sexta-feira, 30 de junho de 2023

GUERRA: SINISTRO AVEJÃO! [1]

 

 Peter Paul Rubens - "As consequências da guerra"


 Rogério Coelho – junho/2023

 

Não é a justiça que depende da paz, senão a paz que depende da justiça.

Pe. Antônio Vieira.

 

 Em passado não muito distante, vimos, entre perplexos e horrorizados, pela multimídia, ao vivo e a cores, os cruentos quão estarrecedores acontecimentos no Oriente Médio…

O que não é capaz de fazer o ser (humano?!) pelas famigeradas conquistas territoriais, políticas e econômicas!…  Sim, porque, em suma, o que marcou – essencialmente – a presença norte-americana nos sanguinolentos cenários do Iraque, isto é, o verdadeiro motivo, além da retaliação pelos horrores do 11 de Setembro de triste memória, ancora-se em motivações econômicas (petróleo) e políticas. E, diga-se de passagem, com sucesso absoluto nesse último item, porque o presidente norte-americano da época atingiu seu objetivo de ser reeleito, graças ao temor inteligentemente estimulado com relação aos possíveis ataques terroristas. E para a conquista dessas metas, os principais interessados fecham os olhos para os pesados ônus, tanto financeiros quanto em vidas humanas estraçalhadas…

Naqueles tempos de tristes lembranças, acompanhamos, com apreensão, pela mídia, a efervescência no Irã com a questão nuclear e a movimentação da União Europeia, apoiada pelos Estados Unidos, para levar a efeito as sanções econômicas e, possivelmente, o uso da força, a fim de demover o ditador iraniano de suas intenções de utilização (para fins pacíficos!?) da energia nuclear e coibir a fabricação de armas de destruição em massa, fabricação essa que, afinal de contas, nunca ficou demonstrada.

No século passado, tivemos a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, que ceifaram incontáveis milhares de vítimas. Nos tempos hodiernos, vemos a Rússia exacerbando seu instinto beligerante, protagonizando invasões territoriais na Ucrânia, invasões que ceifam a vida de crianças, velhos, civis e militares, destruindo tudo que está ao alcance dos terríveis e certeiros mísseis.

Perguntando aos Benfeitores Amigos o que é que impele o homem à guerra, Kardec obtém a seguinte resposta[2]: 

Predominância da natureza animal sobre a natureza espiritual e transbordamento das paixões. No estado de barbaria, os povos um só direito conhecem – o do mais forte. Por isso é que, para tais povos, o de guerra é um estado normal. (…)

Não basta, portanto, a um povo, estar tão somente desenvolvido intelectual e tecnologicamente; há que se enfatizar, também, o desenvolvimento moral. Sem este, aqueles provocam desastres como os que temos testemunhado.

Se a paz depende da justiça, conforme o pensamento de Vieira, em epígrafe, como incentivar noções de justiça nesses povos onde é alto o índice de beligerância?

Resposta: Pela educação!…

Tão somente pela educação – já dizia Vinícius[3]se pode incutir as noções de justiça a esses povos, por isso que, o senso de justiça, como, aliás, de todas as virtudes, nasce, cresce e frutifica no coração, e não no cérebro.

Continuemos com as lúcidas ilações de Vinícius:

Educar, formando o caráter, eis o problema máximo cuja solução o momento reclama.

O que se tem feito até aqui para extinguir de vez a guerra, tornando-a impraticável? 

De prático e eficiente, nada!

Diviniza-se a paz, porém, somente nos lábios, nas frases literárias, nos discursos políticos mais ou menos demagógicos.

[…]A Guerra, esse avejão sinistro, devorador de vidas humanas, devastador impenitente dos campos e cidades, anarquizador por excelência da ordem e do ritmo vital de povos e nações.

Tanto como a paz, resultam das consequências, inelutáveis e fatais da condição em que se acham estruturadas as organizações políticossociais do nosso mundo. Enquanto estas forem iníquas, prevalecendo a força contra o direito, e a impostura contra a verdade, haverá – inevitavelmente – guerras e convulsões sangrentas.

A paz custa certo preço. Sem o pagarmos, jamais a teremos. E sabeis qual é o seu preço?! 

Eu vo-lo digo sem receio de contestação.  Eu, pobre pária, vos afirmo, desafiando a contradita de todos os magnatas da Política – de ontem, de hoje e de amanhã: o preço da paz é a justiça, aquela justiça, porém, da qual disse o Mestre de Nazaré aos Seus discípulos: “Se a vossa justiça não for superior a dos escribas e fariseus, não entrareis no Reino de Deus”. Sem ela, nunca sairemos das garras aduncas e ferozes, das guerras periódicas desencadeadas em determinadas regiões do planeta, evoluindo para as grandes conflagrações, […]

 

A solução para tão horripilante situação encontra-se nas seguintes estrofes do imortal vate lusitano, Guerra Junqueiro:

Acendem-se na rua, à noite, os candeeiros;

Coloca-se um gendarme à porta dos banqueiros;

A polícia fareja os becos e as vielas;

Dobram-se as precauções, dobram-se as sentinelas;

E apesar disto tudo há feras pela rua;

O vício não acaba, o roubo continua,

E é cada vez maior a criminalidade.

