terça-feira, 31 de janeiro de 2023

UM CASTELO MAL-ASSOMBRADO[1]

 


Allan Kardec

 

O relato do fato que segue nos foi enviado por um dos nossos correspondentes de São Petersburgo.

 

Um velho general húngaro, muito conhecido por sua coragem, recebeu uma grande herança, pediu demissão e escreveu ao seu intendente que lhe comprasse uma propriedade que estava à venda e que lhe designou.

O intendente responde imediatamente, aconselhando ao general que não comprasse a dita propriedade, pois era mal-assombrada pelos Espíritos.

O velho valente insiste, dizendo ser uma razão a mais para fazer a compra, e lhe ordenando que a faça imediatamente.

A propriedade é então comprada e o novo dono põe-se a caminho para aí se instalar. Chega às onze horas da noite à casa de seu intendente, não longe do castelo, para onde quer ir imediatamente.

Por favor, lhe diz o velho servidor, esperai até amanhã cedo e me dai a honra de passar a noite em minha casa.

Não, diz o amo, quero passá-la em meu castelo.

Então o intendente é obrigado a acompanhá-lo com vários camponeses, levando tochas; mas não querem entrar e se retiram, deixando só o novo senhor.

Este tinha consigo um velho soldado, que jamais o havia deixado, e um enorme cão, capaz de estrangular um homem com um só golpe.

O velho general instala-se na biblioteca do castelo, manda acender velas, põe um par de pistolas sobre a mesa, pega um livro e estende-se num canapé esperando os fantasmas, porque está seguro de que, se realmente os há no castelo, não são mortos, mas bem vivos. Era também por isto que havia carregado as pistolas e feito o seu cão deitar-se debaixo do canapé. Quanto ao velho soldado, já roncava num quarto contíguo à biblioteca.

Pouco tempo se passa; o general julga ouvir ruído no salão, escuta atentamente e o ruído redobra. Seguro de si, toma uma vela numa das mãos e a pistola na outra e entra no salão, onde não vê ninguém; rebusca em toda parte, até levantando as cortinas: não há nada, absolutamente nada.

Então volta à biblioteca, retoma o livro e, mal havia lido algumas linhas o ruído se faz ouvir com muito mais força que da primeira vez. Retoma a vela e a pistola, entra de novo no salão e vê que abriram a gaveta de uma cômoda. Convencido desta vez de que se tratava de ladrões, mas não vendo ninguém, chama seu cachorro e lhe diz: Procure! O cachorro põe-se a tremer em todos os membros e volta para se esconder debaixo do canapé. O próprio general começa a tremer, entra na biblioteca, deita-se no canapé mas não consegue fechar os olhos a noite inteira. Contando-nos o fato, disse-nos o general:

Eu não tive medo senão duas vezes: no campo de batalha, há dezoito anos, quando uma bomba estourou aos meus pés; e, depois, quando vi o medo apoderar-se de meu cão.

Abster-nos-emos de qualquer comentário sobre o fato perguntar aos adversários do Espiritismo como o sistema nervoso do cão foi abalado.

Perguntaremos, além disso, como a superexcitação nervosa de um médium, por mais forte que seja, pode produzir a escrita direta, isto é, pode forçar um lápis a escrever por si mesmo.

Outra questão:

Cremos que o fluido nervoso retido e concentrado num recipiente poderia igualar e mesmo superar a força do vapor; mas, estando livre o dito fluido, poderia levantar e deslocar móveis pesados, como tantas vezes acontece?



[1] Revista Espírita – Outubro/1868 – Allan Kardec

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

VICTOR-MARIE HUGO[1]

 

 

Victor-Marie Hugo foi um escritor e poeta francês de grande atuação política em seu país. É autor de Les Misérables e de Notre-Dame de Paris, entre diversas outras obras.

Nascido em Besançon, no Doubs, em 26 de fevereiro de 1802, Victor Hugo foi o terceiro filho de Sophie Trébuchet e Joseph Hugo, um major que, mais tarde, se tornaria um general do exército napoleônico.

A infância de Victor Hugo foi marcada por grandes acontecimentos. Napoleão foi proclamado imperador dois anos depois do nascimento de Victor Hugo, e a monarquia dos Bourbons foi restaurada antes de seu décimo oitavo aniversário. Os pontos de vista políticos e religiosos opostos dos pais de Victor Hugo refletiam as forças que lutavam pela supremacia na França ao longo de sua vida: seu pai era um oficial que atingiu uma elevada posição no exército de Napoleão. Era um ateu republicano que considerava Napoleão um herói, enquanto sua mãe era uma radical católica defensora da casa real, sendo que se acredita tenha sido amante do general Victor Lahorie, que foi executado em 1812 por tramar contra Napoleão. Devido à ocupação do pai de Victor Hugo, Joseph, que era um oficial, mudavam-se com frequência e Victor aprendeu muito com essas viagens. Na viagem de sua família a Nápoles, ele viu as grandes passagens dos Alpes e seus picos nevados, o azul do Mediterrâneo e Roma durante suas datas festivas.

Victor Hugo passou a infância entre Paris, onde foi educado por muitos tutores e também em escolas privadas, Nápoles e Madrid. Considerado um menino precoce, ainda jovem tornou-se escritor, tendo em 1817, aos 15 anos, sido premiado pela Academia Francesa por um de seus poemas.

Em 1819 fundou, com os seus irmãos, uma revista, o "Conservateur Littéraire" (Conservador Literário) e no mesmo ano ganhou o concurso da Académie des Jeux Floraux, instituição literária francesa fundada no século 14.

Em 1821, Hugo publicou seu livro de poesias, "Odes et poésies diverses" (Odes e Poesias Diversas), com o qual ganhou uma pensão, concedida por Luís XVIII. Um ano mais tarde publicaria seu primeiro romance, "Han d'Islande" (Hans da Islândia).

Casou-se com sua amiga de infância, Adèle Foucher, em 12 de outubro de 1822, o casamento gerou o desgosto de seu irmão, Eugène, que era apaixonado por Adèle. Em decorrência disso, Eugène enlouquece e é internado em um hospício. No ano seguinte, a morte do primeiro filho e o fracasso literário do livro Hans da Islândia, que não agrada a crítica, interrompem o período de estabilidade vivido até então. Em 1824 nasce sua primeira filha, Leopoldine.

Em 1825, aos 23 anos, recebe o título de Cavaleiro da Legião de Honra. Nesta época, torna-se líder de um grupo de escritores criando o Cenáculo.

A publicação da terceira coletânea de poemas de Victor Hugo, intitulada "Odes et Ballads", em 1826, marcou o início de um período de intensa criatividade.

Em 1827, no prefácio de seu extenso drama histórico, “Cromwell”, Hugo expõe uma chamada à liberação das restrições que impunham as tradições do classicismo. O prefácio é considerado o manifesto do movimento romântico na literatura francesa, nele o escritor fala da necessidade de romper com as amarras e restrições do formalismo clássico para poder então refletir a extensão plena da natureza humana. Ainda neste prefácio, Hugo defende o drama moderno, com a coexistência do sublime e do grotesco. O sucesso do prefácio de “Cromwell” consolidaram a imagem de Hugo como a principal liderança do romantismo na França. Aos 26 anos de idade, o escritor desfrutava de uma situação material confortável e prestígio não apenas entre a juventude rebelde francesa, mas também entre a corte de Carlos X.

