Jorge Hessen - jorgehessen@gmail.com
“Andá com fé eu vou. Que a fé
não costuma faiá”, diz o refrão da música do cantor Gilberto Gil.
Narra a carta aos Hebreus que a
fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se
não veem. Cremos que fé é a certeza da aquisição daquilo que se tem como
finalidade.
Sem a fé racional, nas situações
de crise, seja de ordem econômica ou agravamento da insegurança pública, as
relações sociais, pessoais e familiares se deterioram. Diante das incertezas, é
comum que o medo domine as mentes de uns ou de outros. Pensar que não se
conseguirá enfrentar uma doença, lidar com os erros, a perda do emprego ou dos
bens materiais amplia o temor de muitos. Surge o pânico nalguns ante a chegada
da velhice, da solidão, da perda de um amor e assim por diante. Caminha o
tímido sob a ansiedade e desconfortos psicológicos.
Os irrequietos, os estressados
visitam, cinco vezes mais, médicos que uma pessoa normal. O sintoma crônico da
ausência de fé e do medo estão gerando enigmas físicos e emocionais, tais como
infarto do miocárdio, úlcera e insônia. Para nós, estudiosos do Espiritismo,
sabemos que a solução para o enfrentamento dos embates da vida e do medo é o
exercício da fé coerente, apontando-nos o rumo do equilíbrio emocional. É
igualmente a certeza da reencarnação e a convicção da imortalidade que nos
reforça o alimento da fé diante dos desafios do viver.
Fundamentalmente, a fé deve
apoiar-se na razão sempre. Até porque a fé não é um dom fornecido por Deus para
alguém em especial, nem deve ser imposta de fora para dentro. A fé é o produto
da conquista pessoal na busca da compreensão do caminho correto, das verdades
que permeiam a essência das próprias vidas, por meio do conhecimento, da
experiência, das reflexões pessoais e pelo esforço que se faz para o auto-amor
e por entender que o amor é a causa da vida, e a vida é o efeito desse amor.
Na mensagem de Jesus, aprendemos
a lição da fé (transportadora de montanhas) da coragem, do otimismo, do bom
senso capazes de renovar nossas tendências, impedindo que o medo, a depressão e
a angústia se apossem de nosso cotidiano. Até porque “a fé não costuma faiá”.
Fonte: A Luz na Mente
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