James Murray - "Addiction"
Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo[2]
O vício gera monstruosidades. Os hábitos deploráveis
trazem a antipatia em torno de quantos a eles se afeiçoam.
Emmanuel (Chico Xavier) - Paz e libertação – CEU
Existe um movimento pela
liberação das drogas, a começar pela maconha. Entre eles estão alguns políticos
e artistas famosos que não desenvolveram a doença da dependência química,
reconhecida pela OMS – Organização Mundial da Saúde como uma doença primária,
crônica, progressiva e que pode ser fatal.
Esses que usaram recreativamente
não se tornaram melhores políticos, melhores compositores ou cantores por
usarem a droga.
De cada oito pessoas que usam
maconha, uma vai ficar dependente da droga, que também acarreta, como o
tabagismo, várias doenças, aumentando os riscos de se desenvolver doenças
psiquiátricas como esquizofrenia e depressão.
Ela se transforma em porta de
entrada e dependência para outras substâncias.
Uma pesquisa na Alemanha entre
jovens de 14 e 24 anos, consumidores regulares de maconha, evidenciou que eles
também consumiam outras drogas em taxas percentuais mais altas do que na
população geral: álcool – 90%; nicotina (tabaco) – 68%; cocaína – 12%;
estimulantes – 9%; alucinógenos – 6%; opioides – 3%; sedativos – 1%.
Os usuários contumazes da
maconha podem apresentar síndrome de abstinência quando interrompem seu uso
crônico. Os sintomas podem durar semanas e incluem insônia, depressão, náuseas,
agressividade, anorexia e tremores. Quanto mais cedo se começa a fumar maconha,
maior é o risco do consumo de outras drogas.
A codependência é a doença do
controle, a família deseja que o familiar deixe de usar substâncias que alteram
seu humor e personalidade e, na ânsia de controlá-lo e fazer com que volte à
vida da normalidade, acaba por adoecer emocionalmente.
Notamos que é bem comum os
codependentes familiares expressarem alguns sintomas, pois passam por situações
que lhes podem causar exaustão emocional. Alguns dos sintomas são: baixa
autoestima; vergonha; ocultar dos outros parentes o problema; ansiedade,
depressão, estresse; medo de ser abandonado ou de que o doente seja preso, se
machuque, morra; necessidade de controlar o comportamento do outro e sentimento
de incapacidade.
Diante da doença da
codependência, pode ocorrer infarto, tentativa de suicídio dos pais, surto
psicológico, agressões, homicídios, depressão, fibromialgia, insônia, revolta,
ódio, ulcera e câncer... Não é só o usuário que sofre, são também os familiares
com a liberação das drogas, porque, liberando essa, as demais vêm atrás.
Não existem drogas seguras,
todas vão causar danos para a saúde física, mental e espiritual. É questão de
tempo. Se não for aqui no corpo, poderá ser na vida espiritual, ou então em
outra encarnação – somos viajantes da imortalidade.
[1] O CONSOLADOR - Ano 16 - N° 807 - 22 de Janeiro de 2023
- http://www.oconsolador.com.br/ano16/807/ca2.html
[2] Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é diretor da Editora
EME.
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