Neste período integrou-se ao romantismo transformando-se em um verdadeiro porta-voz desse movimento. A residência de Hugo tornou-se um ponto de encontro de escritores românticos entre os quais Alfred de Vigny e o crítico literário Charles Augustin Sainte-Beuve.

A censura recai sobre sua obra, “Marion do Lorme”, em 1829, peça teatral apoiada na vida de uma cortesã francesa do século XVII, isso aconteceu porque a obra foi considerada muito liberal, e também devido ao fato dos censores terem interpretado a peça como uma crítica à Carlos X, o que fez com que a produção daquela que seria sua primeira peça a ser interpretada fosse cancelada.

Em 1830 estreia “Hernani” sua primeira obra teatral, que representa o fim do classicismo e expressa novas aspirações da juventude. A peça, que exalta o herói romântico em luta contra a sociedade, divide opiniões, agradando os jovens e desagradando os mais velhos, o que desencadeia uma disputa de público que contribui para a consagração de Hugo como líder romântico. A peça obteve grande sucesso, lotando o teatro em todas as suas exibições. A disputa entre opiniões gerada por Hernan obteve proporções além do teatro, apoiadores e opositores travavam brigas e discussões por toda a França.

Após o nascimento de mais uma filha, também no ano de 1830, que recebeu o nome da mãe, sua esposa recusa-se a ter mais filhos e concede ao marido liberdade para transitar por Paris, desde que não a aborrecesse. Tal fato, faz com que Hugo se entregue à libertinagem, ligando-se indistintamente à atrizes, aristocratas e humildes costureiras, mas contudo, ele não se separara de Adèle. Neste mesmo período, Adèle inicia um relacionamento amoroso com o amigo da família, Saint-Beauve.

Seu romance, “Notre-Dame de Paris”, é lançado em 1831, considerado o maior romance histórico de Victor Hugo, o livro definiu a forma de exploração ficcional do passado que marcaram o romantismo francês. O livro narra a história do amor altruísta do deformado sineiro da catedral de Notre-Dame, Quasímodo, pela bailarina cigana Esmeralda. Com um estilo realista, especialmente nas descrições de Paris medieval e seu submundo, o enredo é melodramático, com muitas reviravoltas irônicas. O livro foi um sucesso instantâneo e logo fez de Hugo o mais famoso escritor que vivia na Europa, tendo o livro se propagado e traduzido por todo o continente.

No ano de 1832, Hugo mudou-se para um apartamento instalado na Praça de Vosges, no bairro Le Marais, onde morou até 1848, tendo sido visitado por escritores como Honoré de Balzac, Alfred de Musset, Alexandre Dumas e o compositor Franz Liszt.

Em novembro de 1832 Victor Hugo apresentava em Paris “Le Roi S’Amuse”, uma peça baseada na vida amorosa do rei Francisco I da França. Desde 1827 até o ano da estreia de “Le Roi S’Amuse”, Hugo passara de uma postura inicialmente conservadora para um liberalismo reformista que se refletia em suas posições públicas e em sua obra. “Le Roi S'Amuse” também sofreria censura, acusada de expor a figura régia ao ridículo.

Victor Hugo muito se agigantou pela inteligência; poeta genial, escritor primoroso e fecundo. Sustentou, sem esmorecimentos, tremendas lutas em prol da liberdade, enfrentando a ira dos reacionários de todos os tempos, desses que não vacilam em sacrificar as coisas mais sagradas e nobres para que seus interesses fiquem incólumes.

Por ter sido grande demais, deixou de ser cidadão francês para se tornar cidadão do mundo, porque, como foi dito, sua obra literária, suas palavras, no campo político, suas ideias e pensamentos influíram e beneficiaram os povos do mundo inteiro! Ele próprio sentia, não obstante seu entranhado amor ao país de seu nascimento, que pertencia a todos os povos que sofriam e se viam cerceados da liberdade de pensar, e que a ele cabia o dever de trabalhar, lutar infatigavelmente para que a luz da verdade espiritual reinasse nas almas de todos os seus irmãos, fossem eles desta ou daquela pátria. E para que essa luz pudesse brilhar era condição, sine qua non, que aos homens fosse adjudicado o sagrado direito de liberdade, liberdade de sentir Deus e a sua justiça, dentro das possibilidades intelectuais de cada um, dessa liberdade, enfim, que é uma condição essencial do homem.

Eis por que em pleno Congresso da Paz, em Lausanne, afirmou:

Sou cidadão de todo homem que pensa!

Victor Hugo teve uma vida por demais extensa, pois que em tudo ele foi exímio, seja como poeta, pensador, dramaturgo, romancista, historiador, panfletista, orador, jornalista e espírita!

Mostrou-se sempre inimigo intransigente da pena de morte:

A cabeça do homem do povo está cheia de princípios úteis... cultivai, decifrai, regai, esclarecei, moralizai, utilizai essa cabeça e não tereis necessidade de cortá-la!

Nosso propósito, porém, acerca da personalidade de Victor Hugo, é o de focalizá-lo como espírita, o que procuraremos fazer sucintamente.

Em 1852, em face de suas atitudes políticas, viu-se ele na contingência de refugiar-se em Jersey, na vivenda Marine-Terrace. Logo após chamou para junto de si a mulher e os filhos, aos quais se reuniram alguns amigos, e entre eles Vacquerie e Julieta Drouet.

Em setembro de 1853 chegava a Jersey, de visita, a Sra. De Girardin, levando a grande novidade: o Espiritismo.

Neste ponto, transcreveremos o que sobre esse assunto escreveu Raymond Escholier, em seu livro intitulado "A Vida Gloriosa de Victor Hugo":

As suas crenças religiosas, que a certas almas frívolas parecem tão simples, tão restritas, por vezes tão extravagantes, são a verdadeira herança transmitida pelos seus ancestrais rústicos.

A bem dizer, essas ideias são mais velhas do que o Cristianismo: fé na sobrevivência e na presença permanente dos mortos, no poder do sortilégio e da magia. Hugo não se limita a introduzir na poesia francesa as expressões do povo, a linguagem popular, tão cheia de imagens, tão colorida, tão expressiva; deu igualmente o direito de cidadania às crenças do homem primitivo, que sempre existiu no velho solo da França.

Para encontrar aquela que ficou em França, aquela a quem Victor Hugo cantou a mãe dolorosa, consultou ele à sua velha amiga, a Sra. Girardin; interrogando, por intermédio das mesas falantes, o túmulo coberto de ervas e de sombras. Com a Sra. Hugo, com Carlos, maravilhoso médium, com Augusto Vacquerie e o General Le Flô, Victor crê penetrar o segredo das forças obscuras.

O primeiro Espírito que se apresentou em Marine-Terrace foi o de Leopoldina.

- Onde estás? Pergunta o poeta.

- Luz.

- Que é preciso fazer para ir ter contigo?

- Amar.

Então na pequenina casa, tão triste, todos choraram, todos acreditaram.

