sexta-feira, 28 de novembro de 2025

SONHOS DA HORA DA MORTE PODEM REVELAR O SENTIDO DA NOSSA EXISTÊNCIA[1]

 


 

Os mais sérios problemas da vida muitas vezes são resolvidos nos sonhos que nos ocorrem pouco antes de partirmos para a eternidade.

 

Capelã de um asilo para idosos há mais de dez anos, a missionária Patrícia Bulkley enfrentou as fortes emoções de quem está prestes a falecer: o terror da morte que se aproxima, as questões familiares não solucionadas, a crise da fé. Há pessoas que resolvem esses medos, como Charles Rasmussen, capitão aposentado da marinha mercantil que, aos 85 anos, estava morrendo de câncer. Estava tomado pelo medo, mas certa noite, num sonho, viu a si próprio navegando em águas inexploradas e experimentou ainda uma vez o arrepio da aventura que o levava a atravessar um longo e escuro trecho de mar aberto, sabendo que nele podia encontrar o seu fim. “É estranho, mas não tenho mais medo de morrer”, ele declarou logo após aquele sonho. A morte para ele não era mais o fim, mas simplesmente uma travessia.

Como Patrícia revela no seu livro Dreaming Beyond Death (Sonhar além da morte), muitas pessoas, em suas últimas semanas ou dias de vida, têm sonhos extraordinários que com frequência as ajudam a lutar contra os próprios temores, a encontrar um significado de longo alcance para sua vida e, inclusive, a fazer as pazes com os familiares. Quem assiste os moribundos normalmente, porém, despreza os sonhos deles, considerando-os como delírios ou desprovidos de importância. Essa não é a postura de Patrícia, que costuma discutir os sonhos com seus pacientes no Asilo de Marin, na Califórnia. Tais experiências a inspiraram a escrever, em colaboração com seu filho Kelly Bulkley, ex-presidente da Associação Internacional para o Estudo dos Sonhos (International Association for the Study of Dreams), o primeiro livro dedicado ao paradoxal poder de afirmação do significado da vida que se experimenta quando se está perto da morte.

 

Dificuldades de estudo

O conhecimento de sonhos premonitórios ou significativos a poucas horas da morte é comum em muitas religiões e culturas, da China e Índia à Grécia Antiga. O último sonho que o psicólogo suíço Carl Gustav Jung comunicou a seus seguidores, alguns dias antes de morrer, foi o de uma grande pedra sobre a qual estava escrito: “Para você, este é o sinal de integridade e unidade”. Na interpretação de Jung, isso significava que o trabalho de sua vida tinha chegada ao fim. Sócrates e Confúcio também se referiram a sonhos significativos ocorridos pouco antes de suas respectivas mortes. Apesar disso, nos tempos modernos, à parte alguns pesquisadores junguianos, não foram conduzidos estudos sistemáticos sobre esses sonhos. As dificuldades inerentes a tais empreendimentos são óbvias: não é possível obrigar uma pessoa que tem apenas uma ou duas semanas de vida a fazer parte de estudos formais, assim como é difícil que eles próprios decidam ficar numa clínica e se oferecer como voluntários. Por isso, são os funcionários de clínicas e asilos, ou então os familiares do paciente terminal, as pessoas que coletaram a maior quantidade de dados sobre tais episódios.

Nesses sonhos costumam surgir temas recorrentes, como partidas, encontros com pessoas queridas que já faleceram e relógios parados. Com frequência as imagens são bem eloquentes. Uma mulher, por exemplo, sonhou que uma vela no parapeito da sua janela se apagava e ela mergulhava de repente na escuridão, um símbolo de morte que a assustou até que a vela se reacendeu sozinha, dessa vez fora da janela. Um homem, por seu lado, tentou interpretar um sonho no qual duas pessoas abraçadas dançavam deixando rastros visíveis dos seus movimentos, como se elas fossem fitas que desenham algum motivo.

Logo depois do sonho, o homem perguntou a Patrícia Bulkley: “Afinal de contas, existe mesmo um desenho, não é assim? De algum modo, nós todos estamos conectados a ele.”

 

Reencontro com a paz

Nem tudo com o que se sonha às vésperas da própria morte é, no entanto, assim tão reconfortante: às vezes sonha-se que se está sendo perseguido, ou que se é lançado, num carro sem motorista, para dentro de um buraco sem fundo, ou que se está no interior de uma catedral pouco antes de um furacão arrancar o teto da construção e levar a pessoa para as alturas. Sonhos desse tipo devem ser considerados sinais de problemas deixados sem solução – mas, ao dirigir sua atenção para esses problemas, o sonhador reencontra a paz.

