Filho do tenente-coronel Antônio
Pereira de Brito Paiva e Anna Joaquina da Conceição Paiva, nasceu em Fortaleza,
a 3 de maio de 1848.
Aos nove anos de idade,
matriculou-se no Liceu do Ceará, e aos dezesseis redigiu os pequenos jornais
Rouxinol e Aurora.
Cursou a Faculdade de Direito,
em Recife, retornando à terra natal, onde serviu como Juiz Substituto e como
Juiz de Direito em São Francisco de Uruburetama, Itapagé, Santana do Acaraú e
Granja.
Em 1895, foi nomeado
Desembargador do Superior Tribunal da Relação do Estado.
Na presidência (governo) do
coronel Carvalho Mota (1914), ocupou o cargo de Secretário do Interior e
Justiça.
Indicado por Manoel
Vianna de Carvalho, presidiu, no antigo prédio da Fênix Caixeiral, à sessão
de fundação do Centro Espírita Cearense, em 19 de junho de 1910.
No mesmo ato solene, foi eleito,
por unanimidade, presidente da novel instituição. Aos sessenta e dois anos,
integrou-se à diretoria, da qual também faziam parte Demétrio de Castro
Menezes, Antonio Carneiro de Souza Azevedo, José Carlos de Mattos Peixoto,
Afonso de Pontes Medeiros, Teóphilo Cordeiro, Miguel Cunha e Francisco Prado.
Em 1911, por motivos
profissionais, não pôde continuar na presidência, entretanto, pelo seu carisma
e sabedoria, convidaram-no a permanecer como Diretor, mesmo não participando
diretamente dos trabalhos. Criaram, então, o cargo especial de Presidente Honorário,
por ele aceito com alegria.
Em 1916, na presidência de
Francisco de Sá Roriz, idealizador da Faculdade de Farmácia e Odontologia, cuja
fundação aconteceu, nesse mesmo ano, no espaço físico do Centro Espírita
Cearense, vamos encontrá-lo novamente integrando a diretoria do Centro.
Olympio de Paiva desencarnou na
cidade que o viu nascer, aos oitenta e nove anos, no dia 31 de outubro de 1937.
Segundo seus contemporâneos, ele
foi protótipo do bom senso e honestidade, deixando em sua demorada passagem
pela Terra, traços vivos, indeléveis, de retidão, de caráter e dos princípios
que esposava, exercidos em prol de seus semelhantes.
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