Nas revelações das mesas, Hugo vê a deslumbrante confirmação das suas ideias religiosas. E é nessa convicção que escreve, a 19 de setembro de 1854:

Tenho uma pergunta grave a fazer. Os seres, que povoam o Invisível e que leem os nossos pensamentos, sabem que há vinte e cinco anos me ocupo dos assuntos que a mesa suscita e aprofunda. Mais duma vez a mesa me tem falado desse trabalho; a Sombra do Sepulcro incitou-me a terminá-lo. Nesse trabalho, evidentemente conhecido no além, nesse trabalho de vinte e cinco anos, encontrara, apenas pela meditação, muitos resultados que compõem hoje a revelação da mesa; vira distintamente confirmados alguns desses resultados sublimes; entrevira outros que viviam no meu espírito num estado de embrião confuso. Os seres misteriosos e grandes que me escutam, veem, quando querem, no meu pensamento, como se vê numa gruta com um archote; conhecem a minha consciência e sabem quanto tudo o que eu acabo de dizer é rigorosamente exato, que fiquei por momentos contrariado, no meu miserável amor-próprio humano, pela revelação atual, que veio lançar à volta da minha lampadazinha de mineiro o clarão dum raio ou dum meteoro. Hoje, tudo o que eu vira por inteiro é confirmado pela mesa: e as meias revelações a mesa as completa. Neste estado de alma escrevi:

O ser que se chama Sombra do Sepulcro aconselhou-me a terminar  a obra começada; o ser que se chama Ideia foi mais longe ainda e ‘ordenou-me’ que fizesse versos atraindo a piedade para os seres cativos e punidos, que compõem o que parece aos não videntes a Natureza morta; obedeci. Fiz versos que Ideia me impôs.

Em 22 de maio de 1885 desencarnou o Espírito de Victor Hugo, em Paris. Eis as suas últimas vontades consignadas em testamento confiado a AugustoVacquerie:

Deixo 50.000 francos aos pobres. Desejo que me levem ao cemitério na carreta dos pobres. Recuso as orações de todas as igrejas. Creio em Deus.

sábado, 28 de janeiro de 2023

PENSAMENTOS NEGATIVOS SÃO FEITOS DE PÓ DE FADA[1]

 

Simone Elliot -"Drowning in Negative Thoughts"


Jeffrey S. Nevid, Ph.D., ABPP[2] − Postado  em 23 de janeiro de 2023 |  Avaliado por Ekua Hagan

 

Pontos Chave

§  Quanto mais esforço alguém fizer para afastar um pensamento, mais persistente ele se tornará.

§  Pode ajudar praticar a resposta aos pensamentos negativos ou deixá-los passar pela mente.

§  Trabalhar com um terapeuta cognitivo-comportamental pode ajudar a gerar autoafirmações para combater pensamentos negativos.

 

Existe um crítico interno que passou a residir em sua cabeça? Isso o incomoda com lembretes constantes do que você não realizou ou o enche de culpa pelo que você fez de errado? Isso aperta seus botões emocionais e destrói sua autoestima?

Na terapia cognitivo-comportamental, ajudamos as pessoas a redefinir suas mentes, substituindo pensamentos perturbadores por alternativas racionais. No entanto, há uma ironia não reconhecida no trabalho que fazemos. A TCC baseia-se na crença de que pensamentos perturbadores e distorcidos (chamados de distorções cognitivas) conduzem emoções negativas como ansiedade , raiva e depressão , ao mesmo tempo em que reconhecemos que os pensamentos não têm poder em si mesmos. Afinal, pensamentos perturbadores são apenas palavras, apenas pensamentos colocados em palavras, apenas opiniões e crenças, nenhuma das quais pode apertar seus botões, a menos que você permita. O imperador não tem nenhuma roupa. O único poder que eles têm é aquele que você concede a eles.

Um pensamento apenas paira ali, a menos que você permita que ele assuma o controle sobre você. Uma das minhas citações favoritas é de Eleanor Roosevelt, que disse: “Ninguém pode fazer você se sentir inferior sem o seu consentimento”. Eu acrescentaria que ninguém pode fazer você se sentir mal consigo mesmo, nem mesmo você, a menos que você permita.

Diga ao seu crítico interno que ele não é o seu chefe. Diga a ele para fazer uma caminhada, fugir ou simplesmente desocupar o local. Quando você perceber um pensamento perturbador saltitando nos corredores de sua mente, enfrente-o diretamente respondendo a ele. Pratique a revogação dos pensamentos que você pode tirar do bolso da calça para desafiar os pensamentos perturbadores. Aqui estão alguns exemplos desse tipo de resposta racional de meus pacientes:

§  Apenas dê um passo de cada vez, colocando um pé na frente do outro.

§  Se estiver sob seu controle, controle-o; se não, deixe-o ir.

§  Pense, não reaja.

§  Não pense, apenas faça.

§  Eu só posso fazer o melhor que posso, nada mais.

§  Não é o fim do mundo, apenas parece assim.

§  Claro, a vida é uma merda. Deixe isso para trás.

Um pensamento de revogação é uma resposta de enfrentamento para gerenciar pensamentos perturbadores. Algumas respostas de enfrentamento funcionam melhor para algumas pessoas do que para outras. Na prática, descobri que a melhor maneira de saber o que funciona é experimentá-los. Mas dois tipos de respostas de enfrentamento não parecem funcionar muito bem ou oferecem apenas uma pausa temporária:

1.       Lutando contra isso. Algumas pessoas tentam combatê-lo com pensamentos negativos, tentando bani-los de suas mentes. Tentar controlar seus pensamentos por pura força de vontade pode ser mentalmente cansativo, como tentar não pensar em elefantes cor de rosa. Você diz a si mesmo: “Não pense nisso... Afaste-o... Ignore-o”. Mas quanto mais tempo e esforço você dedicar para afastá-lo, mais persistente o pensamento provavelmente se tornará. Como cuspir no vento, tentar lutar contra um pensamento perturbador pode sair pela culatra e acabar tornando-o ainda mais forte.

2.       Distraindo-se. Tentar se distrair pode ser uma técnica útil, mesmo que apenas por um tempo. Quando incomodado por um pensamento negativo persistente, você pode fazer outras coisas para se distrair, como assistir TV, ler um livro envolvente, ligar para um amigo ou ouvir música, para citar apenas alguns. No entanto, você só pode escapar de si mesmo por um período finito de tempo antes de finalmente voltar a enfrentar a solidão de sua própria mente.

O que funciona melhor? Aqui estão três sugestões, mas, novamente, a prova permanece no proverbial pudim, pois você mesmo precisa experimentá-las:

1.       Fale de volta para os pensamentos negativos . Encare o pensamento negativo de frente, trazendo-o para o tribunal de sua mente, onde poderá montar uma defesa vigorosa. Processe o pensamento ofensivo apresentando evidências para minar sua validade e, em seguida, pratique uma alternativa, revogando o pensamento para substituí-lo. (Verifique minhas outras postagens para exemplos de pensamentos contrários que funcionam contra ansiedade, raiva, depressão, culpa e preocupação). Às vezes, um pensamento negativo identifica um problema a ser resolvido ou um comportamento a ser corrigido. Há algo a ser dito sobre a antiga expressão de aprender com seus erros. Mas um pensamento negativo que continua martelando em sua cabeça muito depois de você receber a mensagem precisa ser despachado.