Com frequência os moribundos interpretam os sonhos que precedem a morte como confirmações da própria fé. Uma mulher doente de câncer assistida por Patrícia Bulkley foi tomada por dúvidas a respeito da natureza de Deus. Por três noites seguidas, sonhou com três grandes pedras que pulsavam e irradiavam uma extraordinária luz azul. Para ela, aquelas três pedras representavam um ser divino não identificável, embora real. “Não preciso saber mais nada – Deus é Deus”, ela disse à capelã. Depois, essa mulher teve um último sonho, no qual as pedras se transformavam numa espécie de caminho que se dirigia a uma brilhante luz dourada. “Ele está me chamando, quero ir”, afirmou a paciente a Patrícia naquela manhã. No dia seguinte ela faleceu em paz e serenamente.

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

TRABALHOS DOS ESPÍRITOS[1]

 


Miramez

 

Bênçãos e maldições

Os Espíritos percebem sempre os desígnios que lhes compete executar?

Não. Muitos há que são instrumentos cegos. Outros, porém, sabem muito bem com que fim atuam.

Questão 570 / O Livro dos Espíritos

 

Os trabalhos dos Espíritos são diversos, tornamos a dizer, mas nem todos os Espíritos são conscientes do que realizam. Os mais ignorantes são instrumentos cegos, são dirigidos pelos mais despertos, almas mais experimentadas.

É mais ou menos como os homens na Terra: uns trabalham por verem os outros trabalhar e por necessidades de se alimentar e se vestir. Outros já alcançam o valor do trabalho em dimensão diferente. Estes conhecem que o labor com alegria, e consciente, leva à libertação espiritual, por ser útil à sociedade. Os Espíritos a que denominamos errantes, cuja evolução não alcançou ainda o verdadeiro despertar espiritual, têm obrigações diversas, e a sua escala é grande. Cada vez que sobem um degrau, sentem na consciência mais lucidez e entendem melhor as leis de Deus.

Deves, por obrigação de espírita, ter mais tolerância para com aqueles que desconhecem a verdade, que já conheces, perdoar sempre as suas faltas e ensiná-los a amar. Quem se encontra na frente tem o dever de guiar quem está atrás. O Espírito errante tem de passar por muitos problemas, por provas inúmeras, por dificuldades sem conta. Tudo isso se processa como lições, no sentido de despertar seus valores no centro d'alma.

Ide, eis que eu vos envio como cordeiros para o meio de lobos.

Lucas, 10:3

Os discípulos do Mestre deveriam passar por processos de despertar mais luz no coração pelas provas, por sofrimentos, sem reclamar, testando, assim, as suas qualidades. Os "lobos" deveriam ouvir a palavra do Evangelho porque, se nada se perde, quando mais eles perseguissem a luz, mais essa luz ficaria em seus corações para, algum dia, iluminar as suas consciências. Do lado espiritual, inúmeras falanges de Espíritos de muita elevação trabalham para a maior difusão dos conceitos de Jesus. Os devorados pelos "lobos" já foram "lobos" igualmente, neste ou noutros mundos. Assim funciona a lei de justiça, paralela à lei de amor.

A bondade de Deus é tamanha, que aproveita a todos nos serviços da fraternidade; os conscientes e os inconscientes, todos realizam a Sua vontade. Se os anjos do Senhor já passaram pelos mesmos caminhos, a esperança cresce nos corações dos homens, sabendo que algum dia serão anjos e, como ministros de Deus, deverão operar o que se encontra no reino do amor.

Se és um operário, alguém invisível te ajuda; se és um professor, os Espíritos ligados ao ensino estão te ajudando a ensinar melhor. Assim se processa na agricultura, no comércio, na política e mesmo, ou muito mais, nas religiões. Em tudo se encontram os agentes de Deus operando maravilhas em nome da fraternidade.

Os cireneus estão por toda parte, ajudando os homens a carregarem as suas cruzes. É nesta fusão de valores que todos crescemos, despertando os dons para estarmos junto do Senhor.



[1] FILOSOFIA ESPÍRITA – volume 12 – João Nunes Maia

quarta-feira, 26 de novembro de 2025

PESQUISA DE MEMÓRIAS DE VIDAS PASSADAS PARA ADULTOS[1]

 

Mary Sutton

K.M. Wehrstein

 

As memórias de vidas passadas são normalmente experimentadas por crianças muito pequenas e desaparecem em poucos anos. No entanto, às vezes ocorrem com crianças mais velhas e adultos e podem persistir ao longo da vida. Como costuma acontecer com as crianças, as memórias adultas de uma vida passada às vezes podem ser encontradas para combinar exatamente com pessoas e eventos reais.

