Roberto Pedro Michelena, o
último dos signatários do Pacto Áureo, nasceu no dia 4 de agosto de 1901, em
Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Foi casado com Dna. Maria Michelena (Dona
Ceci), que lhe precedeu à Espiritualidade. Tiveram 3 filhos: Maria Tereza,
Paulo e Isolda, esta última já desencarnada.
Roberto Pedro Michelena foi
destacado seareiro espírita. Em 1930, ainda no posto de Primeiro Tenente,
cursava o Instituto Militar, no Rio de Janeiro, quando conheceu Manoel
Quintão, vice-presidente da FEB, nascendo entre ambos uma grande amizade.
Retornando a Porto Alegre, filiou-se à Sociedade Espírita Allan Kardec.
Em 1937, pela portaria
governamental, foi fechada a Federação Espírita Brasileira. A mediunidade, os
passes e as consultas mediúnicas estavam proibidos. Uma plêiade de grandes
nomes do Espiritismo saíram a campo em defesa da causa. Diversos diretores da FEB,
entre eles o presidente Dr. Guillon
Ribeiro e Manoel Quintão, aproveitaram a estada do então Capitão Roberto
Michelena no Rio de Janeiro, delegando-lhe a missão de procurar o chefe de
Polícia, juntamente com Rocha Garcia. Quatro dias depois a FEB estava liberada.
Fez brilhante carreira militar
até 1952, quando foi transferido para a Reserva, no posto de General de
Divisão.
Como espírita, prestou os mais
edificantes serviços: foi presidente da Federação Espírita do Rio Grande do
Sul, de 1941 a 1947; grande trabalhador na Cruzada dos Militares Espíritas de
Porto Alegre; e por muitos anos, Presidente da Sociedade Espírita Allan Kardec,
uma das mais antigas do Estado.
Em 1967, ele prestou valioso
depoimento sobre a atividade mediúnica de Francisco
C. Xavier, publicado no jornal Correio do Povo (Porto Alegre, RS,
13/6/1967), que foi transcrito, posteriormente, no livro “Presença de Chico
Xavier” (Elias Barbosa, Ed. IDE, cap. 8).
Desencarnou no dia 5 de
fevereiro de 2001, seis meses antes de completar 100 anos de idade