2.       Deixe os pensamentos negativos passarem pela sua mente . Um pensamento é feito de pó de fada – sua “mágica” vem do poder que imbuímos a ele. Os pensamentos carecem de qualquer substância material que possa nos levar a agir ou sentir de maneira diferente. Não conceda aos pensamentos negativos nenhum poder que eles não possuam. Então, por exemplo, apenas pensar que você é um perdedor não faz de você um perdedor. Isso apenas faz de você uma pessoa que pensa que você é um perdedor. Deixe o pensamento passar, talvez dizendo a si mesmo: “É apenas um pensamento. Pensar que você é um perdedor não o torna um perdedor.” Não lute contra isso; apenas deixe-o desaparecer. O pensamento passará pelo pó de fada do qual é feito, especialmente se você apenas deixá-lo ser (desaparecido).

3.       Pense logicamente, não emocionalmente. Às vezes, quando você pensa o pior, pergunte-se se é realmente o fim do mundo ou se apenas parece que sim. Torne-se consciente da armadilha do raciocínio emocional, que é um raciocínio baseado em sentimentos, não na razão. Com o raciocínio emocional, você comete um erro lógico de pensar que, porque algo parece assim, deve ser assim. É assim: se me sinto desesperado ou sem esperança, as coisas devem estar realmente desesperadas ou sem esperança. Olhar o mundo através de suas emoções é como usar óculos escuros e pensar que o mundo em si é realmente um lugar escuro. Pratique a disciplina de um famoso Sr. Spock de Star Trek e deixe a lógica e o pensamento racional, não as emoções, guiá-lo.

 

Verificando com sua própria mente

Reserve um momento para verificar consigo mesmo para detectar pensamentos preocupantes quando eles saltam em sua cabeça. Não deixe que eles permaneçam em sua mente, intocados e sem exame. Quando você se depara com um pensamento ofensivo, faça uma série de perguntas desafiadoras para si mesmo:

Desafio 1: Por que deve ser assim?

Desafio 2: Quem disse que deve ser assim?

Desafio 3: Existe alguma evidência que o comprove?

Desafio 4: De quem é a voz que está falando na minha cabeça quando penso assim? De quem são as palavras?

Desafio 5: Existe uma forma alternativa de ver esta situação?

Desafio 6: Pode ser o mais difícil: Que pensamento racional posso substituir o pensamento perturbador?

 

Em minhas outras postagens, você encontrará exemplos de pensamentos contrários na forma de autoafirmações que meus pacientes usaram para responder a pensamentos perturbadores. O uso dessas autoafirmações pode ser útil, mas você pode ter ainda mais sucesso ao revogar as autoafirmações expressas em suas próprias palavras. Trabalhar com um terapeuta cognitivo-comportamental também pode ajudá-lo a gerar autoafirmações que funcionem para você e identificar os gatilhos de pensamento específicos que dão origem a pensamentos negativos automáticos.

Vá em frente e dê a si mesmo permissão para ficar com raiva do pensamento perturbador, contanto que fique com raiva do intruso − o pensamento em si − não de si mesmo. Responda ao pensamento pensando ou dizendo a si mesmo:

Pare. Você já me fez sofrer o suficiente. Vá encontrar outra pessoa para bater.

Em seguida, substitua por um pensamento alternativo:

Sim, cometi erros, mas não posso consertar o passado. Só posso mudar o que faço no presente, aqui e agora, não no passado ou no futuro.

Em seguida, faça algo hoje mesmo, até mesmo duas coisas, para tornar o dia mais gratificante e atingir metas alcançáveis . No final do dia, lembre-se do que você realizou (não do que você não fez ou não realizou). Quando o amanhã chegar, enxágue e repita.

 

Traduzido com Google Tradutor



[2] Jeffrey Nevid, Ph.D. , ABPP , é professor de psicologia na St. John's University em Queens, Nova York, onde anteriormente atuou como Diretor do Programa de Doutorado em Psicologia Clínica por mais de 30 anos. Ele também é psicólogo praticante, com escritórios em Manhattan e Queens e por teleterapia (publicado na rede de provedores Psychology Today ), especializado em terapia cognitivo-comportamental (TCC). Nevid é certificado em Psicologia Clínica pelo American Board of Professional Psychology (ABPP) e é membro da Academy of Clinical Psychology (FAClinP) e da American Psychological Association (APA). Ele recebeu o prêmio Charles L. Brewer Distinguished Teaching of Psychology de 2022 da American Psychological Foundation.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

REENCARNAÇÃO E AUTISMO[1]

 

Ben Chong - Autismo

 

Algumas teses espiritualistas relatam que o comportamento autista é decorrente do fato de o ser extrafísico não ter aceitado sua reencarnação. Em O livro dos Espíritos, na Questão 355, é ensinado que a aliança do espírito ao corpo não é definitiva, porquanto os laços que o prendem ao corpo são muito fracos, podendo romper-se por vontade da individualidade espiritual, recuando diante da prova que escolheu.

Portanto, o Espiritismo instrui que, nos casos de não aceitação da reencarnação, mediante o seu livre-arbítrio, a entidade se retira e acontece um aborto, denominado, pela ciência, de espontâneo.

 

Aparência enganadora

Os déficits cognitivos severos, associados às profundas alterações no inter-relacionamento social, caracterizam o autista, apresentando uma forma de identificação profundamente diferente, resultante do mau uso das faculdades intelectivas, em existências anteriores, quando errou, exatamente, na dissimulação das emoções, estabelecendo relações afetivas baseadas no engodo, no fingimento, para manter suas posições sociais abastadas, no campo do poder social e, principalmente, na vigorosa sedução sexual.

Utilizou o disfarce, a aparência enganadora, cobrindo com uma máscara psicológica a sua verdadeira personalidade, representando uma personagem falsa, enganando os circunstantes para auferir vantagens.

Quantos indivíduos, exercendo cargos religiosos, políticos, militares e policiais, sem a preocupação de ajudar o próximo, assoberbados de vantagens pessoais, preocupados apenas com o seu próprio bem-estar, apresentam-se como falsos líderes, ludibriando a muitos, mas não conseguindo enganar a si próprios.

 

Desprovido de controle

Na “Parábola dos Talentos”, Jesus alude aos que usaram seus dons, atributos, sem benefício para os semelhantes e, atormentados, posteriormente, pelo remorso, refletem um sofrimento que parece não ter fim (imagem simbólica do fogo eterno), recebendo a sentença que ressoa nos refolhos mais íntimos da consciência: “até o pouco que têm lhes será tirado”.

O indivíduo autista representa alguém necessitado de muita atenção, carinho e amor, vindo ao mundo físico em uma reencarnação essencialmente expiatória, totalmente desprovido do controle de suas emoções e com prejuízo acentuado na interação social.

Não desenvolve relacionamento eficaz com seus pares e revela fracasso marcante no contato visual direto, na expressão facial, na postura corporal, na tentativa espontânea de compartilhar prazer, interesses ou realizações com outras pessoas.