Pois bem; iluminai por dentro a sociedade:

Ponde o trabalho e a honra onde estiver a esmola;

Uni o amor ao berço e uni o berço à escola.

Acendei uma luz em cada coração.

Tal é o remédio apontado pelo grande pensador, para debelar o crime e moralizar a sociedade. Realmente, não existe outra panaceia capaz de conjurar os vetustos e renitentes males sociais, senão essa.  Tudo o mais são paliativos, são recursos efêmeros cujo efeito consiste em adiar as crises da enfermidade moral de que padecem os homens. E, assim, de delonga em delonga, de adiamento em adiamento, as doenças do Espírito se radicam e se agravam zombando do curandeirismo irracional e inócuo, contra elas aplicado.

Vinícius continua[4], ainda, oferecendo a receita para a reversão dos desesperadores quadros de miséria moral de nosso tempo.  Vejamos:

A nossa sociedade é uma enferma entregue nas mãos de curandeiros charlatões que se preocupam em combater sintomas, visando com isso impressionar a doente cujo estado se agrava continuamente.

Todas as perturbações sociais, de caráter nacional ou internacional, são fenômenos acidentais, revelando um estado mórbido geral e permanente que ainda não foi focalizado pelos bisonhos terapeutas que rodeiam o leito da extenuada enferma. A moléstia, no entanto, vai se definindo cada dia com mais evidência.

 Trata-se de lepra da alma assinalada na insensibilidade moral que caracteriza o homem deste século.  

Eduque-se o sentimento, cultive-se a ciência do bem que é a ciência do coração, e ver-se-á a moléstia decrescer, e a enferma entrar em franca convalescença.

Urge dar essa orientação ao problema educacional. A Humanidade precisa ser reformada. Do interior do homem velho cumpre tirar o homem novo, a nova mentalidade cujo objetivo será desenvolver o amor na razão direta do combate às multiformes modalidades em que o egoísmo se desdobra.

A renovação do caráter depende da renovação dos métodos e processos educativos.

 

Inspiremo-nos nas seguintes palavras do inolvidável Apóstolo dos Gentios[5]:

Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que saibais qual é a boa e perfeita vontade de Deus.

 

(…) e converterão as suas espadas em enxadas, e as suas lanças em foices;  uma  nação não  levantará  a  espada contra outra nação, nem  aprenderão  mais a guerra.

Miqueias5



[1] MUNDO ESPÍRITA - Junho de 2023 -  Número 1668 - Ano 90 - http://www.mundoespirita.com.br/?materia=guerra-sinistro-avejao

[2] KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Rio de Janeiro: FEB, 1974. pt. 3, cap. VI, q. 742.

[3] VINICIUS (Pedro de Camargo). O Mestre na Educação. Rio de Janeiro: FEB, 1977. cap. 23.

[4] Op. cit. cap. 22.

[5] BÍBLIA, N. T. Romanos. Português. O novo testamento. Tradução de João Ferreira de Almeida. Rio de Janeiro: Imprensa Bíblica Brasileira, 1966. cap. 12, vers. 2.

quinta-feira, 29 de junho de 2023

AÇÃO SOBRE A MATÉRIA[1]

 

Diego Velázquez - "Forja de Vulcano", 1630 -  


Miramez

 

Tendo os Espíritos ação sobre a matéria, podem provocar certos efeitos com o fim de produzir um acontecimento? Por exemplo, um homem deve perecer: sobe então a uma escada, esta se quebra e ele morre. Foram os Espíritos que fizeram quebrar a escada, para que se cumpra o destino desse homem

− É bem verdade que os Espíritos têm influência sobre a matéria, mas para o cumprimento das leis da Natureza e não para as derrogar, fazendo surgir em determinado ponto um acontecimento inesperado e contrário a essas leis. No exemplo que citas, a escada se quebra porque está carunchada ou não era bastante forte para suportar o peso do homem; se estivesse no destino desse homem morrer dessa maneira, eles lhe inspirariam o pensamento de subir na escada que deveria quebrar-se com o seu peso, e sua morte se daria por um motivo natural, sem necessidade de um milagre para isso.

Questão 526/O Livro dos Espíritos

 

Os Espíritos têm ação sobre a matéria, quando há conveniência. Deus sabe e ensinou aos Seus filhos maiores a dominar todas as coisas, e a própria matéria é obediente aos Seus comandos. No caso dos vulcões, as erupções dos mesmos são acionadas pelos Espíritos da natureza, que compreendem essa ciência na sua profundidade. A erupção é uma descarga da pressão intraterrena do grande calor do núcleo, de onde a pressão faz sair as lavas incandescentes, por vezes fazendo alguns estragos, como se pode constatar na história de Herculano e Pompéia, na Itália, onde pereceram mais de cem mil pessoas e animais. Ali foram reunidos os que tinham de passar por aquela prova, para que se cumprisse a lei. E os animais, deviam à lei? Não, no caso dos animais não eram dívidas, mas, meios de fazê-los progredir.