 

Pesquisa de Memórias de Vidas Passadas para Adultos

Uma pessoa que se lembra de uma ou mais vidas passadas geralmente começa a expressar essa consciência aos dois a quatro anos de idade, e as memórias desaparecem na faixa etária de cinco a oito anos. No entanto, algumas pessoas retêm a memória de vidas passadas além dessa idade, enquanto com outras, as memórias surgem pela primeira vez na idade adulta ou ressurgem após um período de amnésia. Embora a grande maioria das pesquisas sobre reencarnação se concentre em crianças, os pesquisadores publicaram alguns casos adultos "resolvidos" (ou seja, casos em que as memórias foram investigadas e correspondem a pessoas, lugares e eventos reais). Alguns sujeitos publicaram relatos de suas próprias investigações. Os adultos que se lembram de vidas passadas mostram muitos dos mesmos atributos que as crianças, incluindo resíduos comportamentais e físicos que muitas vezes podem ser datados da infância. Existem também diferenças importantes.

 

Definição e Incidência

Para fins científicos, o pesquisador de reencarnação James G. Matlock define um caso de reencarnação adulta como aquele em que as memórias mais abundantes, ou as memórias que permitem que o caso seja resolvido, surgem aos dez anos de idade ou mais[2]. Isso é um pouco mais velho do que a faixa etária típica (cinco a oito anos) em que ocorre amnésia infantil geral e amnésia de vidas passadas em crianças que se lembram de vidas passadas; portanto, está no lado adulto dessa linha divisória.

O psicólogo e pesquisador de reencarnação Erlendur Haraldsson aponta, no entanto, que as memórias de vidas passadas que começaram na infância e persistiram na idade adulta são mais comuns do que se pensava. Acompanhando casos infantis investigados por Ian Stevenson e ele mesmo no Sri Lanka e no Líbano, quando as crianças já estavam crescidas, ele descobriu que mais da metade retinha memórias "muitas/claras" ou "algumas/vagas", embora estivessem cientes de que as memórias haviam desaparecido e/ou se tornado menos[3].

Casos individuais como os resumidos abaixo mostram que, para algumas crianças que continuam a se lembrar, as memórias podem aumentar. Em outros casos, os adultos podem recuperar memórias de vidas passadas que tiveram quando crianças, mas esqueceram, ou se lembrar de uma vida passada pela primeira vez na idade adulta. Em quase todos os casos adultos, existem precursores na infância, como fobias, pesadelos, interesses, aversões, hábitos, brincadeiras relacionadas a vidas passadas e expressões criativas ou maneirismos que se relacionam com a vida ou vidas passadas lembradas. Também pode haver marcas de nascença, defeitos congênitos ou outras condições congênitas que refletem ferimentos ou feridas de vidas passadas e semelhanças físicas com a pessoa anterior.

Na ausência de uma pesquisa abrangente, a incidência de memórias de vidas passadas entre adultos em todo o mundo não é conhecida com certeza. No entanto, Haraldsson comparou pesquisas que realizou na Islândia com uma pesquisa americana, encontrando incidências relatadas de "lembrança de uma vida passada" variando de 2% na Islândia e 8-9% em Charlottesville, Virgínia, em 1974, a 10% na Islândia em 2007[4]. Essas memórias alegadas não foram investigadas pelos pesquisadores.

 

Atributos

Matlock postula as seguintes diferenças em como adultos e crianças experimentam e expressam memórias de vidas passadas, com base nos casos publicados pelo corpo:

§  As memórias das crianças, juntamente com as motivações comportamentais relacionadas, parecem penetrar mais fortemente em suas mentes conscientes, enquanto os adultos parecem ter um bloqueio mental mais forte contra a lembrança de vidas passadas em geral, mas particularmente contra o conhecimento de suas identidades de vidas passadas.

§  As memórias dos adultos surgem com mais frequência como resultado de pistas ou gatilhos.

§  Os adultos estão mais frequentemente em estados alterados de consciência, normalmente transe ou sonho, quando as memórias surgem.

§  Os adultos parecem se lembrar de várias vidas passadas mais do que as crianças[5].

Três diferenças adicionais observadas por Wehrstein são:

§  Os adultos são mais propensos a se lembrar de vidas mais antigas do que as crianças.

§  A incidência de lembrar de várias vidas passadas bem o suficiente para resolver mais de uma parece, até agora, limitada a adultos.

§  Os adultos são mais articulados ao descrever experiências de vidas passadas, especialmente suas nuances e complexidades[6].