Está agora sujeito às consequências de seus atos impensados do pretérito. De tanto não conceder o devido respeito às pessoas e de não conceber que os seres pensam e têm sentimentos, retorna com déficit e prejuízo da empatia, com intensa dificuldade de construir vínculos, sem se sentir atraído pelas pessoas e sem interesse em tentar falar, considerando o rosto humano muito complexo, confuso e difícil de olhar.

No pretérito, a todo o custo, buscava a fama, a glória, o entusiasmo dos aplausos, o ardor dos cumprimentos e abraços; hoje, com aparência desorientada devido a uma expressão sem emoção, vivencia experiências caóticas, com dificuldade imensa de estar fora do seu casulo particular, principalmente quando ouve o ruído de um grupo de pessoas, causando acentuada confusão nos seus sentidos, sem saber distinguir os estímulos e, muitas vezes, aguçada dificuldade em relação à sensibilidade tátil, sentindo-se sufocado com um simples aperto.

 

Redenção espiritual

Deus, essencialmente o amor, proporciona ao indivíduo imortal, diante da Eternidade, a oportunidade da redenção espiritual.

Quando retornar à dimensão extrafísica, apresentar-se-á curado, sem mais o remorso lhe assenhoreando o íntimo, vivenciando a paz e agradecendo a valiosa oportunidade dispensada, a si próprio, de agora poder valorizar a utilização dos dons da comunicação e o talento do carisma, visando o bem-estar do próximo e o seu próprio crescimento espiritual.

A chance de ter tido uma existência difícil, quando se entretinha, enfileirando brinquedos e objetos, particularmente, pauzinhos, caixinhas, peças coloridas para encaixe, despertou dentro de si o potencial da humildade.

Captando paulatinamente as vibrações amorosas de seus pais, familiares, amigos e abnegados terapeutas, assimilando-as intensamente, a carapaça da empáfia desabou e descobriu em plenitude o amor. Afinal, todos os filhos de Deus são herdeiros do Infinito e estão ainda iniciando sua jornada evolutiva no rumo das moradas grandiosas e incomensuráveis do Universo.

 

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

ABANDONO DEFINITIVO[1]

 

 Mary Magdalen in Ecstasy


Miramez

 

Se abandonarmos o extático a si mesmo, sua alma poderia abandonar definitivamente o corpo?

− Sim, ele pode morrer, e por isso é necessário chamá-lo, por meio de tudo o que pode prendê-lo a este mundo, e sobretudo fazendo-lhe entrever que, se quebrasse a cadeia que o retém aqui, seria esse o verdadeiro meio de não ficar lá, onde vê que seria feliz.

Questão 442/O Livro dos Espíritos

 

O Espírito em transe extático poderia, desejando fortemente, abandonar definitivamente o corpo, porém, se for evoluído, ele não pensará dessa forma, por conhecer as leis naturais formuladas por Deus para a harmonia da criação.

O Espírito elevado comunga com a paz universal e conhece todas as leis. O erro é ambiente somente para a ignorância, e é por isso que a Doutrina Espírita vem mostrando Jesus na feição grandiosa da Sua inteligência e do Seu amor para com toda a humanidade, para que não se percam as oportunidades proporcionadas aos que se encontram na Terra, movendo-se em corpos materiais. As leis nos falam que, contrariando-as, voltaremos com mais dificuldades para obedecê-las depois. Repetir o ano na escola é fator de ignorância.

Toda repetição nesse sentido é perda de tempo que poderia ser gasto em atividades de grande proveito.

Há muitos suicidas que sofrem a dor do arrependimento. Deus não os tolhe em seu livre arbítrio, e dá uma lição ao aluno afoito. Busquemos os exemplos dos grandes mártires do Cristianismo, colhendo deles as bênçãos da serenidade em todas as suas provas, recolhendo forças para as nossas necessidades. Que seja feita a vontade de Deus e não a nossa, pois, Ele, o Senhor de todas as coisas, sabe mais do que todas as criaturas juntas. Ele é onisciente dentro do pensamento como Criador e, de nossa parte, torcemos os impulsos santos, sofrendo por nos desviarmos da verdade.

O Senhor nos dá a liberdade de tirarmos a nossa vida física, mas nos entrega a responsabilidade do que nos poderá acontecer por esse gesto de ignorância. Quando acompanhamos Jesus, seguindo-O, fazendo forças para praticar Seus ensinamentos, claro que o próprio corpo rejeita essa mudança vibracional; contudo, o nosso dever é prosseguir, fazendo nascer em nós uma força vigorosa de amor, no lugar dos contrários à caridade. No fim, será como diz o Evangelho:

“Quem perseverar até o fim, será salvo”.

O Espírito já limpo das paixões humanas não pratica o ato suicida em escala alguma, somente faz a vontade de Deus, porque respeita todas as Suas leis de amor; compreende Sua missão na Terra e sabe que em volta Dele se encontram muitos benfeitores da verdade a instruí-los e ajudar, assim como existem muitos Espíritos ignorantes esperando exemplos dignificantes. O médium espírita não deve nem pensar em abandonar sua tarefa mediúnica por simples arranhões nos caminhos. Jesus foi muito mais oprimido e soube vencer todos os infortúnios, deixando Sua marca de coragem para que possamos segui-Lo, alcançando a luz e a paz de consciência.

O Mestre, certa feita, falou a Paulo: “Fale, e não se cale”. É o que devemos fazer também; falar aos irmãos do caminho que estiverem esmorecidos e não nos calarmos, porque muitas vezes a palavra pode mudar suas ideias, soerguendo-os rumo ao dever, dando as mãos ao Senhor.

Nesse momento de reação no bem, surgirão as claridades da esperança. Todos temos o nosso calvário a subir, mas, encontramos sempre nos nossos caminhos os cireneus a nos ajudarem a levarmos a nossa cruz, além do mesmo Jesus que não falta à Sua palavra de que não deixaria Órfãs as Suas ovelhas, as ovelhas que o Pai Lhe entregou.



[1] Filosofia Espírita – Volume 9 – João Nunes Maia

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

PSICOMETRIA[1]

 



Maria Rosa Barrington

 

A psicometria é um tipo de clarividência facilitada pelo manuseio de um objeto: isso permite que o psíquico descreva incidentes-chave na vida de seus proprietários anteriores. Um praticante notável foi o psíquico polonês Stefan Ossowiecki (1877-1944). Tem havido alguma investigação científica de psicometristas, notavelmente pelo psi-pesquisador francês Eugène Osty (1874-1938).

 

Características

A psicometria é uma técnica na qual um psíquico lida com um 'objeto de ligação' conectado a uma pessoa, lugar ou evento alvo. O contato com o objeto parece precipitar a consciência da história do próprio objeto, seus sucessivos ambientes e origens, e das pessoas e incidentes associados a ele, até mesmo detalhes sobre pessoas relacionadas a essas pessoas. Alguns psicometristas falam sobre o objeto e seus ambientes; outros estão mais interessados ​​em seus vários proprietários, suas personalidades e eventos importantes da vida.

