ou conversas sobre vidas passadas
não acontece nos EUA. “Nós não temos a preocupação com fatores culturais, que
são grandes influenciadores em casos asiáticos”, disse o Dr. Tucker.
Quando ninguém está procurando
por memórias de vidas passadas, elas são mais difíceis de serem encontradas.
Porém, o Dr. Tucker já realizou grandes estudos nos EUA, incluindo alguns casos
resolvidos que podem ser comparados com aqueles encontrados pelo Dr. Stevenson
na Ásia.
Longe de promover conversas
sobre vidas passadas, algumas famílias americanas que o Dr. Tucker trabalhou já
foram totalmente contra essa crença. Só depois de surgir evidências
convincentes sobre memórias de vidas passadas, evidências fortes o suficiente
para fazer pais céticos acreditarem, que o Dr. Tucker passou ouvi-los.
Por exemplo, um cristão
evangélico em Louisiana, que era completamente resistente à ideia de
reencarnação, foi convencido pelo seu filho a partir de detalhes que ele deu.
Quando seu filho, James
Leininger, tinha 2 anos de idade, ele começou a ter pesadelos horríveis com
quedas de avião. O menino disse que foi derrubado pelos japoneses, que seu
avião decolou do navio Natoma, e que ele tinha um amigo chamado Jack Larson.
Ele também identificou o local onde caiu o avião, na ilha Iwo Jima, através de
uma foto.
Iwo Jima é uma ilha que os EUA
lutou para capturar em 1945. O Natoma estava realmente envolvido na batalha
pela Iwo Jima. Um piloto morreu nesta batalha, e um outro piloto chamado Jack
Larson também estava em Iwo Jima.
Leininger começou dizendo que
ele era o terceiro James. O piloto que morreu na batalha por Iwo Jima era
chamado James Huston Jr. Isso tornaria James Leininger o terceiro James, se ele
realmente for a reencarnação do piloto.
Dr. Tucker teve uma criação
católica. Quando questionado sobre como sua família se sente sobre sua
pesquisa, ele disse, “eu não sei ao certo como eles se sentem sobre isso”. Sua
mãe dá suporte, embora ele ache que ela não está convencida de que a
reencarnação exista. Sua esposa e seus filhos dão todo apoio.
Ele também tem sorte de
trabalhar com colegas que o apoiam. A divisão de estudos sobre Percepção na
Universidade de Virginia reúne pesquisadores que investigam experiência de
quase morte, aparições, visões no leito da morte e outros temas relacionados à
consciência humana.
“Você nunca sabe quem vai ser
receptivo sobre isso”, disse o Dr. Tucker. “É diferente, com certeza, mas eu
acho que estamos abordando o tema a partir de uma perspectiva racional e
funciona assim para qualquer abordagem científica de curiosidade, tentando
aprender sobre o que está acontecendo sem ter qualquer ideia preconcebida.”
Ele também realiza pesquisas
convencionais ao lado de seus estudos sobre reencarnação. Os métodos
convencionais de investigação científica são capazes de medir fenômenos com uma
certa certeza, mas o Dr. Tucker disse que há muitos assuntos importantes que
não se estuda da maneira convencional. No entanto, eles ainda devem ser
explorados.
Os benefícios da
pesquisa sobre reencarnação
A pesquisa sobre reencarnação
pode ajudar algumas crianças que estão passando por momentos difíceis a lidar
com memórias de vidas passadas. Tais crianças podem até mesmo experimentar
sintomas de transtorno de estresse pós-traumático, causados por suas visões do
momento de sua morte. Alguns têm fobias relacionadas com estas visões
traumáticas, e algumas simplesmente sentem tanta falta de seus familiares
antigos que se tornam muito agitadas. Em muitos casos, as crianças que
visitaram as famílias de suas encarnações passadas conseguiram resolver seus
problemas.
O Dr. Tucker explicou que, às
vezes, isso pode ajudar porque as memórias da criança foram validadas, ou
porque a criança pode ver que a antiga família mudou e que aquela vida está no
passado. De qualquer maneira, as crianças costumam parar de falar sobre suas
vidas passadas em torno de 6 ou 7 anos.
Outra forma na qual a pesquisa
pode ajudar os americanos, é que ela confirma a crença na vida após a morte. O
Dr. Tucker disse que sua pesquisa pode ajudar as pessoas a tratar melhor uns
aos outros, embora ele diga que qualquer crença espiritual, seja em
reencarnação ou não, pode ajudar nesse sentido.
Será que algum dia os americanos
serão tão abertos à ideia de reencarnação como as pessoas da cultura oriental?
“Eu não vejo a cultura americana necessariamente se movendo nessa direção”,
disse o Dr. Tucker. Cerca de 20% dos americanos acreditam que a reencarnação
pode existir, e segundo ele não há nenhuma indicação de que este número esteja
aumentando. Porém, talvez os americanos passem a acreditar em reencarnação
depois de exemplos, dentro de sua própria cultura, de crianças que se lembram
de vidas passadas, em vez de exemplos em aldeias do outro lado do mundo.
Quanto aos vários detalhes que
as crianças dão de suas vidas passadas que correspondem com pessoas reais que
morreram, o Dr. Tucker diz que “isso desafia o entendimento de que esses casos
são apenas coincidências”.
Ele deu o exemplo de uma mulher
no Líbano, que deu o nome de 25 pessoas que ela lembrava de vidas passadas, e
uma descrição de seus relacionamentos. Em seu livro, “Return to Life:
Extraordinary Cases of Children Who Remember Past Lives” (De Volta à Vida:
Casos Extraordinários de Crianças que Lembraram de Vidas Passadas), o Dr.
Tucker deu vários exemplos de crianças nos EUA e no exterior, cuja aparente
lembrança de vidas anteriores confirmaram sua crença em vida após a morte.
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