Em 11 de dezembro de 1847, a
família Fox instalou-se em modesta casa no vilarejo de Hydesville, Estado de
New York, distante cerca de 30 km da cidade de Rochester.
O nome da família Fox origina-se
do sobrenome Voss, depois Foss e finalmente Fox.
Eram de origem alemã, da parte
paterna; e francesa, holandesa e inglesa, da parte materna. Seus antecessores
foram notoriamente dotados de faculdades paranormais.
O grupo compunha-se do chefe da
família, Sr. John D. Fox, da esposa D. Margareth Fox e mais duas filhas; Kate,
com 7 anos e Margareth, com 10 anos. O casal possuía mais filhos e filhas.
Entre estas, convém destacar Leah, que morava em Rochester, onde lecionava
música. Devido aos seus casamentos, foi sucessivamente conhecida como Mrs.
Fisch, Mrs. Brown e Mrs. Underhill.
Leah escreveu um livro,
"The Missing Link", New York, 1885, no qual ela faz referência as
faculdades paranormais de seus parentes anteriores.
Inicialmente, tomaram parte nos
acontecimentos somente Kate e Margareth, mas posteriormente Leah juntou-se a
elas e teve participação ativa nos episódios subsequentes ao de Hydesville.
A CASA DE HYDESVILLE JÁ ERA ASSOMBRADA
Lucretia Pulver era jovem que
servira como dama de companhia do casal Bell, quando elas habitavam a referida
casa até 1846. Ela contou uma curiosa história de um mascate que se hospedara
com os Bells. Na noite em que o vendedor passou com aquele casal, Lucretia foi
mandada a dormir na casa dos pais. Três dias depois tornaram a procurá-la.
Então disseram-lhe que o mascate
fora embora. Ela nunca mais viu esse homem.
Depois disso, passado algum
tempo, aproximadamente em 1844, começaram a dar-se fenômenos estranhos naquela
casa. A mãe de Lucretia, Sra. Ann Pulver, que mantinha relações com a família
Bell, relata que, em 1844, quando visitara a Sra. Bell, indo fazer tricô em sua
companhia, ouvira desta uma queixa, disse-lhe que se sentia muito mal e quase não
dormia à noite. Quando lhe perguntou qual a causa, a Sra. Bell declarou que se tratava
de rumores inexplicáveis; parecera-lhe ter ouvido alguém a andar de um quarto
para outro; acordou o marido e fê-lo levantar-se e trancar as janelas. A
princípio, tentou afirmar à Sra. Pulver que possivelmente se tratasse de ratos.
Posteriormente, confessou não saber qual a razão de tais rumores, para ela
inexplicáveis.
A jovem Lucretia Pulver também
testemunhou os fenômenos insólitos observados naquela casa. Os Bells terminaram
por mudar-se.
Em 1846, instalou-se ali a
família Weekman: Sr. Michael Weekman, Sra. Hannah Weekman e suas filhas. Alguns
dias após terem-se alojado na referida casa, passaram a ser perturbados por
ruídos insólitos: batidas na porta da entrada, sem que ninguém visível o
estivesse fazendo; passos de alguém andando na adega ou dentro de casa.
A família Weekman, como era de
esperar-se, não permaneceu muito tempo naquela casa sinistra. Em fins de 1847
deixou-a vaga, saindo de lá definitivamente.
Desse modo, atingimos a data de
11 de dezembro de 1847, quando a referida casa passou a ser ocupada pela
família Fox, conforme já mencionamos no início deste artigo.
A NOITE DAS PRIMEIRAS TRANSCOMUNICAÇÕES
Inicialmente os Fox não sofreram
nenhum incômodo em sua nova residência.