Alguns psicometristas trabalham para trás no tempo, mencionando a última pessoa a tocar o objeto, depois a anterior e assim por diante. Outros se concentram diretamente no item de informação mais significativo relacionado ao objeto. Em um encontro face a face, o psicometrista pode primeiro pegar a mão do assistente, se o propósito for demonstrar seus poderes contando ao assistente detalhes de sua vida passada e de outras pessoas ligadas a ele. No entanto, a maioria dos praticantes de psi está preparada para usar a psicometria, e algumas pessoas sem nenhuma reivindicação especial de faculdades psíquicas às vezes dizem que captam impressões ao manusear coisas ou mesmo ao sentar em cadeiras.

Objetos de ligação são muito usados ​​com médiuns, especialmente em sessões de procuração, aquelas em que a pessoa-alvo (para quem a leitura está sendo feita) não está presente. De acordo com a médium de Boston Leonora Piper:

Os objetos carregam consigo uma luz tão distinta para nós quanto a luz do sol é para você. No instante em que você nos entrega um objeto, nesse instante temos uma impressão de seu dono, seja o atual ou o antigo dono e frequentemente ambos.

Questionada se o artigo carregava elementos intrínsecos de seu antigo entorno, ou se tais influências deveriam ser extraídas de seu dono, ela esclareceu:

Ah, sem a intervenção de uma pessoa porque tem luz suficiente para nos dar a impressão do seu antigo ambiente[2].

Embora seja conveniente referir-se a 'psicometria' e 'psicometristas', a psicometria não é um gênero de funcionamento psi como telepatia (psi mente a mente) e clarividência (percepção psi de um ambiente ou evento distante). Em vez disso, o psíquico usa a psicometria como uma ajuda operacional para a consciência psíquica, um objetivo que também pode ser facilitado pelo uso de bolas de cristal, cartas, palmas, pêndulos ou clara de ovo, alguns dos quais também foram associados a demonstrações bem-sucedidas de psi.

Qualquer que seja a técnica preferida pelo clarividente, tocar um objeto de ligação parece ter uma potência especial. Certos psicometristas notáveis ​​tiveram um desempenho bem-sucedido e consistente sob condições bem controladas e em testes com pesquisadores que realizaram experimentos repetidos e variados (veja abaixo). O objeto de ligação difere de outros auxiliares por ter tido contato físico direto com a pessoa-alvo ou com o ambiente, levantando a questão se ele atua apenas como um suporte psicológico ou se de alguma forma desempenha um papel por meio de sua substância. Os psicometristas mais notáveis ​​às vezes funcionaram de maneira bastante eficaz sem nenhum objeto de ligação.

 

Joseph Buchanan

O estudo sistemático da psicometria foi iniciado nos EUA por Joseph Buchanan na década de 1840. Ele começou testando a sensibilidade ao toque de metais e passou a experimentar impressões de paladar quando os sujeitos do teste manuseavam envelopes contendo substâncias que variavam de açúcar e sal a eméticos. Buchanan descobriu que muitos de seus alunos voluntários eram altamente suscetíveis a essas influências. Mais tarde, ele passou para o campo mais familiar, onde o propósito é estudar o discernimento de associações passadas ligadas a artigos naturais ou manufaturados[3].

 

William Denton

Uma geração depois, a atenção do geólogo William Denton foi atraída para os escritos de Buchanan por sua esposa Elizabeth, que acreditava que ela mesma era sensível a associações impressas em artigos que manuseava. Denton realizou extensas experiências com ela e com sua irmã Annie, confirmando a descoberta de Buchanan de que pegar uma carta poderia evocar descrições da aparência, caráter e eventos da vida do escritor. Annie mostrou um dom especial para descrever as origens geográficas dos espécimes colocados diante dela, e a maior parte do trabalho de Denton nessa área era desse tipo. A partir de suas pesquisas, Denton passou a acreditar, como Buchanan, que os eventos passados ​​estavam embutidos no presente, conjecturando que cada partícula de matéria estava marcada com sua história ambiental[4]. Quer haja ou não substância nesta ideia, ela não pode explicar os poderes de clarividência exibidos no tipo mais comum de teste psicométrico, onde o propósito não é investigar as origens do objeto de ligação, mas sim conectar-se com pessoas e eventos associados a ele, incluindo incidentes ocorridos depois que as pessoas envolvidas deixaram de ter qualquer contato com o objeto. 

 

Stefan Ossowiecki

A maioria dos psicometristas tem se preocupado principalmente com pessoas e incidentes pessoais. No entanto, na Polônia, um dos mais rigorosamente testados de todos os clarividentes, Stefan Ossowiecki (1877–1944), deu sessões a um arqueólogo chamado Stanislaw Poniatowski com o objetivo de descobrir informações sobre um artefato arqueológico, uma ponta de lança; isso produziu uma série de detalhes sobre um assentamento na França ou na Bélgica, que Poniatowski identificou como preciso para a cultura magdaleniana do período paleolítico superior. A informação foi considerada autêntica, mas é claro que não pode ser avaliada com certeza[5].

No entanto, podem ser elaborados testes nos quais as informações fornecidas pelo clarividente possam ser prontamente verificadas em relação à história conhecida do objeto. Em um dos vários testes rigorosos realizados por cientistas do Institut Métapsychique International (IMI) francês, Ossowiecki recebeu um fragmento de meteorito que havia sido embrulhado e encaixotado pelo doador (um homem desconhecido de Ossowiecki) com a intenção de que fosse apresentado ao clarividente após a morte do doador. Ossowiecki começou, como sempre fazia, descrevendo os artigos que continham o objeto-alvo: o papel de embrulho, a caixa dentro dele, o solo e os minerais que um dia estiveram na caixa. Ele então passou para o doador.

[Ele] não está mais vivo... Era um homem velho, de barba grisalha... de grande cultura, altamente educado, especialmente conhecedor do paranormal... Viajava muito. O pacote foi enviado para alguém... Eu o vejo lá embaixo na estante...

O espécime de fato passou muitos anos 'lá embaixo na estante' do pesquisador antes de ser apresentado a Ossowiecki. Ele finalmente chegou ao alvo.

[Matéria vulcânica... Há algo aqui que me puxa para outros mundos... Agora estou vendo um planeta enorme, imenso, um mundo distante e totalmente desconectado do nosso. Ele está correndo pelo espaço sideral... ele colide com outro corpo... há um evento cósmico catastrófico. Algo se desprende, se despedaça, se despedaça em pequenos pedaços... eles correm, caem por terra em vários lugares... sim, sim, são pedaços de meteorito.

Ossowiecki passou a adivinhar a presença anômala de açúcar.

Este experimento foi pensado especialmente para mim... talvez sejam dois experimentos, porque me sinto atraído em duas direções diferentes. Este velho senhor também preparou os pedaços de açúcar. Só então alguém veio e trouxe-lhe um pouco de chá. Eu o vejo beber com o açúcar entre os lábios.