Mas as memórias de adultos e crianças também mostram características comuns:

§  Tanto adultos quanto crianças parecem estar motivados a se lembrar de vidas passadas devido a negócios inacabados e necessidade de resolução ou cura[7].

§  As vidas passadas são lembradas de maneira semelhante às vidas atuais, exceto que o conhecimento autobiográfico - o conceito abstrato da história de vida como um todo, que também pode ser usado como um sistema de arquivamento mental para acessar memórias de eventos específicos - está ausente[8].

§  Stevenson descobriu que as crianças se lembram de mortes violentas com uma incidência muito maior do que geralmente ocorrem: 61% das vidas lembradas[9].

§  A partir de uma contagem informal de casos de adultos na literatura e online, parece que uma incidência maior do que a geral de morte violenta também é o caso de adultos[10].

§  Em casos de mudança de gênero, mais meninas se lembram de vidas passadas como homens do que meninos se lembram de vidas passadas como mulheres, por um fator de três para um na coleção de casos de Stevenson[11]. A observação informal de casos adultos também mostra que mais mulheres se lembram de vidas como homens do que homens se lembram de vidas como mulheres[12].

§  As memórias de adultos e crianças são frequentemente acompanhadas pelos sinais comportamentais e físicos listados acima[13].

§  Tanto adultos quanto crianças que se lembram de vidas passadas geralmente se identificam com seus eus passados, pensando neles e falando em primeira pessoa enquanto se lembram, e muitas vezes usando a primeira pessoa ao falar com outras pessoas em referência a suas vidas passadas[14].

§  Tanto para adultos quanto para crianças, vidas passadas podem ser uma grande influência na vida atual[15].

 

História da Pesquisa

Frederick Lenz foi o primeiro autor a realmente estudar memórias adultas de vidas passadas, embora vários outros autores tenham publicado coleções no início do século XX[16]. Stevenson resumiu essas e outras evidências existentes em um artigo no início de sua carreira de pesquisa de reencarnação[17].

Em 1979, Lenz publicou uma coleção de 127 casos adultos, com foco nos tipos de pistas que os desencadearam. Em alguns casos, as memórias foram motivadas por uma peça musical ou outro trabalho criativo, ou um objeto que a pessoa possa ter encontrado na vida passada; em outros, o gatilho foi uma visita a um lugar que lembra a vida passada. O estímulo mais comum foi um encontro com uma pessoa que parecia familiar. Lenz também aprendeu que apenas 10% das memórias de seus sujeitos vinham no estado de vigília, enquanto 15% vinham em sonhos e 13% durante a oração ou meditação. No entanto, nenhum dos casos foi resolvido, tornando sua genuinidade incerta[18].

O autor de parapsicologia David Scott Rogo replicou parcialmente as descobertas de Lenz com uma amostra menor de casos. Estes não tinham o que Rogo veio a chamar de "síndrome de Lenz", a ocorrência de entradas sensoriais incomuns, como um som de toque ou luzes e cores brilhantes ao entrar no estado de lembrança de vidas passadas. No entanto, as duas amostras foram semelhantes em muitos aspectos:

§  acionado por tipos semelhantes de pistas;

§  ocorrendo durante estados alterados de consciência;

§  criando uma sensação de estar em um tempo e lugar diferentes;

§  produzindo uma sensação intuitiva por parte do sujeito de que eram memórias de vidas passadas;

§  experimentado com tanta vivacidade que os sujeitos 'ficaram tão presos às imagens e sons de um tempo passado que realmente ficaram confusos entre a cena e a realidade normal';

§  contendo, em alguns casos, elementos verídicos[19].

Matlock discordou da alegação de Rogo de que as diferenças entre casos adultos e infantis são absolutas, argumentando que eles prosseguem ao longo de um continuum de idade, com memórias mais propensas a serem sugeridas e / ou emergir durante estados alterados de consciência à medida que os sujeitos envelhecem, e que existem exceções em ambas as extremidades[20]. Ele testou a relação entre idade e estímulo de memória de vidas passadas em um estudo de 1989[21].

Embora a maioria dos casos adultos que Stevenson encontrou não satisfizesse seus critérios de força probatória, alguns o fizeram, incluindo dois resumidos abaixo. No entanto, Stevenson foi criticado por endossar o caso Edward Ryall, tendo escrito uma introdução positiva às memórias de Ryall antes de concluir uma investigação[22]. Ryall alegou ter tido memórias de vidas passadas na infância, incluindo ter visto o cometa Halley em uma vida anterior, mas não as detalhou até os setenta anos. Muitos detalhes semânticos foram verificados, dando às suas memórias aparente veridicidade, mas nenhum dos nomes que ele deu, seja para seu eu passado ou para outras pessoas que ele supostamente conheceu, pôde ser rastreado na história, obrigando Stevenson mais tarde a alterar sua avaliação[23].