Entretanto, algum tempo depois,
mais precisamente nos dois primeiros meses de 1848, os mesmos ruídos insólitos
que perturbaram os antigos inquilinos voltaram a manifestar-se outra vez. Eram
batidas leves, sons semelhantes aos arranhões nas paredes, assoalhos e móveis,
os quais poderiam perfeitamente ser confundido com rumores naturais produzidos
por vento, estalos do madeiramento, ratos etc. Por isso a família Fox não
deveria ter-se sentido molestada ou alarmada. Entretanto, tais ruídos cresceram
de intensidade, a partir de meados de março de 1848. Batidas mais nítidas e
sons de arrastar de móveis começaram a fazer-se ouvir, pondo as meninas em
sobressalto, ao ponto de negarem-se a dormir sozinhas no seu quarto, e passarem
a querer dormir no quarto dos pais. A princípio os habitantes da casa, ainda
incrédulos quanto à possível origem sobrenatural dos ruídos, levantavam-se e
procuravam localizar a causas natural dos mesmos.
Na noite de 31 de março de 1848,
desencadeou-se uma série de sons muito forte e continuados. Aí, então, deu-se o
primeiro lance do fantástico episódio, que ficou como um marco inamovível na
história da fenomenologia paranormal. A garota de sete anos de idade − a Kate
Fox − em sua espontaneidade de criança teve a audácia de desafiar a "força
invisível" a repetir, com os golpes, as palmas que ela batia com as mãos!
A resposta foi imediata, a cada estalo um golpe era ouvido logo a seguir! Ali
estava a prova de que a causa dos sons seria uma inteligência incorpórea. Para
apreciar-se bem o sabor desta incrível aventura, vamos transcrever alguns trechos
do depoimento da Sra. Margareth Fox.
Na noite de sexta-feira, 31 de março de 1848,
resolvemos ir para a cama um pouco mais cedo e não nos deixamos perturbar pelos
barulhos; íamos ter uma noite de repouso. Meu marido que aqui estava em todas
as ocasiões, ouviu os ruídos e ajudou a pesquisar. Naquela noite fomos cedo
para a cama − apenas escurecera. Achava-me tal alquebrada e com falta de
repouso que quase me sentia doente. Meu marido não tinha ido para a cama quando
ouvimos o primeiro ruído naquela noite. Eu apenas me havia deitado. A coisa
começou como de costume. Eu distinguia de qualquer outro ruído jamais ouvido.
As meninas, que dormiam em outra cama no quarto, ouviram as batidas e
procuraram fazer ruídos semelhantes, estalando os dedos. Minha filha menor,
Kate, disse, batendo palmas: "Senhor Pé Rachado, Faça o que eu faço."
Imediatamente seguiu-se o som, com o mesmo número de palmadas. Quando ela
parou, o som logo parou. Então Margareth disse brincando: “Agora faça
exatamente como eu. Conte um, dois, três, quatro" e bateu palmas. Então os
ruídos se produziram como antes. Ela teve medo de repetir o ensaio. Então Kate
disse, na simplicidade infantil: "Oh! Mamãe! Eu já sei o que é. Amanhã é
primeiro de abril e alguém quer nos pregar uma mentira". Então pensei em
fazer um teste que ninguém seria capaz de responder. Pedi que fossem indicadas
as idades de meus filhos, sucessivamente. Instantaneamente foi dada a exata
idade de cada um, fazendo pausa de um para outro, a fim de separar, até o
sétimo, depois do que se fez uma pausa maior e três batidas mais fortes foram
dadas, correspondendo a idade do menor, que havia morrido.
Então perguntei: É um ser humano que me responde tão
corretamente? Não houve resposta. Perguntei: É um espírito? Se for, de duas
batidas. Duas batidas foram ouvidas assim que fiz o pedido. Então eu disse: Se
for um espírito assassinado dê duas batidas. Essas foram dadas
instantaneamente, produzindo um tremor na casa. Perguntei: Foi assassinado
nesta casa? A resposta foi como a precedente. A pessoa que o assassinou ainda
vive? Resposta idêntica, por duas batidas. Pelo mesmo processo verifiquei que
fora um homem que o assassinaram nesta casa e os seus despojos enterrados na
adega; que a família era constituída de esposa e cinco filhos, dois rapazes e
três meninas, todos vivos ao tempo de sua morte, mas que depois a esposa
morrera. Então perguntei: Continuará a bater se chamarmos os vizinhos para que
também escutem? A resposta afirmativa foi alta.