Isso é típico de Ossowiecki, que habitualmente relatava impressões associadas não apenas com o objeto-alvo, mas também com a pessoa que o preparou, o ato de preparação e depois os incidentes na vida dessa pessoa. Embora a retrocognição seja uma marca registrada de sua técnica, muitos dos experimentos realizados para avaliação imediata não requerem essa interpretação. Em situações informais, ele entregava um envelope lacrado que continha um desenho, manuseava-o e desenhava imediatamente uma imagem que se revelava uma cópia quase exata. Se o envelope contivesse uma carta, ele não apenas resumiria com precisão seu conteúdo, mas também descreveria o escritor, pessoas ligadas ao escritor e incidentes na vida do escritor.

Ossowiecki teve sucesso em experimentos mais formais realizados com membros do IMI e outros pesquisadores experientes. Em um deles, ele identificou com sucesso alvos envoltos em materiais duros, como chumbo, e com papéis aparafusados ​​em uma bola ou queimados. Em situações da vida real, ele poderia usar o contato com um objeto de ligação para rastrear criminosos e localizar objetos perdidos. Durante a guerra, ajudou famílias desesperadas trazendo notícias, boas ou más, sobre pessoas desaparecidas. Em uma ocasião, ele rastreou o cadáver de um determinado oficial do exército em uma cova em massa no campo de batalha.

O efeito potente do toque é mostrado em dois casos de 'descoberta' da vida real. A esposa de um juiz perguntou a Ossowiecki se ele poderia dizer o que havia acontecido com um broche perdido recentemente do casaco que ela usava. Ele começou com uma descrição, mas ela o interrompeu, dizendo que o broche que ele estava descrevendo não era o broche perdido, mas outro que estava guardado na mesma caixa. Contido momentaneamente, Ossowiecki pediu para colocar um dedo no casaco no lugar onde estivera o broche. O efeito foi imediato: ele viu o broche cair do casaco em um local que soube nomear e viu um homem de bigode preto pegá-lo. Nesse ponto, ele perdeu o rastro. No entanto, visitando seu banco no dia seguinte, ele viu o homem de bigode preto e contou-lhe o que tinha visto. Atordoado, o homem mostrou o broche.

Em outra ocasião, um banco apelou para Ossowiecki pedindo ajuda para rastrear certificados de ações roubados. Pediu para colocar a mão no cofre onde estavam guardadas as certidões; imediatamente ele 'viu' um homem no ato de levá-los e foi capaz de identificar um funcionário do banco como o ladrão. Ser 'visto' em flagrante por Ossowiecki muitas vezes parecia, como aqui, levar à confissão instantânea e recuperação de propriedade[6].

Ossowiecki disse que se colocou em um estado especial de abertura, mas não parecia ser diferente de seu eu habitual quando fez psicometria.

 

Ludwig Kahn

Ludwig Kahn (1873-?), um clarividente judeu alemão, estava em estado de alerta quando realizava suas demonstrações estritamente estereotipadas. Kahn rasgaria uma folha de papel em quatro pedaços, entregaria um para cada um dos quatro participantes e sairia da sala, instruindo-os a escrever uma mensagem curta no papel, dobrá-lo várias vezes e entregá-lo a um deles. Essa pessoa então embaralhou os papéis e devolveu um para cada participante. Voltando, Kahn ficou na frente de cada participante por sua vez, indicou se a pessoa estava segurando seu papel original ou um diferente, então desfiou o conteúdo da mensagem, geralmente palavra por palavra. Em velocidade e precisão, Kahn rivalizou com Ossowiecki, embora em um campo mais restrito.

O contato físico era importante aqui, pois os participantes tinham que usar pedaços de papel que ele havia manuseado (ele percebia quando um deles substituía um pedaço rasgado de outra folha). Quando emperrava, como acontecia ocasionalmente, pedia para tocar no papel, ao que voltava a disparar como um foguete, recitando cada palavra da escrita oculta, escrita ou não por quem a segurava. Claramente, o elemento do toque desempenhou um papel fundamental, agindo para restaurar instantaneamente a conexão, como foi o caso de Ossowiecki e outros psicometristas. Se o participante resistisse ao seu pedido, ele se recusaria a continuar. No entanto, novamente como eles, houve ocasiões em que Kahn parecia capaz de dispensar seus auxílios táteis, trabalhando com papel que não havia manuseado anteriormente e tendo um desempenho igualmente bom com papéis que foram reduzidos a cinzas; ele também estava preparado para trabalhar com um participante em vez dos quatro habituais.

Como artista público, Kahn era frequentemente acusado de fraude - embora seus críticos não fossem capazes de fornecer um mecanismo convincente para o ato. Por outro lado, ele se submeteu a testes de pesquisadores psi, incluindo o fisiologista francês Charles Richet, um investigador altamente experiente, todos os quais se convenceram de que os feitos eram genuínos[7].

 

Eugène Osty e Jeanne Morel

Eugène Osty (1874-1938) realizou pesquisas sistemáticas com psicometristas europeus durante um longo período (incluindo Kahn). Numa fase tardia da sua carreira, abandonou a prática da medicina para se tornar diretor do IMI. Suas descobertas estão registradas em seu livro seminal La Connaissance Supranormal , traduzido sob o título Supernormal Faculties in Man em 1923[8].

Osty trabalhou com psicometristas profissionais de habilidade notável, mais frequentemente uma mulher chamada Jeanne Morel. Em março de 1914, ela foi convidada a ajudar a localizar um idoso trabalhador imobiliário que havia desaparecido de sua casa e não foi encontrado, apesar de extensas buscas no terreno. Dado um lenço pertencente ao homem, Morel foi capaz de descrevê-lo com total precisão, e também o local onde ele jazia morto:

[H]a muita água ali em poças redondas... muitas árvores... uma grande pedra perto dele... Ele sai das casas... passa ao lado delas . . . dirige-se para as outras casas... chega ao cruzamento onde três estradas se cruzam, em frente da qual há uma casa... Passa uma barreira... hesita... tem na mão uma velha bengala... bate com ela no chão... a sua mente está confusa... vai para a direita numa descida... hesita... volta para os cruzamentos apoiado na bengala... pega a estrada da esquerda... caminha pelo lado direito, segurando a bengala e um lenço xadrez... passa perto de uma cerca e entra na mata por um caminho que mal dá para ver no nível da estrada... De onde está o corpo, a casa e a cabana não são visíveis; é preciso voltar à estrada para vê-los... Ele não entrou muito na floresta... perto do local onde o terreno desce.

Seguindo as instruções de Morel, os investigadores encontraram o trabalhador, como ela havia indicado, perto de uma grande pedra, poças d'água e cercada por árvores. Essa incidência de psicometria surpreendeu Osty porque as circunstâncias excluíam a telepatia de qualquer pessoa viva. Também demonstra que, para ser bem-sucedido, um objeto de ligação não precisa necessariamente estar presente no evento do qual o psicometrista está tentando obter conhecimento.

Em um experimento especialmente esclarecedor realizado em 1912, o objeto de ligação era uma fotografia de uma pessoa desconhecida de Osty e fornecida por um acadêmico clerical.

Em 8 de março, estando a Sra. Morel sob hipnose, tirei a fotografia do envelope e, sem olhar para ela, coloquei-a virada para baixo em sua mão. Meu pensamento pode, portanto, não ter transmitido nada; mas tendo olhado para a fotografia no final da sessão, posso dizer que não aprendi nada com ela.