 

Casos espontâneos resolvidos

Laure Raynaud

O primeiro caso adulto espontâneo resolvido conhecido por ter sido investigado e publicado por um pesquisador terceirizado foi o de Laure Raynaud, que nasceu na França em 1868. Quando criança, ela rejeitou os princípios católicos em que foi criada, insistindo na realidade da reencarnação. Quando adulta, ela disse a outras pessoas que, em uma vida passada, um século antes, ela havia vivido em um país quente e ensolarado, provavelmente na Itália, em uma casa muito grande de dois andares com muitas janelas altas em arco e terraços acima e abaixo, em um parque inclinado com árvores antigas; que ela estava cronicamente doente com uma 'doença torácica' que a fazia tossir com frequência; e que ela morreu quando tinha cerca de 25 anos. Viajando para Gênova, Itália, a negócios em 1913, ela imediatamente sentiu que a área era familiar e, com a ajuda da população local, descobriu uma casa que combinava com suas memórias. Um detalhe marcante foi sua lembrança de ter sido enterrada em sua igreja e não no cemitério, uma honra rara, confirmando sua identidade anterior como Giovanna Spontini, que morreu de doença crônica em 1809[24].

 

Guiseppe Costa

Guiseppe Costa, nascido em algum momento da década de 1880, escreveu sobre suas experiências em um livro e mais tarde foi entrevistado por um pesquisador independente. Em sua casa, quando ele estava crescendo, imagens mentais confusas eram desencadeadas por uma pintura que mostrava uma cidade com torres e uma cúpula dourada na margem de um corpo de água: exércitos, navios navegando, bandeiras tremulando, o barulho de uma batalha, montanhas, um mar que se estende até o horizonte, colinas cobertas de flores. Costa não conseguiu entender essas cenas, mas sentiu que as havia experimentado diretamente. Quando ele tinha dez anos, seu pai o levou para Veneza, que imediatamente pareceu familiar. Agora, um sonho colocava as imagens em ordem: como oficial de um exército medieval, ele fez a viagem marítima de Veneza a Constantinopla - a cidade retratada na pintura - e lutou em uma batalha lá. Mais tarde na vida, mudou-se para dormir em um castelo em ruínas na França, ele foi visitado em um sonho por um espírito que se dirigiu a ele como 'Ibleto'. Com essa pista, e acessando documentos históricos privados, ele foi capaz de identificar seu antigo eu, Ibleto di Challant, um nobre francês que havia participado de uma cruzada para capturar Constantinopla[25].

 

Ruprecht Schulz

O caso do empresário alemão Ruprecht Schulz, nascido em 1887, foi investigado por Stevenson após a auto-investigação e verificações do próprio Schulz. Ao ser repreendido quando criança, muitas vezes era observado fazendo um gesto como se estivesse atirando em si mesmo. Sua idade adulta foi marcada por estranhos sentidos de familiaridade com lugares que visitou a negócios. Na casa dos cinquenta, ele experimentou memórias de ter sido um empresário preocupado com navios e de estar em um prédio de escritórios escuro em uma pequena cidade portuária, olhando livros contábeis que havia tirado de um velho cofre. Nas memórias, percebendo que estava financeiramente arruinado, ele pegou uma arma e atirou em si mesmo até a morte. Na autoinvestigação de Schulz, ele começou anotando todas as memórias que eram potencialmente verificáveis, depois começou a entrar em contato com funcionários de pequenos portos marítimos na costa norte da Alemanha, perguntando se eles conheciam uma pessoa que correspondesse aos detalhes. Ele recebeu uma resposta positiva de um informante em Wilhelmshaven, que deu o nome da pessoa como 'Kohl', o que, no entanto, Schulz imediatamente sentiu que não estava certo; uma segunda carta corrigiu o nome para Kohler. Isso permitiu que ele entrasse em contato com o filho de Kohler, que confirmou que os detalhes de suas memórias estavam corretos. O fato de Schulz ter registrado suas memórias por escrito antes de tentar verificá-las permitiu que Stevenson provasse que elas não estavam contaminadas pelo conhecimento existente[26].