Desse modo foram chamados vários
vizinhos, os quais por sua vez convocaram outros, de maneira que, mais tarde e
nos dias subsequentes, o número de curiosos era enorme.
Naquela noite compareceram o Sr.
Redfield, o Sr. e Sra. Duesler e os casais Hyde e Jewell.
Mr. Duesler fez muitas perguntas e obteve as respostas.
Em seguida indiquei vários vizinhos nos quais pude pensar, e perguntei se havia
sido morto por algum deles, mas não obtive resposta. Após isso, Mr. Duesler fez
perguntas e obteve as respostas. Perguntou: Foi assassinado? Resposta afirmativa.
Seu assassino pode ser levado ao tribunal? Nenhuma resposta. Pode ser punido
pela lei? Nenhuma resposta. A seguir disse: Se seu assassino não pode ser
punido pela lei de sinais. As batidas foram ouvidas claramente. Pelo mesmo
processo Mr. Duesler verificou que ele tinha sido assassinado no quarto do
leste, a cinco anos passado, e que o assassínio fora cometido à meia noite de
uma terça-feira, por Mr......; que fora morto com um golpe de faca de
açougueiro na garganta; que o corpo havia sido enterrado; tinha passado pela
dispensa, descido a escada e enterrado a dez pés abaixo do solo. Também foi
constatado que o móvel fora dinheiro.
Quanto a quantia: cem dólares? Nenhuma resposta.
Duzentos? Trezentos? Etc. Quando mencionou quinhentos dólares as batidas
confirmaram.
Foram chamados muitos dos vizinhos que estavam pescando
no ribeirão. Estes ouviram as mesma perguntas e respostas. Alguns permaneceram
em casa naquela noite. Eu e as meninas saímos. Meu marido ficou toda a noite
com Mr. Redfield. No sábado seguinte a casa ficou superlotada. Durante o dia
não se ouviram os sons, mas ao anoitecer recomeçaram. Diziam que mais de
trezentas pessoas se achavam presentes. No domingo os ruídos foram ouvidos o
dia inteiro por todos quantos se achavam em casa.
Estes são os principais trechos
do depoimento da Sra. Margareth Fox, que mais nos interessam para dar uma
descrição viva dos acontecimentos de Hydesville, na sinistra noite de 31 de
março de 1848.
AS ESCAVAÇÕES NA ADEGA
Os mais interessados em
esclarecer o caso resolveram escavar a adega, visando encontrar os despojos do
suposto assassinado. Eis que, através de combinação alfabética com as pancadas
produzidas, chegaram à identidade da vítima. Tratava-se de um mascate de nome
Charles B. Rosma, o qual tinha trinta e um anos quando, há quatro anos passado,
fora assassinado naquela casa e enterrado na adega. O assassino fora um antigo
inquilino. Só poderia ter sido o Sr. Bell... Mas onde a prova do fato, o
cadáver da vítima? A solução seria procurá-lo na adega, onde estaria enterrado.
As escavações, porém, não
levaram a resultados definitivos, pois deram n'água, sem que se tivessem
encontrado quaisquer indício. Por essa razão foram suspensas.
No verão de 1848, o próprio Sr.
David Fox auxiliado por alguns interessados retomou o empreendimento. A uma
profundidade de um metro e meio, encontraram uma tábua. Aprofundada a cova,
encontraram o carvão, cal, cabelos e alguns fragmentos de ossos que foram
reconhecidos por um médico como pertencentes a esqueleto humano; mais nada.
As provas do crime eram
precárias e insuficientes, razão talvez pela qual o Sr. Bell não foi
denunciado.
A DESCOBERTA DO ESQUELETO
Em o número de 23 de novembro de
1904, do “Boston Journal”, foi notificada a descoberta do esqueleto de um homem
cujo Espírito se supunha ter ocasionado os fenômenos na casa da família Fox em
1848. Meninos de uma escola achavam-se brincado na adega da casa onde moravam
os Fox. A casa tinha fama de ser mal assombrada. Em meio aos escombros de uma
parede − talvez falsa − que existira na adega, os garotos encontraram as peças
de um esqueleto humano.
