Fernando Rossit
Trata-se de dúvida recorrente dos alunos nas salas de aulas de Doutrina
Espírita.
Poderá, sim, manter os benefícios da plástica, a depender, em primeiro
lugar, da sua “beleza interior”.
Isso porque o exterior sempre reflete o interior, aqui na Terra e muito
mais no Plano Espiritual.
A boa aparência do corpo espiritual após a desencarnação dependerá da
posição espiritual do ser, do seu equilíbrio, da sua conduta aqui na Terra,
enfim, da sua depuração.
A plástica realizada no corpo físico de nada valerá se o Espírito não
tiver uma condição espiritual que o favoreça a assumir uma forma mais bela.
Ação no Bem, responsabilidade pelos atos, consciência do dever cumprido são
requisitos básicos que irão lhe garantir um períspirito, do ponto de vista
espiritual, mais belo.
Os que atingem essa condição, por méritos próprios, quase sempre buscam
adquirir, com o poder do seu pensamento, formas mais jovens e belas (ou outra
qualquer que deseje ou se sinta bem).
Podemos “concluir que a operação plástica não muda nada. O que
realmente interfere na estrutura e aparência do perispírito é a posição
espiritual da alma. As ações no campo do bem ou do mal são, pois, determinantes
na forma de apresentação do perispírito, entendendo-se por bem tudo aquilo que
é feito em obediência à lei maior do amor universal” [2].
“No livro Carmelo por ele Mesmo, de Carmelo Grisi, recebido por Chico
Xavier, temos o relato de exercícios mentais que são feitos na vida espiritual
para favorecer o rejuvenescimento. No excelente livro Memórias de um Suicida,
recebido por Ivonne Pereira, também há referências quanto à aparência do
períspirito” 2.
Outrossim, no livro “Libertação” [3],
de André Luiz, verificamos o caso de uma senhora que se apresentava muito
bonita aos olhos humanos, mas que, ao afastar-se do corpo pelo sono,
transfigurava-se numa mulher horrível, uma bruxa, revelando aos olhos dos
Espíritos desencarnados a sua baixa condição espiritual.
A explicação para a estranha ocorrência foi clara: a referida senhora
levava uma existência de futilidades, dissimulações e ações maléficas.
Vejamos um trecho, do cap. 10 do citado livro, sobre o caso em tela:
O homem e a mulher, com os
seus pensamentos, atitudes, palavras e atos criam, no íntimo, a verdadeira
forma espiritual a que se acolhem. Cada crime, cada queda, deixam aleijões e
sulcos horrendos no campo da alma, tanto quanto cada ação generosa e cada
pensamento superior acrescentam beleza e perfeição à forma perispirítica,
dentro da qual a individualidade real se manifesta, mormente depois da morte do
corpo denso.
Fonte: Agenda Espírita Brasil
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