 

Ada Kay (A.J. Stewart)

Ada Kay, uma dramaturga inglesa que usava o pseudônimo de A.J. Stewart, nasceu em 1929 e se lembrava desde a mais tenra idade de ter sido morta por lâminas e cajados em um campo de batalha em uma vida passada. Quando criança, ela ficou chateada com uma ilustração de livro que desencadeou uma sensação de como a morte havia se sentido. Ela se sentiu confusa sobre por que ela era uma menina, por que seu sobrenome não era Stewart e por que ela morava em uma casa pequena em vez de um castelo. Quando adulta, ela foi atraída para a Escócia e mudou-se para lá, recusando-se absolutamente a sair, apesar das dificuldades financeiras que se seguiram. Ela reprimiu as memórias, tendo sido informada de que eram impossíveis, mas elas continuaram ressurgindo, e cresceu a convicção de que combinavam com a vida do rei escocês Jaime IV, do clã Stewart. Aos 38 anos, ela foi convidada a visitar Flodden Field, o local da batalha em que James foi morto. Na noite anterior à viagem, ela sonhou vividamente com a batalha e a morte. Durante a visita, embora não estivesse familiarizada com a área, ela foi capaz de levar outras pessoas ao local exato onde o rei havia morrido. Stewart escreveu uma autobiografia de Jaime IV que foi publicada em 1970[27], e em 1978 publicou um livro de memórias contando suas experiências de vidas passadas[28].

 

Jenny Cockell

Jenny Cockell é uma quiroprática e autora britânica nascida em 1953, cujos livros descrevem memórias de diversas vidas passadas e suas tentativas, bem-sucedidas em alguns casos, de rastreá-las. Yesterday's Children: The Extraordinary Search for my Past Life Family (1993) descreve fortes memórias da primeira infância, em sonhos e vigílias, de uma vida difícil como mãe de vários filhos, e um sentimento de culpa por tê-los abandonado ao morrer. As memórias persistiram fortemente na idade adulta e se intensificaram como resultado da hipnose de regressão. Cockell acabou rastreando as memórias até a vida de uma mulher irlandesa, Mary Sutton, que morava em um pequeno vilarejo ao norte de Dublin. Posteriormente, ela contatou e refez relacionamentos com os filhos de meia-idade e idosos de Mary[29]. Cockell resolveu uma segunda vida passada, entre a vida de Mary Sutton e sua vida atual: Charles Savage, um menino morto em um acidente de trânsito. Ela também descreveu memórias de uma garota japonesa do século XIX que se afogou aos dezessete anos, alguns detalhes dos quais ela conseguiu verificar com a ajuda de investigadores locais e da mídia no Japão[30].

 

Jeffrey Keene

O bombeiro americano Jeffrey Keene nasceu em 1947 com uma marca de nascença distinta no rosto. Quando criança, ele adorava brincar de soldado e uma vez cavou um forte no chão coberto de tábuas. Mais tarde, ele encontrou fotos de estruturas semelhantes que foram construídas durante a Guerra Civil Americana. Em 1992, ele visitou 'Sunken Road', o local de uma batalha da Guerra Civil, e ouviu uma descrição gravada dela. Momentos depois, ele foi atingido por uma onda de emoção que não conseguia explicar, o que o deixou choroso e atordoado. Em uma festa naquela mesma noite, um leitor de palma disse a ele que esse episódio era sobre sua morte na batalha, "cheio de buracos" (embora na verdade ele sentisse que acabara de ser ferido). No decorrer de pesquisas adicionais, ele visitou muitos campos de batalha da Guerra Civil e combinou mais memórias com a vida do general confederado John B. Gordon (1832–1904). A localização da marca de nascença de Keene corresponde à localização de uma das feridas de Gordon, e ele tem uma semelhança impressionante com Gordon, como mostra a capa do livro que publicou sobre suas experiências em 2003[31].

 

Ângela Grubbs

A advogada americana de litígios Angela Grubbs nasceu e foi criada como batista fundamentalista em Atlanta, Geórgia, nos EUA. Apesar da negação da reencarnação de sua religião, ela frequentemente experimentava memórias de vidas passadas na forma de sonhos ou visões quando exausta ou doente, ou durante meditações, começando na infância e continuando na idade adulta. Ela se lembrava de ser uma mulher com dois filhos, morando em Lexington, Kentucky, no início do século XX. Com a ajuda de um amigo e colega advogado, ela decidiu abordar sua própria vida passada de maneira advogada, acumulando evidências para construir o caso. Durante uma visão, ela ouviu o nome de sua filha de vidas passadas; solicitando mentalmente mais nomes, ela se lembrou dos de sua vida passada e do marido. Com os nomes, ela foi capaz de usar registros genealógicos online, depois registros de biblioteca, tribunal e igreja em Lexington, para rastrear seu eu e sua família de vidas passadas. Ela também confirmou muitos detalhes de suas memórias. Grubbs publicou um livro de memórias de sua busca no estilo de um romance de mistério em 2005[32].