Junto ao esqueleto foi achada
uma lata de uma espécie costumeira usada por mascates. Esta lata encontra-se
agora em Lilydale, a sede central regional dos Espiritualistas Americanos, para
onde foi transportada a velha casa de Hydesville.
Como pode ver-se, cinquenta e
seis anos depois, em 22 de novembro de 1904 (data do encontro do esqueleto do
mascate), parece não haver dúvida de que foram confirmadas as informações
obtidas em 1848 a respeito do crime ocorrido naquela casa. Este episódio
constitui-se em um notável caso de TCD (transcomunicação direta). As evidências
são muito fortes.
O MOVIMENTO ESPALHA-SE
As duas garotas, Margareth e
Kate, foram afastadas de sua casa, pois suspeitava-se que os fenômenos eram
ligados sobretudo à sua presença. Margareth passou a morar com seu irmão David
Fox. A Kate mudou-se para Rochester, onde ficou em casa de sua irmã Leah, então
casada e agora Sra. Fish. Entretanto, os ruídos insistiam em acompanhar as irmãs
Fox; onde elas se achavam, ocorriam os fenômenos. Parece que agora se observava
uma espécie de contágio, pois, Leah Fish, a irmã mais velha, passou a apresentar
também os mesmos fenômenos. Logo mais, começaram a surgir em outras famílias:
Era como uma nuvem psíquica, descendo do alto e se
mostrando nas pessoas suscetíveis. Sons idênticos foram ouvidos em casa do Rev.
A.H.Jervis, ministro metodista residente em Rochester. Poderosos fenômenos
físicos irromperam na família do Diácono Hale, de Greece, cidade vizinha de
Rochester. Pouco depois Mrs. Sarah A. Tamlin e Mrs. Benedict de Auburn,
desenvolveram notável mediunidade (...).
O movimento espalhar-se-ia, mais
tarde, pelo mundo, conforme fora afirmado em uma das primeiras comunicações
através das irmãs Fox. As próprias forças invisíveis insistiram para que se
fizessem reuniões públicas onde elas pudessem manifestar-se ostensivamente. Era
uma nova mensagem que vinha do mundo dos Espíritos, conclamando os homens para
uma outra posição filosófico-religiosa.
"SPIRITUALISM" E ESPIRITISMO
A "Onda
Espiritualista" passou da América para a Europa, cujo terreno já se
encontrava preparado pelo desenvolvimento científico, e onde os fenômenos de TC
(transcomunicação) iriam ser estudados mais tarde, com rigor e profundidade
pelos fundadores da "Psychical Research" e da Metapsíquica.
A forma bastante comum sob a
qual a manifestações de TC (transcomunicação) se apresentaram na Europa, foi a
das "mesas girantes". Vamos focalizar mais adiante e resumidamente
esse período, do qual também se originou o Espiritismo na França, graças às
investigações científicas e ao método didático do ilustre intelectual lionês, Hyppolyte
Léon Denizard Rivail (Allan Kardec).
Nunca é supérfluo enfatizar que
não se deve confundir o "Spiritualism" com o Espiritismo. O primeiro
nasceu como um movimento popular, provocado por evidências a favor da crença na
existência, sobrevivência e comunicabilidade do Espírito.
Posteriormente o
"Spiritualism" adquiriu a forma de um religião organizada que aspira,
também, ser uma Ciência e uma Filosofia. Agora, um ponto importante: o
"Spiritualism" não incorporou a ideia da reencarnação.
Ele admite apenas a continuidade
da vida após a morte, sem inferno ou céu, porém em contínuo aprendizado e
evolução no "Mundo Espiritual".
Há algumas diferenças entre os
princípios básicos do "Spiritualism" e do Espiritismo.