Isso acontece sempre, como nos matadouros, nos desastres ou morte causada pelos incêndios nas matas.

Em tudo se encontra o comando dos Espíritos, como se eles fossem instrumentos da lei, que se cumpre infalivelmente. Há muitos casos, como no da escada, referido por O Livro dos Espíritos, em que os Espíritos encarregados desses fatos agem indiretamente, como sendo os senhores do carma, Espíritos encarregados de executar a corrigenda. Os próprios espíritas, que têm mais recursos de saberem mais que os outros religiosos sobre a vida, devem estudar mais, para melhor compreenderem o cumprimento das leis de Deus. Em certos casos, os Espíritos agem diretamente, como no caso do vulcão, e em outros, indiretamente, como no exemplo da escada. Por esses exemplos, podes deduzir outras ocorrências, que são infinitas.

As convulsões geológicas da Terra, desde eras remotas, são acionadas pelos agentes do carma, ou seja, Espíritos encarregados de tal execução.

Com a evolução da humanidade, esses acontecimentos vão se aliviando, de sorte a desaparecer por completo e estabelecer o reino de Deus no mundo em que habita. Quanto mais atrasada a humanidade, mais bruscos os fenômenos. Os Espíritos evoluídos têm plena ação sobre a matéria, porque para isso foram treinados no mundo espiritual pelos engenheiros siderais.

Em todos os acontecimentos em favor do cumprimento da lei, quando os homens passam por certas penas, certamente que os Espíritos encarregados de tais fenômenos estão operando, direta ou indiretamente, porque somente eles entendem o que deve ser.

Mas é bom que se conheça o valor de um justo, como se refere a Bíblia Sagrada, no caso de Sodoma e Gomorra. Os anjos pediram à família de Ló para sair da cidade, que iria ser destruída por eles. Acrescentaram mais oxigênio ao ar e a cidade pegou fogo, sob a ação dos pensamentos inferiores que eram em demasia. Do atrito dos elementos, surgiu o fogo, para cumprir as leis e a população passar pela prova que ela mesma criara. As paixões ali, naquelas cidades, passaram dos limites e a prova chegou para a população, ficando livre o justo, pela justiça de Deus.

Se te queres livrar ou aliviar o peso que carregas nos ombros, por faltas cometidas, procura o amor, mas não ames somente aos que te amam, porém, da maneira ensinada pelo Evangelho.

Ei-la:

Se amais aos que vos amam, qual é a vossa recompensa?

Porque até os ímpios amam aos que os amam.

Lucas, 6:32

 

Se o amor cobre a multidão de pecados, certamente que ele alivia o nosso fardo e faz leve o jugo da lei. A matéria tem vida, mas é dirigida pelas Inteligências, agentes de Deus.



[1] Filosofia Espírita – Volume 11 – João Nunes Maia

quarta-feira, 28 de junho de 2023

MESA VIRADA[1]

 


Melvyn Willin

 

'Girar mesa' (também 'virar mesa', levitação de mesa') refere-se ao movimento anômalo de mesas e outros móveis, um dos vários efeitos de sessões amplamente experimentados em todo o mundo desenvolvido desde meados do século XIX. Acredita-se que o fenômeno ocorra a partir da energia psíquica de um grupo, não necessariamente com a presença de um médium, embora também tenha sido amplamente considerado como um meio de comunicação espiritual. Uma explicação alternativa é que o movimento é causado pela pressão inconsciente exercida na superfície pelas mãos dos participantes. No entanto, fortes movimentos e levitações também foram observados na ausência de qualquer contato físico.

 

História antiga

O escritor do século II, Tertuliano, falou de pagãos invocando espíritos que se comunicavam através do movimento de bancos e mesas. Um escritor do século dezessete falou de uma seita judaica que usava mesas para adivinhação: '... a mesa salta, mesmo quando carregada com muitos pesos de cem'[2].

O fenômeno apareceu para valer com o surgimento do Espiritismo, começando com a atividade poltergeist na casa da família Fox em Hydesville, Nova York, em 1848. Um dos primeiros incidentes foi registrado pelo Rev. C. Hammond durante uma visita aos Foxes em 1850:

Ao tomarmos nossas posições [ao redor da mesa], os sons foram ouvidos, e continuaram a se multiplicar e se tornaram mais violentos, até que todas as partes da sala tremeram com suas demonstrações… De repente, quando estávamos todos descansando na mesa, senti o lado próximo a mim, mover-se para cima - pressionei-o fortemente, mas logo ficou fora do alcance de todos nós - a quase dois metros de mim e pelo menos quatro da pessoa mais próxima a ele. Eu vi distintamente sua posição - nenhum fio poderia tê-lo conectado com qualquer pessoa da companhia sem que eu percebesse... Nessa posição ele estava situado quando a pergunta foi feita, 'O espírito moverá a mesa de volta para onde estava antes?' E voltou como se fosse carregada na cabeça de alguém…[3]