 

Suleyman Andary

O caso de Suleyman Andary, da Turquia, foi investigado por Stevenson. Em sua infância, Suleyman lembrou-se de que tivera filhos em uma vida anterior e pronunciou seus nomes durante o sono. Ele também se lembrou de que morava em uma cidade chamada Gharife e que possuía uma prensa de azeite. Um dia, quando ele tinha onze anos, sua avó pediu emprestado um livro religioso e ele recusou bruscamente. Questionado sobre o motivo dessa grosseria, ele lembrou que em sua vida anterior não havia permitido que livros religiosos saíssem de sua casa. Instigado por este incidente, e por ouvir outras pessoas falando de reencarnação, ele começou um esforço consciente para recuperar mais memórias. Ele então lembrou que seu nome era Abdallah Abu Hamdan e que ele havia sido o prefeito de Gharife. Esses e outros detalhes foram confirmados por moradores da cidade, que notaram que Abdallah Abu Hamdan havia morrido cerca de doze anos antes. Aos treze anos, Suleyman visitou Gharife e reconheceu muitas pessoas que conhecera em sua vida anterior[33].

 

Pratomwan Inthanu

Stevenson também investigou o caso de Pratomwan Inthanu, da Tailândia. De acordo com seu pai, ela não tinha memórias de vidas passadas quando criança, mas se interessou fortemente por religião e começou a meditar aos dez anos de idade. Aos doze anos, ela decidiu se tornar freira e, eventualmente, viveu em uma série de wats (mosteiros tailandeses). Aos vinte anos, depois de praticar a meditação Vipassana por cinco meses, ela teve uma série de visões mostrando a vida e a morte, aos três meses, de um bebê em uma aldeia distante, e as circunstâncias, incluindo os nomes da família e o fato de que o bebê foi enterrado indevidamente, fora do cemitério. Em 1965, ela visitou a aldeia e conseguiu rastrear os pais da menina. Seu conhecimento detalhado desses assuntos convenceu o casal de que ela era a filha renascida que eles haviam perdido em 1943. Cerca de dez anos depois, Stevenson soube que Pratomwan se lembrava de uma segunda vida curta quando criança ao mesmo tempo, mas a falta de confiança não contou a ninguém, já que essa memória continha menos detalhes. No entanto, os detalhes que existiam - o nome dos pais, a cidade natal e que ela havia morrido de uma doença que causava vômitos - foram confirmados[34].

 

Mukesh Kumar

O escritor indiano Krishanand escreveu um relato de uma mudança de consciência em Mukesh Kumar, um menino indiano de dez anos. Isso ocorreu quando um brâmane visitante deu à sua família uma palestra sobre a vida correta, após o que Mukesh caiu em uma aparente convulsão. Com os olhos ainda fechados, ele exigiu ser levado para sua 'verdadeira casa', dando um nome e a localidade. Um amigo o levou até lá imediatamente, e Mukesh começou a dar instruções assim que chegaram à cidade. Quando chegaram à casa que ele indicou, ele chamou o nome de uma mulher e, quando ela abriu a porta, ele jogou os braços em volta da cintura dela da mesma forma que um marido faria com sua esposa, declarando que havia dinheiro suficiente para suprir suas necessidades sob um pilar da casa. Na conversa que se seguiu, ele demonstrou conhecimento de informações conhecidas apenas pela mulher e seu falecido marido, o suficiente para convencê-la de que Mukesh era seu marido renascido. Quando ela saiu para preparar refrescos, Mukesh de repente saiu do transe, confuso sobre onde estava. Mais tarde, o espaço sob o pilar foi desenterrado, revelando uma pequena fortuna em ouro e diamantes[35].

 

'Will'

Will (nome fictício) é um jovem americano que afirma se lembrar de cerca de trinta vidas, principalmente como soldados de várias patentes que remontam ao antigo Egito. Ele gasta uma quantia substancial de sua renda em armas antigas e de reprodução, roupas e outros itens que lembram vidas no antigo Egito, Grécia e Roma, a Guerra Civil Americana, as Guerras Mundiais e outras épocas, e muitos fins de semana reencenando batalhas históricas. Seu caso de ter vivido uma vida passada como Wilhelm Emmerich, um suboficial da Schutzstaffel (SS) de Hitler que ajudou a supervisionar a comissão do Holocausto como funcionário do campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau, foi investigado pela escritora e pesquisadora de reencarnação K.M. Wehrstein, resultando em um artigo publicado em 2019[36]. Ele detalha memórias vívidas e precisas de eventos que mais tarde foram verificados em fontes obscuras, bem como sinais comportamentais, como um fascínio vitalício pelas insígnias nazistas, apesar da desaprovação dos pais, e alguns sinais físicos relacionados a um ferimento à bala que Emmerich sofreu. Wehrstein publicou um segundo artigo sobre Will, que postula uma identidade provisória para uma vida na qual Will aparentemente se lembra de ter sido um jovem soldado alemão que lutou e morreu na Primeira Guerra Mundial[37].

