Flávio Ferreira da Luz nasceu em 18 de Agosto de 1887, na Rua Comendador Araújo, em Curitiba, Capital do Estado do Paraná, onde hoje é a sede da Sociedade Thalia.
Filho de José Ferreira da Luz e
Bertholina Pereira da Luz. Em 1905 matriculou-se na Faculdade de Direito do Rio
de Janeiro, tendo concluído o curso de Bacharel em Direito em 1909.
Contraiu núpcias em 19 de Abril
de 1910 com a senhorita Sarah Lopes, que passou a assinar Sarah Lopes Luz.
Desse casamento houveram cinco filhos: Cid, Clotilde, José, Ruy e Laura.
Sucedeu seu genitor como titular do Cartório de Registro de Imóveis do 1º
Distrito da Capital.
Foi, em companhia de Nilo Cairo,
que era seu concunhado, um dos idealizadores e fundador da atual Universidade
do Paraná. Foi pioneiro da radiofonia no Paraná e um dos fundadores da Rádio
Clube Paranaense – a nossa PRB-2.
Ainda muito jovem, já se
dedicava as pesquisas no campo do Espiritismo. Em 18 de julho de 1915, era
incluído nos quadros da Federação Espírita do Paraná, como membro da Comissão
Central e já em 14 de Janeiro de 1917 era eleito Presidente, sendo reeleito
para o período de 1918 a 1921. Em 1920 participou da primeira comissão
organizadora do Hospital Espírita. Sua vida foi por longos anos, dedicada, além
da família, às mais diversas atividades sociais e à Causa da Doutrina Espírita.
Companheiro inseparável das
atividades espíritas de Arthur
Lins de Vasconcellos esteve ao seu lado até o ano de 1930. Sua folha de
serviços prestados a Federação Espírita do Paraná é uma das mais repletas de
dedicação. Assim é que, tendo deixado a Presidência em 1922, a ela voltou em 16
de janeiro de 1927, depois de ter exercido o Cargo de Secretário Geral de 20 de
Janeiro de 1923 a Janeiro de 1926.
Foi Diretor da “Revista de Espiritualismo”,
onde o brilho de sua pena e o fulgor de sua inteligência, ao lado de seus
conhecimentos doutrinários, marcaram estupenda contribuição à divulgação da
Doutrina Espírita. Em 1926 foi eleito 1º Vice-Presidente e em 16 de janeiro de
1927 volta à Presidência.
Antes, porém, de retornar à
Presidência, foi, no ano de 1925, na qualidade de Diretor da Revista
Espiritualista e Secretário da Federação, subscritor de um telegrama de
protesto dirigido aos poderes públicos, contra a tramitação na Assembleia
Legislativa do Paraná, de um projeto de Lei, mandando o Governo do Estado doar
à Igreja Católica, para instalação de dois Bispados, de uma gleba de centenas
de alqueires de terras pertencentes ao patrimônio do Estado.
Faleceu em 20 de março de 1954.
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