Embora muitos acreditassem que os movimentos eram contatos espirituais genuínos, a Igreja os considerava demoníacos[4]. Um Ver. N.S. Godfrey afirmou que em uma sessão de 1853 extraiu uma admissão da mesa que foi movida por 'agente diabólico', e que todo movimento terminou quando ele apresentou uma Bíblia[5]. Ele disse que outras sessões receberam informações de almas perdidas enviadas do Inferno e informações de que o Papa era o verdadeiro chefe da Igreja e que as pessoas deveriam rezar para a Virgem Maria[6].

Muitos cientistas e acadêmicos rejeitaram as práticas, acreditando que eram fraudulentas ou resultado de observação deficiente. Alguns acreditavam que uma fonte de energia até então desconhecida poderia ser responsável, por exemplo, a força 'ódica'[7] alegada pelo barão Karl von Reichenbach: entre eles estavam o americano nascido na Escócia Robert Dale Owen e Charles Koch[8]. 

 

Século XIX

No início da década de 1850, uma mania de virar a mesa varreu a América e, em 1852, dois médiuns americanos, a Sra. Hayden e a Sra. Roberts, chegaram à Inglaterra; Roberts anunciou na primeira página do The Times :

'Manifestações espirituais e comunicações de amigos falecidos'. Em um ano, tornou-se moda em todo o país realizar festas de 'chá e mesa', nas quais o movimento anômalo de outras peças de mobiliário era frequentemente testemunhado[9]. A Rainha Vitória e o Príncipe Albert realizavam sessões como 'diversão de salão'[10].

À medida que o entusiasmo do público crescia, os cientistas decidiram estudar os fenômenos com mais detalhes. Em junho de 1853, uma conversa foi realizada no Manchester Athenaeum para investigar o giro da mesa; no entanto, isso não produziu nenhum fenômeno. O eminente físico Michael Faraday foi instado a investigar o fenômeno e consentiu com relutância, especulando que a força que causava os movimentos era uma contração muscular involuntária e inconsciente por parte dos assistentes. Faraday publicou os resultados de seu experimento no The Times de 30 de junho de 1853, no qual ele disse ter obtido a ajuda de 'muito ilustres e bem-sucedidos movedores de mesa' e observou o movimento da mesa. Ele descartou a possibilidade de que isso fosse causado por eletricidade ou magnetismo e, para testar sua hipótese de movimentos musculares involuntários, criou um aparelho que os registraria, feito de folhas de papelão e um lápis preso. Ele afirmou:

Era fácil ver pelo deslocamento das partes da linha que a mão havia se afastado da mesa e que esta havia ficado para trás – que a mão, de fato, havia empurrado a carta superior para a esquerda e que a inferior as cartas e a mesa seguiram e foram arrastadas por ela[11].

O veredicto de Faraday moldou muito o pensamento moderno sobre o fenômeno, mas foi contestado por espiritualistas e alguns investigadores, que apontaram que sua explicação não poderia ser aplicada em casos em que as mesas levitavam sem o toque humano. Em Valleyres, na Suíça, em 1853, o conde Agenor de Gasparin relatou o movimento anômalo de mesas pesadas sem contato físico: mesmo depois de adicionar baldes de areia e pedras pesadas à mesa, ela levantou várias vezes antes de se partir[12]. O amigo de Gasparin, Marc Thury, professor de física na Universidade de Genebra, realizou seu próprio estudo no ano seguinte e relatou que um piano se movia sozinho, aparentemente como resultado da força psicocinética fornecida por um menino próximo (o menino não tinha a oportunidade ou força física para movê-lo).

Um menino também foi o centro de uma investigação bem-sucedida realizada por Robert Hare, ex-professor de química da Universidade da Pensilvânia. Tendo se convencido com o uso de aparelhos de medição de que a criança não estava fingindo; em 1854 Hare providenciou para que ele fosse levado a uma reunião em Montreal da Associação Americana para o Avanço da Ciência. No entanto, a Associação não acreditava que o assunto merecesse sua atenção[13].

Em 1855, Eliab Wilkinson Capron, um dos primeiros investigadores dos fenômenos das sessões espíritas, escreveu longamente sobre as viradas de mesa que testemunhou na luz visível:

[A] mesa moveu-se no chão sem que ninguém a tocasse – moveu-se a uma distância de um pé ou mais e para trás, em várias direções. A nosso pedido, a mesa (que era muito leve) foi mantida no chão de modo que exigiu toda a força de um homem para movê-la de sua posição. Também mantivemos um lado e pedimos, se houvesse poder para fazê-lo, que fosse afastado de nós; isso foi feito, e nossa força não foi suficiente para segurá-lo[14].