 

Casos de regressão resolvidos

Como um estado alterado de consciência, o transe hipnótico pode permitir que os adultos se lembrem de detalhes de vidas passadas, embora exista o risco de que a mente subconsciente, agindo em uma inibição contra a lembrança de vidas passadas e especialmente identidades de vidas passadas, produza material distorcido ou mesmo confabulado quando solicitado a recordá-las, estando em um estado altamente sugestionável[38]. Pode ser por isso que, no caso Bridey Murphy, apesar do fato de que o sujeito, Virginia Tighe, se lembrava com precisão de muitos detalhes da vida na Irlanda do século XIX, sua alegada encarnação anterior nunca foi encontrada nos registros.

No entanto, em alguns casos, as memórias recuperadas por regressão foram suficientes para identificar uma vida anterior. Por exemplo, o detetive americano Robert Snow, enquanto estava hipnotizado, experimentou uma imagem de si mesmo pintando retratos e mais tarde avistou uma das pinturas que havia visto nessa visão em uma galeria. Colocando suas habilidades profissionais em prática, ele descobriu que muitas das memórias combinavam com a vida de um pintor de retratos do século XIX[39], embora ele tenha errado os nomes do pintor e de sua esposa. Outros casos de regressão resolvidos foram publicados, incluindo os de George Field[40]  e William Barnes[41].

 

Literatura

§  Barnes, W. (2000). Thomas Andrews, Voyage Into History: Titanic Secrets Revealed Through the Eyes of Her Builder. Gillette, New Jersey, USA: Edin Books.

§  Cockell, J. (1994). Across Time and Death: A Mother’s Search for Her Past Life Children. New York: Simon & Schuster.

§  Cockell, J. (2008). Journeys Through Time: Uncovering my Past Lives. London: Piatkus, 267-73.

§  Delanne, G. (1924). Documents pour servir a l’étude de la réincarnation. Paris: Éditions de la B.P.S.

§  Grubbs, A. (2005). Chosen to Believe: Present Dreams, Past Lives. Jonesboro, Georgia, USA: Pink Elephant Press.

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§  Wehrstein, K.M. (in preparation). A second adult reincarnation case with multiple solved lives: Recalling Larry Johnson.

 

Traduzido com Google Tradutor



[2] Matlock (2016).

[3] Haraldsson & Matlock (2016), 121, Tabela 12-1.

[4] Haraldsson (2011).

[5] Matlock (2019) 201-13.

[6] Wehrstein (em submissão).

[7] Matlock (2019), 209.

[8] Matlock (2019), 133.

[9] Stevenson (2001), 110.

[10] Wehrstein (em submissão).

[11] Stevenson (2001), 294 n15.

[12] Wehrstein (em submissão).

[13] Ver Matlock (2019), 201-13.

[14] Wehrstein (2019).

[15] Ver Matlock (2019), 189-200 e Wehrstein (2019).

[16] Por exemplo, Delanne (1924), Lancelin (1922), Rochas (1911) e Shirley (1936).

[17] Stevenson (1960), 58-65. Veja n16 para limitações dos casos apresentados.

[18] Lenz (1979).

[19] Rogo (1985).

[20] Ver Rogo (1986), Matlock (1988b) e Rogo (1991).

[21] Matlock (1989).

[22] Ryall (1974).

[23] Stevenson (2003). Veja o comentário em 230 para a reavaliação.

[24] Stevenson (2003), 28.

[25] Stevenson (2003), 14.

[26] Stevenson (2003), 210.

[27] Stewart (1970).

[28] Stewart (1978).

[29] Cockell (1993).

[30] Cockell (2008).

[31] Keene (2003).

[32] Grubbs (2005).

[33] Stevenson (1980).

[34] Stevenson (1983).

[35] Krishnanand (1968).

[36] Wehrstein (2019).

[37] Wehrstein (2021).

[38] Ver Matlock (2019), 213-23.

[39] Snow (1999).

[40] Steiger & Williams (1976).

[41] Barnes (2000).