Rufine Hilarie Temmerman nasceu
em 10 de outubro de 1821, em Bruxelas, Bélgica. Cresceu em família
relativamente abastada. Estudou em Bonn (Alemanha) quando jovem. Escritora,
filósofa espírita, médium e pintora. Demonstrava talento artístico,
especialmente em pintura — realizava retratos ao pastel. Casou-se com Charles
Noeggerath, médico e “magnético” (hipnotizador / magnetizador). Tiveram uma filha chamada Rolanda. Charles
morreu em 1852, quando Rufina tinha cerca de 30 anos.
Depois da morte do marido,
Rufina passou por dificuldades financeiras. Volta à arte e grandes dificuldades.
Exerceu como pintora em Paris, especialmente retratos a pastel. Também tentou
inovar, propondo um processo químico para “metalizar” tecidos para dar-lhes
maior resistência, mas perdeu parte dos documentos de seu pedido de patente
durante o Cerco de Paris (1870).
Após a morte do marido,
interessou-se pelo espiritismo — especialmente para tentar se comunicar com
ele. Fundou seu próprio círculo espírita, onde recebia sessões mediúnicas e
encontros filosóficos. Era conhecida por sua bondade, moral elevada e caridade,
ganhando o apelido carinhoso de “Bonne Maman” (“Boa Mãe”). Em 1897, ela
publicou sua principal obra espírita: La Survie, sa Réalité, sa
Manifestation, sa Philosophie, com prefácio de Camille
Flammarion. Seu salão (na rua Milton, em Paris) era frequentado por vários
intelectuais, escritores, pensadores e filósofos interessados nas ciências
psicográficas / espíritas. Em 1905, mesmo já bem idosa, era vista como uma
figura essencial no movimento espírita de Paris.
Era considerada uma espécie de
“apóstola do espiritismo e da paz universal” — título que aparece em seu
túmulo. Diz-se que sua sepultura no Père-Lachaise é muito visitada por
espíritas, sendo associada a milagres, especialmente “troubles de la vue” (problemas
de visão), segundo fontes espíritas. Sua filosofia espiritista enfatizava o
amor, a caridade e a ideia da sobrevivência da alma após a morte. Após sua
morte, há relatos espiritistas que afirmam que ela se “materializou” em sessões
mediúnicas, para mostrar a continuidade da vida após a morte.
Faleceu em 15 de abril de 1908,
em Paris, França. Está sepultada no Cemitério do Père-Lachaise (Divisão 94), em
Paris.

Nenhum comentário:
Postar um comentário