Em 1869, uma grande investigação do fenômeno foi realizada pela London Dialectical Society, um clube de debates racionalistas, que desejava descobrir a verdade sobre as alegações de 'Manifestações Espirituais'. Trinta e três membros foram organizados em seis subcomitês, que incluíam homens e mulheres profissionais, também alguns cientistas, incluindo o biólogo Alfred Russel Wallace, um crente em fenômenos espiritualistas (o cientista ateu Thomas Huxley recusou-se a participar, afirmando que mesmo 'supondo que os fenômenos sendo genuíno − eles não lhe interessavam[15].') Os relatórios dos comitês foram apresentados ao Conselho em 1870 e publicados no ano seguinte. Eles relataram o seguinte:

1.       Que sons de caráter muito variado, aparentemente provenientes de objetos de mobília, do chão e da parede da sala – as vibrações que acompanham esse som são muitas vezes distintamente perceptíveis ao toque – ocorrem sem serem produzidos por ação muscular ou artifício mecânico.

2.       Que os movimentos de corpos pesados ​​ocorram sem artifícios mecânicos de qualquer tipo ou esforço adequado de força muscular pelas pessoas presentes e frequentemente sem contato ou conexão com qualquer pessoa.

3.       Que esses sons e movimentos frequentemente ocorrem nos momentos e da maneira solicitada pelas pessoas presentes e, por meio de um código simples de sinais, respondem a perguntas e enunciam comunicações coerentes.

4.       Que as respostas e comunicações assim obtidas são, em sua maioria, de caráter corriqueiro; mas às vezes são dados corretamente os fatos que são conhecidos apenas por uma das pessoas presentes.

5.       Que as circunstâncias em que os fenômenos ocorrem são variáveis, sendo o fato mais proeminente que a presença de certas pessoas parece necessária para sua ocorrência e a de outras geralmente adversa; mas essa diferença não parece depender de qualquer crença ou descrença em relação aos fenômenos.

6.       Que, no entanto, a ocorrência dos fenômenos não é assegurada pela presença ou ausência de tais pessoas, respectivamente[16].

O depoimento de testemunhas forneceu informações precisas sobre as manifestações. Treze pessoas afirmaram ter visto corpos pesados ​​erguerem-se lentamente no ar e permanecerem ali por algum tempo sem apoio visível ou tangível. Os comitês concluíram que 'o assunto merece uma atenção mais séria e uma investigação cuidadosa do que tem recebido até agora'[17]. Wallace relatou mais tarde que, durante o inquérito, pelo menos doze membros que eram céticos em relação às alegações mudaram de ideia[18].

Com a chegada do psíquico D.D. Home aos círculos sociais, o assunto da virada de mesa começou a receber maior atenção da ciência investigativa. Em 1855, Home disse ter levitado uma mesa grande o suficiente para acomodar quatorze pessoas[19], enquanto em outra ocasião "a mesa começou a fazer estranhos movimentos ondulatórios e emitiu, à medida que prosseguiam, um curioso acompanhamento de rangidos"[20]. Em 1858, Home realizou sessões com um grupo de dez 'racionalistas' em Amsterdã, realizadas em uma sala bem iluminada que ele não havia visitado anteriormente. Foi registrado que ele 'foi capaz de provocar a levitação de uma pesada mesa de mogno, apesar do esforço de vários assistentes que tentaram impedi-la de subir'[21]. Home foi investigado pelo cientista William Crookes, que relatou:

'A mesa começou a se inclinar, às vezes em uma perna, às vezes nas duas; levantando-se em frente a cada pessoa presente em sucessão'. Por fim, a mesa 'levantou-se completamente do chão, várias vezes', enquanto os cavalheiros presentes a examinavam, para garantir que os pés e os joelhos de Home não fossem os responsáveis, 'até que cada observador presente se expressou satisfeito de que a levitação não foi produzida por meios mecânicos na mesa, por parte do médium ou de qualquer outra pessoa presente'[22].

Crookes disse que também testemunhou a levitação da mesa através da mediunidade de Florence Cook. Testemunhos sobre a capacidade de Home de levitar móveis continuaram a aparecer, incluindo uma descrição de William Stainton Moses, em uma sessão em 1872, quando cadeiras foram movidas e uma mesa levitada[23].

 

1900 até o presente.

Um levitador menos conhecido, pelo menos na Europa, foi o físico islandês Indridi Indridason (1883-1912). Em uma sessão de 1905, foi relatado que uma mesa levitou ao nível dos olhos das pessoas que estavam ao seu redor[24]. Indridason foi investigado minuciosamente por Gudmundur Hannesson, professor de medicina na Universidade da Islândia de 1908 a 1909, que concluiu que '... as coisas movem-se muitas vezes, se não sempre, de uma forma totalmente inexplicável, sem que ninguém, direta ou indiretamente, provoque os seus movimentos por meios ordinários'[25].

