Francisco C. Xavier
Indubitavelmente,
em matéria de filhos, no Plano Físico, a lei das afinidades quase pode ser
considerada por fator determinante da chamada hereditariedade psicológica.
Isto
é simples e compreensível se raciocinarmos, quanto ao imperativo da preparação
em quaisquer empreendimentos humanos que visem a determinados fins.
A
produção em massa na agricultura exige providências específicas do lavrador.
O
edifício, destinado a servir com segurança, reclama na formação e na estrutura
a orientação da engenharia.
Preparo
é um requisito importante nas escolhas do amor, quando o amor se altera de
nível e procura aperfeiçoar-se para a Vida Superior.
Compreendamos
que a vida dos companheiros encarnados se conjuga com a vida dos companheiros
desencarnados que lhes são afins.
A
dipsomania, por exemplo, é um hábito que muito raramente se observa numa pessoa
que se embriaga a sós.
Geralmente,
a criatura se alcooliza em companhia de irmãos desencarnados que, embora
desenfaixados da experiência física, ainda não encontraram energia para se
desvencilharem dessa prática.
Quando
isso ocorre, é justo considerar que por muito se esforcem os Instrutores
Espirituais, encarregados de cooperar na execução de certo plano de
reencarnações para determinado grupo familiar, nem sempre conseguem evitar a
intromissão de um ou mais de um dos alcoólatras desencarnados, porquanto se
ajustam eles de tal modo às forças genésicas de um dos parceiros do compromisso
sexual que acabam na condição de filhos deles, revelando, mais tarde, as mesmas
tendências compulsivas.
Isso,
porém, não sucede à revelia da Justiça da Vida, na Espiritualidade Superior.
O
filho ou os filhos dipsômanos mostrarão ao pai ou à genitora que cultivem o
excesso de alcoólicos a inconveniência de semelhante costume.
Desse
modo, o elemento considerado em clandestinidade deixará a posição de invasor
para ser utilizado na condição de agente regenerativo.
O
mesmo acontece com a cleptomania, com a promiscuidade sexual e outros hábitos
que dificultam a elevação do espírito.
Sabemos
que os semelhantes se atraem. Por outro lado, não desconhecemos que a
reencarnação nos é concedida na face do Planeta por recurso de autoeducação,
burilamento, evolução e melhoria em nós mesmos.
Fácil,
assim, reconhecer que as alterações infelizes nos projetos de sublimação e
progresso, a que nos cabe atender, correm claramente por nossa conta.
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