A mais profunda é a questão da
"reencarnação". O Espiritismo não só aceita o renascimento, como
admite a Lei do Carma, considerando serem estes os fatores naturais da evolução
do Espírito. Embora Allan Kardec, o codificador da Doutrina Espírita, considere
Sócrates e Platão como os precursores da ideia cristã e do Espiritismo, a sua
atenção para a realidade da comunicação dos Espíritos foi despertada pelo
fenômeno das "mesas girantes".
REPERCUSSÃO ENTRE INTELECTUAIS
A partir do episódio das irmãs
Fox, a transcomunicação, aqui no ocidente, passou atrair a atenção de um
pequeno grupo de cientistas. Inicialmente, tais investigadores achavam-se, em
sua maioria, imbuídos de forte cepticismo acerca do fenômenos paranormais que passaram
a ganhar popularidade inusitada na Europa. Somente a curiosidade diante da estranheza
de tais ocorrências conseguiu levar esses poucos cientistas a observá-las.
Logo no começo da fase, as
pesquisas conduziram à formação de três categorias de pessoas, conforme suas
opiniões acerca da natureza dos referidos fenômenos.
O primeiro grupo consistiu nos
que viram nesses fatos uma confirmação de suas crenças na sobrevivência, na
comunicabilidade e progresso dos Espíritos. A natureza do homem, para eles, era
dual, e continha um componente espiritual além do material.
Desta interpretação, surgiu um
aspecto religioso como decorrência imediata do reconhecimento da natureza espiritual
da criatura humana. O "Spiritualism", na Inglaterra, e o Espiritismo,
na França, são exemplos dessa interpretação, embora ambos reivindiquem, também,
para suas doutrinas, os aspectos filosóficos e científicos.
Um segundo grupo constituiu-se,
em sua maioria, por cidadãos de acentuado interesse científico. Alguns já eram
cientistas profissionais, professores e investigadores em diversas áreas de
conhecimento teórico e prático. Outros, com títulos e formação superior, embora
não especialistas em disciplinas científicas, sentiram-se também interessados
em investigar de maneira racional os referidos fatos, denominados, na época,
"fenômenos psíquicos". Daí a designação usual desta atividade:
"Psychical Research" (Pesquisa Psíquica). Na França, Charles Richet
deu-lhe outro nome: "Metapsíquica".
No segundo grupo, figuravam,
indistintamente, os espiritualistas, os indiferentes e os materialistas. Apenas
os seguintes objetivos pareciam movê-los: confirmar ou negar os propalados
fenômenos e, no caso afirmativo, descobrir a sua real causa eficiente.
Finalmente, um terceiro grupo,
compreendendo a maioria dos interessados, colocou-se em franco antagonismo
relativamente aos dois primeiros. Compunha-se de cientistas, intelectuais em
geral, jornalistas e pessoas comuns. Alguns eram fieis ou chefes de religiões
instituídas. Grande número desses cidadãos, especialmente os intelectuais, achava-se
impregnado de filosofias materialistas e havia absorvido as ideias
positivistas.
Revelaram-se profundamente céticos
e procuraram liquidar com a crença nos aludidos fenômenos. Para eles, os
fenômenos paranormais eram manifestações de superstição, ilusões e fraudes, ou
alienação mental. Para alguns religiosos, poderiam ser armadilhas do
"demônio", ou tentativas de indivíduos mal intencionados que visavam
abalar as bases das religiões tradicionais. Outros chegavam a acreditar que se
tratava da revivescência da Magia e do Ocultismo, numa tentativa de domínio de
opinião pública.
CONCLUSÃO
Foi neste clima que se desenrolaram
as dramáticas transcomunicações, cuja iniciativa, ao que parece, partiu do
Plano Espiritual. As manifestações mais em evidência foram as chamadas
"Mesas Girantes". Este episódio inaugurou o Período Espíritico,
conforme a classificação de Charles Richet. Segundo este sábio, tal período vai
das irmãs Fox até as pesquisas de Sir Willian Crookes, em
1872.
Fonte: Jornal Folha Espírita (10/1995)