Dizia-se que a médium italiana Eusápia Palladino, amplamente investigada por cientistas europeus, era uma produtora prolífica de levitações de mesa, bem como de bancos e outros móveis. Mais polêmico do que a maioria, Palladino era conhecida por tentar trapacear quando mal controlada. No entanto, os investigadores relataram que as levitações frequentemente ocorriam fora de seu alcance e que um exame minucioso não mostrava sinais de fios ou outros acessórios secretos. Observadores científicos que endossaram esses feitos, pelo menos em parte, incluíram Oliver Lodge, Frederick Myers, Julian Ochorowicz e Charles Richet. Uma investigação de 1895 da SPR falhou, mas uma investigação posterior e mais completa pelos investigadores da SPR, realizada em Nápoles em 1909, relatou cerca de 470 ocorrências tendendo a reforçar a visão de que muitos de seus poderes eram genuínos[26]. Em certa ocasião, um investigador e um observador convidado deitaram-se no chão, um de cada lado da mesa em que a médium estava sentada, e seguraram seus pés, enquanto suas mãos eram seguradas por observadores sentados à mesa. Isso não impediu levitações parciais e completas da mesa[27].

Entre 1914 e 1920, um importante estudo de um pequeno círculo mediúnico familiar foi realizado pelo professor de engenharia mecânica da Queen's University and Technical College, Belfast, William Jackson Crawford. As manifestações pareciam centrar-se na filha mais velha Kathleen Goligher, uma menina de cerca de dezessete anos. Crawford desenvolveu equipamentos que lhe permitiram estudar os fenômenos para eliminar fraudes e tentar entender o que exatamente estava acontecendo quando ocorriam as frequentes levitações[28],[29]. Ele convidou outros cientistas para testemunhar a atividade, entre eles o físico William Barrett, que relatou à SPR o seguinte: 

Então a mesa começou a subir do chão, até atingir uma altura de cerca de doze ou dezoito polegadas, e assim permaneceu suspensa e perfeitamente nivelada. Nós fomos autorizados a ir por baixo das mãos entrelaçadas dos assistentes no círculo e tentar forçar a mesa para baixo. Isso nós dois achamos impossível de fazer; embora nos agarrássemos às laterais da mesa, ela resistia aos nossos maiores esforços para empurrá-la para baixo. Em seguida, sentei-me na mesa quando ela estava a cerca de trinta centímetros do chão e ela me balançou, finalmente me derrubando. Voltamos então para fora do círculo, quando a mesa virou de cabeça para baixo e moveu-se para cima e para baixo com as pernas para cima. Novamente entramos no círculo e tentamos levantar o tampo da mesa do chão, mas parecia rebitado e não conseguimos mexer. Quando retomamos nosso lugar fora do círculo, a mesa flutuou e virou-se novamente com o lado direito para cima. Durante esses experimentos e enquanto a mesa era levitada, todos os assistentes levantaram repetidamente suas mãos entrelaçadas, para que pudéssemos ver que ninguém tinha nenhum contato com a mesa, eles estavam de fato tão longe dela que podíamos caminhar entre eles e a mesa[30].

Na década de 1920, o investigador psíquico Harry Price realizou experimentos com viradores de mesa que incluíam os médiuns Stella Cranshaw e Rudi Schneider[31],  usando equipamentos sensíveis. Círculos amadores continuaram a produzir evidências do fenômeno, como o grupo Bindelof na América[32] e o Caso Ingeborg Dahl da Noruega[33].  Ainda em 1928, o presidente da SPR, Lawrence Jones, considerava o fenômeno importante o suficiente para mencioná-lo em seu discurso anual[34].

A atividade de virar mesas continuou nas décadas seguintes, como as experiências realizadas pelo Grupo La Plata(Grupo La Plata), entre os anos de 1950 e 1955, formado por José Maria Feola e outros jovens intelectuais. Em 1964, um grande estudo foi iniciado por Kenneth J. Batcheldor, um psicólogo clínico britânico, que embarcou em uma série de experimentos informais de virar a mesa com três amigos. Batcheldor logo estabeleceu que a teoria de Faraday da ação muscular inconsciente não explicava todos os movimentos da mesa, que incluíam a levitação. Sessões regulares realizadas durante um período de dois anos pareciam indicar que o fenômeno, embora genuíno, não era essencialmente de natureza 'espiritualista', mas mais de uma habilidade psicológica, exigindo uma abordagem positiva e falta de inibição. Assim, ele ofereceu conselhos práticos detalhados sobre como alcançar os melhores resultados[35].

Em 1968, o engenheiro elétrico Colin Brookes-Smith iniciou uma série de experimentos nos mesmos moldes dos de Batcheldor, mas com o uso de equipamentos eletrônicos mais sofisticados; estes continuaram na década de 1970. Seus resultados também indicaram que a levitação paranormal da mesa realmente ocorreu e pode ser registrada cientificamente:

Esses movimentos foram produzidos nos estágios iniciais em sessões sucessivas e incluíram a elevação da mesa cerca de cinco ou seis pés acima do chão, seu movimento por toda a sala enquanto estava no ar e uma peculiar descida oscilante até o chão. .. às vezes com muita delicadeza e às vezes com muita violência. Durante todos os movimentos, os experimentadores mantiveram, tanto quanto possível, um leve contato de um dedo com a mesa, mas isso foi inevitavelmente perdido na ocasião e muitos movimentos possivelmente foram feitos sem contato[36].

