Parábola do Tesouro Perdido - Rembrandt
“O Reino dos Céus é semelhante a um tesouro que, oculto no campo, foi
achado e escondido por um homem, o qual, movido de gozo, foi vender tudo que
possuía e comprou aquele campo.”
(Mateus, XIII:44)
O homem tem resumido a sua
tarefa na Terra a procurar “tesouros”, a achar tesouros, a esconder tesouros, a
vender o que possui para comprar campos que tenham tesouros. Assim tem
acontecido, assim está acontecendo.
Para que trabalha o homem, na
Terra? Para que estuda? Para que luta, a ponto de matar o seu semelhante?
Para possuir tesouros!
Jesus, sabendo dos artifícios
que o homem emprega na conquista dos tesouros, fez do “tesouro escondido” uma
parábola, comparando-o ao Reino dos Céus; fê-lo, naturalmente, para que os que
recebessem esses conhecimentos, também empregassem todo o seu talento, todos os
seus esforços, todo o seu trabalho, toda a sua atividade, todos os seus sacrifícios,
na conquista desse outro “tesouro”, ao qual ele chamou imperecível, lembrando
que “a traça e a ferrugem não o corrompem, e os ladrões não o roubam”.
O Reino dos Céus é um tesouro
oculto ao mundo, porque os grandes, os nobres, os guias e os chefes de seitas
religiosas não querem fazê-lo aparecer à Humanidade. Mas, graças à Revelação,
aos Ensinos Espíritas, aos Espíritos do Senhor, hoje é muito fácil ao homem
achar esse tesouro.
Mais difícil lhe pode ser,
“vender o que tem e comprar o campo”, isto é, desembaraçar-se das suas velhas
crenças, do egoísmo, do preconceito, do amor aos bens terrestres, para possuir
os bens celestes.
Materializado como está, o homem
prefere sempre os bens aparentes e perecíveis, porque os considera positivos;
os bens reais e imperecíveis ele os julga abstratos.
A Parábola do Tesouro Escondido
é significativa e digna de meditação: o homem terreno morre e fica sem seus
bens; o homem espiritual permanece para a Vida Eterna e o tesouro do céu, que
ele adquiriu é de sua posse permanente.
[1] Parábolas e
Ensinos de Jesus - Cairbar Schutel
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