Teles de Menezes considerado o
pioneiro do Espiritismo aqui no Brasil. Nasceu em 26 de junho de 1828,
Salvador, Bahia.
Fundou no dia 17 de setembro de
1865 em Salvador (BA), o “Grupo Familiar do Espiritismo”, primeira agremiação
doutrinária em terras brasileiras. Essa sua atitude foi um verdadeiro ato de
heroísmo, pois naquela época o ambiente era totalmente hostil à prática da nova
doutrina, mesmo porque o Estado tinha o Catolicismo como sua religião oficial.
Na primeira reunião desse Grupo,
no dia mesmo da fundação, um espírito que se denominou "Anjo de
Deus", enviou psicograficamente uma mensagem, cujo teor deixou muito
felizes os membros do Grupo recém fundado.
O JORNALISTA
Além de ter sido o pioneiro na
constituição de um "Centro Espírita", Teles de Menezes detém
igualmente a primazia de constituir a imprensa espírita no Brasil.
Alguma experiência como
jornalista talvez lhe tenha facilitado essa tarefa, pois em 1849 ingressou como
redator do jornal "Época Literária", tendo mais tarde passado a
diretor.
Em 8 de março de 1869, Luiz
Olímpio Teles de Menezes anunciou, através de um discurso proferido no Grêmio
dos Estudos Espiríticos da Bahia, o aparecimento do jornal "O ECO D’ALÉM
TÚMULO - monitor do Espiritismo no Brasil". Eis um trecho do seu discurso:
A nós, que nos achamos hoje reunidos, constituindo,
naturalmente, o Grêmio dos Estudos Espiríticos na Bahia, e a quem uma certa
vocação do Alto cometeu o empenho desta árdua missão, árdua e até espinhosa,
sim, mas irradiante de bem fundadas esperanças, incumbe, pelos meios que de
mister é serem empregados, propagar essa crença regeneradora e cristã,
fazendo-a chegar indistintamente a todos os homens; e o meio material que a
Providência sabiamente nos oferece para levar rapidamente a palavra da verdade
à inteligência e ao coração de todos os homens, é a Imprensa.
Defensor, intransigente dos
princípios espíritas, Teles de Menezes escreveu uma carta aberta (duas edições
do mesmo ano) ao Metropolitano e Primaz do Brasil, D. Manoel Joaquim da
Silveira, refutando a pastoral que este publicou, com o título "Erros
perniciosos do Espiritismo".
Essa carta parece ter sido a
primeira obra espírita, de brasileiro, publicada no Brasil.
Também foi o primeiro presidente
da Associação Espírita Brasileira, que visava "ao desenvolvimento moral e
intelectual do homem nas largas bases que cria a filosofia espirítica, e a
exemplificação do sublime e celestial preceito da caridade cristã".
Dois acontecimentos se verificam
com o intuito de homenagear o pioneiro do Espiritismo no Brasil. Por proposta
da Federação Espírita Brasileira, o então Departamento de Correios e Telégrafos
autorizou a utilização de um carimbo postal, no dia 17 de setembro de 1965 -
exatamente 100 anos após a fundação do “Grupo Familiar do Espiritismo” -, que
foi aplicado nas cidades de Salvador e Rio de Janeiro. E a 4 de dezembro de
1966, foi inaugurada em Salvador a Rua Professor Teles de Menezes, em
cumprimento a decisão da Câmara Municipal daquela cidade.
Considerando sua missão cumprida
na Bahia, Luiz Olimpio Teles de Menezes transferiu-se para o Rio de janeiro.
Aí, na rua Barão de São Félix, com 65 anos de idade, desencarnou no dia 16 de
março de 1893, há 79 anos portanto.
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