 

Pesquisa SPR

Relatos anedóticos[37] do período incluem aqueles de levitações de mesa por Rosalind Heywood relatados na literatura da SPR na década de 1960.

Benson Herbert, chefe do Laboratório Parafísico em Downton, Wiltshire, esteve envolvido em uma série de experimentos em Richmond, perto de Londres, com os investigadores da SPR: Manfred Cassirer, R.G. Medhurst, John Stiles e Mary Rose Barrington. Após um período inicial de inatividade, a mesa começou a fazer movimentos violentos e a enviar mensagens[38].

A seção 'Correspondência' do Journal of the Society for Psychical Research  registrou em março de 1967 que uma senhora inteligente havia escrito à SPR sobre a levitação de uma mesa em boa luz e na companhia de amigos de confiança que ficavam vários centímetros acima do chão antes de retornar lá depois de alguns segundos. A SPR esteve envolvida em outros casos que foram investigados por Brian C. Nisbet[39].

 

As experiências de 'Philip'

Em 1972, um novo método de investigação foi instigado pela Toronto Society for Psychical Research sob a liderança de George e Ira Owen. Eles inventaram um personagem – chamado 'Philip' – com quem esperavam poder entrar em contato. Não tendo obtido sucesso ao longo de um ano, os Owens encontraram o trabalho de Batcheldor e decidiram ver se as comunicações supostamente vindas de 'Philip' poderiam ocorrer se eles se envolvessem em sessões de virada de mesa semelhantes às dele. As sessões ocorreram em plena luz e foram gravadas em vídeo. A mesa produziu batidas e movimentos inusitados que não foram provocados pelos participantes. Os medidores de tensão mostraram que a pressão para cima foi exercida pela mesa às vezes, os dedos de ninguém estavam embaixo dela. Às vezes, a mesa se inclinava em um ângulo agudo, e com tanta força que nem mesmo uma pessoa sentada nele poderia forçá-la para baixo. Nenhuma levitação completa sem contato físico foi alcançada, no entanto, o grupo estava certo de que o efeito era anômalo e não poderia ser explicado pela pressão muscular[40].

 

O Círculo de Scole

Movimentos de mesa e levitações estavam entre muitas manifestações relatadas em sessões realizadas por um círculo espiritualista em Scole, em Norfolk. No entanto, as sessões foram realizadas na escuridão total e a recusa do grupo em permitir a filmagem do vídeo significava que as alegações não poderiam ser verificadas[41].

 

Grupo Experimental Félix

O filósofo americano Stephen Braude descreve o encontro de virar a mesa com amigos quando era estudante e descobrir que é um fenômeno genuíno[42]. A partir de 2012, ele investigou o 'Grupo Experimental Felix', um grupo alemão que produzia levitações de mesa sob observação, também filmadas em vídeo. Braude destacou que nem todas as mãos dos participantes puderam ser vistas pelo vídeo, mas afirmou que estava livre para observar a mesa e os assistentes durante as manifestações de perto[43].

 

Literatura

§  Anonymous. (1853/4?). Spirit Rapping. London: Henry Vzetelly.

§  Barrett, Sir William (1919). ‘Report of Physical Phenomena taking place at Belfast with Dr. Crawford’s Medium’. Proceedings of the Society for Psychical Research, Vol. 30, part 77.

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§  Zorab, George (1970). ‘Test settings with D. D. Home in Amsterdam’. Journal of Parapsychology (1970) Vol. 34.

 

 

Traduzido com Google Tradutor



[2] Citado em Inglis, Brian (1992). Naturais e Sobrenaturais . Dorset: PRISM Press. 205-6.

[3] Anonymous. (1853/4?). Rap Espírito . Londres: Henry Vzetelly. 20.

[4] Godfrey, Rev. NS (1853). A movimentação da mesa foi testada e provou ser o resultado da agência satânica . Londres

[5] Podmore, Frank (1902). Espiritismo Moderno . Londres: Methuen & Co. 13.

[6] Citado em Nisbet, Brian (1973). 'Girando Mesa: Uma Breve Nota Histórica Principalmente do Período 1848-1853. JSPR vol. 47, nº. 756. 96-106.

[7] Ver Fodor, Nandor (1934). Enciclopédia da Ciência Psíquica . Londres: Arthurs Press Ltd. 268.

[8] Citado em 'Correspondência da Sra. Barbara Heywood'. JSPR vol. 51, 1982. 325.

[9] Nisbet (1973).

[10] Citado em Pearsall, Ronald (1973). Os Table-Rappers . Londres: BC. 36.

