Oceander Veschi
Quando me deparo com a notícia
do desencarne de alguém querido (seja um parente, ou alguma personalidade do
mundo), sempre me vem a lembrança de que este processo não é uma condenação, e
sim, na maioria dos casos, uma “libertação do prisioneiro de sua pena”.
No item “Perdas de pessoas
amadas – mortes prematuras”, do capítulo V de O Evangelho Segundo O Espiritismo, nos alerta para que enxerguemos
além do “terra-a-terra”, e deixemos de lado a falsa ideia de que o desencarne é
uma condenação. Na maioria dos casos é a libertação da matéria grosseira, é a
pena que chegou ao seu fim, e o espírito se vê livre de diversas agruras do
nosso cotidiano de aprendizados aqui na Terra.
E muitos ficam doentes, passam
por diversos acidentes, desgostos e desilusões, e ficam aqui, “vivos” até os
90, 100 anos...estes é quem são os que podem ser considerados “condenados”.
Diz o Evangelho que
Frequentemente a
morte prematura é um grande benefício que Deus concede àquele que se vai e que
assim se preserva das misérias da vida, ou das seduções que talvez lhe
acarretassem a perda.
Deus não condena, nunca. O que
muitas vezes enxergamos como pena, é apenas um grande brinde, um bônus.
Obviamente, que quando o
desenlace físico se dá por conta do suicídio, a conversa muda completamente de
figura, afinal, não temos o direito de extirpar algo que nos foi concedido a
tanto custo.
A vida física deveria ser
considerada intocável, custe o que custar.
Aqueles que não tem esta informação,
ao providenciarem o desenlace prematuro arcam com contas altas a serem quitadas
em longas e doloridas prestações.
Precisamos enxergar a morte
física apenas como desligamento de uma veste, que fazemos diariamente, ao
trocarmos de camisa, por exemplo. Exercitemos nossa existência com
entendimentos fraternos, e cientes de que o Criador jamais age como os homens,
que ainda são incapazes de se verem livres de pensamentos desconexos, de
vingança e punições.
Vivamos então com alegria, para
que quando este momento nosso chegar, estejamos preparados para a nova etapa
que chega, e para que o reencontro com aqueles que deixamos do lado de lá seja
muito festivo.
Fonte: Agenda Espírita Brasil
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