Miramez
Por que meio se pode neutralizar a influência dos maus
Espíritos?
− Fazendo o bem e colocando toda a vossa confiança em
Deus, repelis a influência dos Espíritos inferiores e destruís o império que
desejam ter sobre vós. Guardai-vos de escutar as sugestões dos Espíritos que
suscitam em vós os maus pensamentos, que insuflam a discórdia e excitam em vós
todas as más paixões. Desconfiai sobretudo dos que exaltam o vosso orgulho,
porque eles atacam na vossa fraqueza. Eis porque Jesus voz faz dizer na oração
dominical: "Senhor, não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do
mal"!
Questão 469/O Livro dos Espíritos
O modo pelo qual podemos
neutralizar a influência dos Espíritos ignorantes é, certamente, fazendo o bem.
O bem é força poderosa contra o mal, é o antídoto da influência do mal.
O Espírito, em certa fase na sua
vida, fica propenso às más radiações, por encontrar dentro de si paixões
inferiores acesas, e como o semelhante atrai os semelhantes, Espíritos equivocados
dele se aproximam. Mesmo que o sugestionado esteja se esforçando para se
desligar das inferioridades, ele ainda é afetado pelos resquícios que tem das
paixões inferiores. A pureza espiritual é demorada para ser adquirida; podemos
gastar várias reencarnações a fim de conhecermos a verdade e ela nos tornar
livres.
Devemos, também, confiar em
Deus, Chave-Mestra para o isolamento dos Espíritos inimigos, no entanto, não
podemos confiar em Deus envolvidos no mal. Somente o bem neutraliza o mal,
somente o amor neutraliza o ódio, somente o perdão neutraliza a violência.
Se pretendemos ajudar os
ignorantes, não nos afastemos deles. A vida ensina como nos aproximar dos que
esqueceram o amor. Todas as soluções de todos os problemas se encontram dentro deles.
Nós, quando começamos a fazer o bem e a pensar no amor, no perdão e na
fraternidade, achamos que já estamos livres das sugestões do mal que os
inimigos espirituais nos inspiram. Enganamo-nos, pois, só quando passamos a
viver o bem ininterruptamente é que não deixamos lugar para os pensamentos
inferiores entrarem em nossa casa mental. Se somente vivemos o bem por doze
horas do dia, as outras doze estarão sujeitas ao mal, assim, pode-se avaliar o
quanto poderemos estar sendo influenciados pelas sombras.
No entanto, foi-nos dada a
razão, para que possamos discernir uma coisa da outra. Temos, ainda, os livros
na santificação do amor, para que possamos sentir os meios de nos livrar do
mal. Foram designados, também, companheiros espiritualizados para nos ajudarem
nos momentos de fraqueza. Deus ajuda Seus filhos por todos os meios possíveis,
com o fim de despertar as criaturas, desligando-as das correntes da ignorância.
Embora já tenhamos falado,
tornamos a dizer que entre os pensamentos há certos intervalos, onde agem os
Espíritos inferiores, com suas sugestões inconvenientes, mas se analisarmos os
pensamentos, encontraremos os que vêm de fora. Se nós mesmos emitirmos
pensamentos indignos, evitemos dar-lhes continuidade para que não nos façam
joguetes de ilusões.
Criemos uma carapaça em torno de
nós mesmos com a prática das virtudes ensinadas por Jesus, de modo que nos
resguardemos das investidas das trevas.
Acendamos a nossa luz, que ela
queima a borrasca das ideias inadequadas ao bem. Não deixemos que o mal nos
dirija. Se sentirmos dificuldades em viver no bem, em amar a todas as
criaturas, em gostar da fraternidade, peçamos ajuda aos que nos são superiores,
que as bênçãos de Deus não faltarão aos de boa vontade.
Ao deitar, o homem não deve
esquecer a oração e ao se levantar, deve fazer o mesmo. Ela é força poderosa
para ajudar na neutralização das investidas das sombras em nossos caminhos.
Temos o conhecimento e devemos
saber como convém aplicá-lo, porque a sabedoria pode nos ajudar muito a
encontrar a paz, pela conquista do amor.
Se os pensamentos que surgirem
em nossa mente nos sopram a discórdia, livremo-nos deles, porque, vindo de
dentro ou de fora, nos impulsiona para o sofrimento. Procuremos Jesus em todas
as situações de vida, que Ele é amor em Deus e pode nos socorrer, com a vida na
amplitude da paz.
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