[11] Citado em Hyman, Ray (1999). 'A travessura da ação ideomotora'. Nova York: Prometheus Books.

[12] Gasparin, Conde Agenor de (1854). Des Tables tounantes, du Supernatural en general et des Esprits . Paris.

[13] Inglis (1992). 222.

[14] Capron, EW (1855) Modern Spiritualism . Boston. Citado em Inglis, B. (1992). 205.

[15] Huxley, Thomas H. (1871). Correspondência em Report on Spiritualism . Londres: Longmans, Green, Reader e Dyer. 229.

[16] Relatório sobre o Espiritismo . Londres: Longmans, Green, Reader e Dyer. 2-3.

[17] Relatório sobre o Espiritismo . Londres: Longmans, Green, Reader and Dyer, 6.

[18] Wallace, AR (1896). Milagres e Espiritismo Moderno. Londres: George Redway.

[19] Merrifield, F. citado em G. Zorab (1971). 'Os 'Spirit Hands' de DD Home já foram produzidos de forma fraudulenta'? JSPR vol. 46, 750, dezembro. 228 passim.

[20] Alexander, PP citado em Fodor (1934). 374.

[21] Zorab, George (1970). 'Configurações de teste com D.D. Home em Amsterdã'. Jornal de Parapsicologia (1970) vol. 34. 47-63.

[22] Citado em Inglis (1992). 254.

[23] Myers, Frederic WH (1893). 'As experiências de W. Stainton Moses'. Proceedings of the Society for Psychical Research , vol. 9. 245 passim

[24] Citado em Gissurarson, Loftur R. e Haraldsson, Erlendur (1989). 'O meio físico islandês Indridi Indridason'. Proceedings of the Society for Psychical Research Vol. 57, parte 214. Janeiro.

[25] Hannesson, G. (1924b). 'Fenômenos Notáveis na Islândia'. Jornal da Sociedade Americana de Pesquisa Psíquica . Vol. 18, 239-272.

[26] Feilding, E., Baggally, WW e Carrington, H. (1909). 'Relatório de uma série de sessões com Eusapia Palladino'. Proceedings da Society for Psychical Research . Vol. 23, parte 59, novembro.

[27] Citado em Crawford, WJ (1921). As Estruturas Psíquicas no Círculo de Goligher. Nova York: EP Dutton.

[28] Por exemplo, Crawford, WJ (1916) The Reality of Psychic Phenomena: Raps, Levitations etc. Londres: John M. Watkins. (Ver bibliografia para mais exemplos).

[29]D'Albe, Fournier (1922). O Círculo de Goligher . Londres: John M. Watkins.

[30] Barrett, Sir William (1919). 'Relatório de Fenômenos Físicos ocorrendo em Belfast com Médium do Dr. Crawford'. Proceedings of the Society for Psychical Research , vol. 30, parte 77. 336-336.

[31] Preço, Harry (1925). Stella C.: Um relato de algumas experiências originais em pesquisa psíquica . Londres: Hurst & Blackett; (1930). Rudi Schneider: Um exame científico de sua mediunidade . Londres: Methuen & Co.

[32] Pilkington, Rosemarie (2006). O Espírito do Dr. Bindelof . San Antonio: Anomalist Books.

[33] Parker, Adrian e Puhle, Annekatrin (2008). 'O caso Ingeborg Dahl revisitado'. JSPR vol. 72, parte 892. Julho. 164-179.

[34] Jones, Sir Lawrence J. Jones (1928). Discurso Presidencial. Proceedings da Society for Psychical Research . Vol. 38, parte 106. 17-48.

[35] Por exemplo, Batcheldor, Kenneth J. (1966). 'Relatório sobre um caso de levitação de mesa e fenômenos associados'. JSPR vol. 43, parte 729. 339-356. (Ver bibliografia para mais exemplos).

[36] Brookes-Smith, Colin e Hunt, DW (1970). 'Algumas experiências em psicocinese'. JSPR vol. 45, parte 744, junho. 269. (Ver bibliografia para mais exemplos).

[37] Sem comprovação científica.

[38] Cassirer, Manfred (2001). Os poderes ocultos da natureza . Pulborough: DJ Ellis.

[39] Nisbet, Brian C. (1979). 'Relatório e comentários de 'Poltergeist' de West Croydon'. JSPR vol. 50, parte 782. 229-237.

[40] Owen, Iris M. e Sparrow, Margaret (1976). Conjurando Philip . Uma aventura em psicocinese . Nova York: Harper & Row.

[41] Keen, M., Ellison, A. e Fontana, D. (1999). 'O Relatório Scole'. Proceedings of the Society for Psychical Research, vol. 58, nº. 219.

[42] Braude, Stephen E., (2003). Restos Imortais: A Evidência da Vida Após a Morte. Nova York: Rowman e Littlefield.

[43] felixcircle.blogspot.co.uk e www.youtube.com/watch?v=P9mVoQFqR6o