Osty pediu a Morel que 'falasse da pessoa representada na fotografia'. A resposta dela foi a seguinte.

Uma mulher aparece para mim... ela desaparece... Ah! Tem um homem no lugar dela, ali, muito claro... um homem moreno aparece diante de mim, ele está doente... seu cérebro está perturbado... seu rosto está muito triste... ele está doente e com dor... sua cabeça está cansada... entendo ele frequentemente cercado por muitas pessoas, rapazes... Vejo centenas de rostos esvoaçantes ao seu redor, todos bastante jovens, em uniformes.

Osty percebeu que o vidente estava falando sobre a pessoa que havia lhe enviado a carta, que ele sabia que trabalhava em uma faculdade e sofria de "problemas digestivos e depressão neurastênica". Assim, ele pediu que ela dirigisse sua atenção para a pessoa retratada na fotografia, com o seguinte resultado:

Então volto ao tempo em que a fotografia foi tirada… Vejo um jovem de cabelos castanhos, muito vivo, cérebro rápido, muita imaginação, olhar aguçado, cheio de curiosidade, profundo… Vejo em certo momento muita luta… Mais tarde, vejo-o doente. Vejo sua cabeça afetada e um membro... Então, muito estranho, não o vejo como as outras pessoas; sua imagem torna-se vaga, indefinida, esmaecida... Vejo este homem estendido; ele está pálido; estranhamente pálido; ele passa diante de mim como um corpo sem pensamento ou movimento. Ele está morto.

Instado a descrever do que o homem morreu, Morel respondeu que não sabia dizer exatamente, porque não tinha nada dele: a fotografia não serviria porque ele não a havia tocado.

O doador da fotografia confirmou que o homem mostrado morreu aos 38 anos e que seu caráter foi brevemente descrito. Ele morreu de uma doença cerebral aguda, provavelmente meningite, que também causou paralisia temporária.

As características notáveis ​​da psicometria estudada por Osty incluem:

§  Cronologia reversa, concentrando-se na última pessoa a tocar o objeto de ligação e retrocedendo de contato em contato até chegar à pessoa cuja conexão com o objeto foi significativa.

§  Precognição, como quando Jeanne Morel garantiu ao dono de um anel perdido que ele seria devolvido a ela porque ela o viu usando-o novamente no futuro.

§  Nenhum interesse em 'espíritos'. Ao contrário dos médiuns ingleses e americanos, os psicometristas franceses declararam quando o indivíduo-alvo estava morto, mas não fizeram nenhuma tentativa de se comunicar.

 

Alexis Didier

Um exemplo notável de psicometria é registrado em relação ao clarividente francês Alexis Didier (1826-86), que ajudou a recuperar um pacote perdido. O pacote, contendo dinheiro, havia sido enviado ao compositor Chopin em seu último ano de vida. Não tendo recebido aviso, os remetentes consultaram Didier, que afirmou que o pacote havia sido entregue ao porteiro, mas não havia sido aberto. Para mais detalhes, ele exigiu um fio de cabelo da cabeça dele.  Tendo este item sido fornecido, Didier revelou onde se encontrava o pacote, que foi devidamente recuperado[9].

 

Gustav Pagenstecher

Relatórios de pesquisas em psicometria foram publicados por Gustav Pagenstecher, um médico alemão no México. Pagenstecher usou a hipnose para tratar uma paciente, Maria Reyes de Zierold, descobrindo para sua surpresa que, quando ele o fez, ela se tornou clarividente. Em testes subsequentes, descobriu-se que Zierold respondia rápida e vigorosamente a objetos de ligação. Ao contrário dos psicometristas franceses estudados por Osty, sua atenção não foi direcionada para os manipuladores recentes do objeto, nem ela deu um relato de observador sobre o que aconteceu com o indivíduo-alvo. Em vez disso, ela foi diretamente ao evento mais dramático associado ao objeto e parecia se identificar com a experiência da pessoa afetada por ele, demonstrando sintomas de trauma como afogamento ou engasgo[10].

O trabalho de Pagenstecher com Zierold foi observado pelo pesquisador americano Walter Franklin Prince[11]. Em uma leitura, tendo recebido uma carta lacrada, ela descreveu o escritor como sendo alto, de 35 a 40 anos, com uma cicatriz na sobrancelha direita. Ela também profetizou que ele estava para naufragar. De acordo com Prince, todos esses detalhes provaram ser verdadeiros, sendo desconhecidos para ele ou para os outros dois observadores da sessão: Pagenstecher e um médico que havia criado uma comissão para investigar as alegações de Pagenstecher sobre ela[12]. Como sempre fazia, Zierold envolveu-se emocionalmente com o destino do homem que ela descreveu como "aquele que escreve". Ela disse que o viu colocar sua mensagem em uma garrafa, enfiar a rolha em casa e jogar a garrafa ao mar, ela mesma gritando de terror e chorando: 'Estou me afogando'.

 

Literatura

§  Barrington, M.R. (2003/2005).  Eugène Osty: A man gifted with paranormal cognition. (Two part summary), Paranormal Review, 26, 35.

§  Barrington, M.R., (2004). Book Review: Un Voyant Prodigieux, Journal of the Society for Psychical Research, 68, 174.

§  Buchanan, J.R. (1863). Boston, Manual of Psychometry.

§  Denton, William and Elizabeth M. F. (1888). The Soul of Things, or, Psychometric Researches and Discoveries. Wellesley, MA., Denton Publishing.

§  Goodman, Jeffrey (1977). Psychic Archaeology: Time Machine to the Past. New York: Berkley Publishing.

§  Méheust, Bertrand. (2003). Un Voyant Prodigieux - Alexis Didier 1826-1886. Paris: Les empecheurs de penser on Rond.

§  Osty, Eugene. (1923). Supernormal Faculties in Man, trans. Stanley De Brath. London: Methuen.

§  Prince, Walter Franklin, (1920). A Notable Psychometrist. Journal of the American Society for Psychical Research, 14.

§  Prince, Walter Franklin, (1921). Psychometrical Experiments with Señora Maria Reyes de Z. Proceedings of the American Society for Psychical Research, 15, 189-314.

§  Roll, W.G. (2004). Early studies in psychometry, Journal of Scientific Exploration, 18, 711-720.

§  Sidgwick, E. (1915). A contribution to the study of the psychology of Mrs. Piper's trance phenomena. Proceedings of the Society for Psychical Research, 28, 1-657.

 

 

 

Traduzido com Google Tradutor



[2] Sidgwick, A contribution to the study of the psychology of Mrs. Piper's trance phenomena, 626.

[3] Buchanan, Manual of Psychometry.

[4] Denton, The Soul of Things.

[5] Goodman, Psychic Archaeology.

[6] Barrington, Eugène Osty: A man gifted with paranormal cognition.

[7] Osty, Supernormal Faculties in Man.

[8] Osty, Supernormal Faculties in Man.

[9] Méheust, Un Voyant Prodigieux. See also, Barrington, Book Review: Un Voyant Prodigieux.

[10] Prince, A Notable Psychometrist; Prince, Psychometrical Experiments with Señora Maria Reyes de Z.

[11] Prince, A Notable Psychometrist.

[12] Roll, Early studies in psychometry, 711.