Nascido em Serra Negra, Estado de
São Paulo, no dia 2 de maio de 1903 e desencarnado na mesma cidade, no dia 23
de julho de 1980.
Era filho do Coronel Constantino
Vergai e de D. Amélia Ferraz de Campos Vergal. Fez o seu curso primário na
cidade onde nasceu e, em seguida, transferiu-se para São Paulo, onde completou
o seu aprimoramento, fazendo os cursos secundário, de admissão ao magistério e
de jornalismo, tornando-se lídimo profissional dessas duas últimas categorias.
Tornou-se ainda Escrevente juramentado de Cartório, tendo exercido essa
atividade até a data da sua aposentadoria.
Firmou-se como figura
respeitável e bastante acatada nos círculos políticos e nas altas rodas
sociais. Soube contribuir com a sua inteligência e seu esforço em favor das
causas populares.
Homem de elevado aculturamento e
dotado de apreciável grau de humildade, jamais deixou que as glórias do mundo
ofuscassem o seu desvelado amor pelos pequeninos e desajustados da Terra.
Foi Deputado Estadual, de 1935 a
1937, na Assembleia Legislativa do Estado de S. Paulo. Deputado Federal em
várias legislaturas, no período de 1946 a 1970, tendo iniciado persistente trabalho
com vistas às reformas sociais que se tornavam imprescindíveis na época.
Pertenceu inicialmente ao quadro do extinto Partido Socialista, porém,
posteriormente ingressou no Partido Social Progressista. Como representante
desse Partido, exerceu a liderança na Câmara dos Deputados, no período de 1946
a 1950.
Foi o autor do conhecido Projeto
Campos Vergai, que preconizava a instituição da Cadeira de Parapsicologia nas
Universidades, com o objetivo de propiciar o estudo dos fenômenos extra-sensoriais.
Campos Vergai era portador de elevado número de títulos honoríficos e comendas.
Foi membro honorário e era portador de diploma de mérito da Academia de Letras
do Distrito Federal (Rio de Janeiro), Presidente do Banco Agroindustrial de São
Paulo, Patrono dos Tesoureiros e Auxiliares de Tesoureiros da Delegacia Fiscal
do Tesouro Nacional, de S. Paulo. Foi um político na verdadeira acepção da
palavra, mantendo-se sempre dentro da mais estrita linha de honestidade e de
probidade.
Ainda bastante jovem ingressou
no Espiritismo, tomando parte saliente, no ano de 1936, na fundação da União da
Mocidade Espírita de S. Paulo. No campo da imprensa espírita fez a sua estreia,
no ano de 1937, no tradicional órgão "A Aliança", de S. Paulo,
dirigido pelo Prof. Sebastião Maggi da Fonseca.
Militou nos quadros diretivos da
União Federativa Espírita Paulista, tornando-se, em 1941, o Diretor-Presidente
da Sociedade Rádio Piratininga, PRH-3, a qual lançava ao ar diariamente o
"Programa Radiofônico Espírita Evangélico do Brasil".
Tanto na União Federativa como
na extinta Rádio Piratininga, desenvolveu incessante campanha em prol da
divulgação da Doutrina dos Espíritos, atuando ao lado de grandes vultos
espíritas do passado, dentre eles Pedro de Camargo (Vinícius), Benedito Godoy
Paiva, Antenor Ramos, Caetano Mero e outros.
De sua bibliografia destacamos:
"Reencarnação ou Pluralidade das Existências", "Levanta-te e
Caminha" e "Bandeirantes da Imortalidade", obras essas de cunho
espírita, entretanto, foi também autor dos livros "Ubururetama" e
"O Conde de La Rose", ambos coletâneas de contos, o primeiro de fundo
indianista e o segundo de caráter histórico.
Nas décadas de 1930 a 1950, tornou-se
um dos mais destacados e requisitados oradores espíritas, tendo a oportunidade de
ocupar a tribuna de centenas e centenas de instituições espíritas, nos Estados
de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e São Paulo, tendo mesmo participado da
fundação de muitas dessas entidades. A sua palavra era muito acatada e o seu
nome foi dado a algumas Casas assistenciais, em Minas Gerais e Rio Grande do
Sul.
No ano de 1977, já bastante
enfermo e quase sem poder locomover-se, tomou parte na solenidade comemorativa
do 40º aniversário de fundação do "Centro Espírita Deus e Caridade", de
São Paulo, dando uma inequívoca demonstração do seu acendrado amor à Doutrina.
O seu gesto teve elevada repercussão e todos os participantes da reunião
tiveram a oportunidade de estreitá-lo ao coração.
De todos os numerosos títulos
que havia recebido, o que mais prezava era o de espírita-cristão, pois ele
considerava o Espiritismo como autêntica mensagem do Céu à Terra, como uma
doutrina dinâmica, suscetível de equacionar os milenares e angustiantes
problemas que assolam a Humanidade, por isso, Vergai muito fez para que os
homens se reencontrassem e vivessem em perene estado de fraternidade e de amor.
[1] Personagens do
Espiritismo - Antônio de Souza Lucena
e Paulo Alves Godoy
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