Wellington Balbo - outubro 19, 2022
Como estou coordenador de alguns
estudos no Centro Espírita que frequento, considero que são nesses momentos que
conseguimos aprofundar um pouco mais no conhecimento do Espiritismo. Aliás, bem
mais do que numa palestra pública, posto que esta tem apenas um indivíduo a
falar, e, por isso, as dúvidas que surgem do público não podem ser levantadas e
respondidas naquele momento de apresentação do tema, diferentemente do que
ocorre num grupo de estudos.
E eis que há mais ou menos uns
30 dias um colega levantou a seguinte questão:
Costuma-se dizer que os espíritas, hoje, são aqueles
indivíduos que falharam em outra encarnação. Isso procede?
Vamos à resposta.
A pergunta do colega faz todo
sentido. Realmente o espírita, hoje, é aquele indivíduo que falhou numa
reencarnação passada. Assim como o católico, evangélico, umbandista, ateu,
agnóstico etc.
O mundo é composto de seres que
falharam, falham e falharão muitas vezes até atingirem um nível de progresso
que lhes permitirá chegar à perfeição relativa.
Criados por Deus, simples e
ignorantes, temos no erro uma das certezas das muitas existências dos
Espíritos. Poderíamos, de forma bem jocosa, mudar o adágio que diz: “errar é
humano” para “errar é do espírito”. Errar, portanto, faz parte de nosso
processo nos rumos da evolução.
A pergunta do colega poderia ser
de outra forma também. Vejamos:
Costuma-se (claro que não se costuma dizer isso, o
exemplo é apenas para ilustração) dizer que os espíritas, hoje, são aqueles
indivíduos que muito acertaram em outra encarnação. Isso procede?
A pergunta do colega faz todo
sentido. Realmente o espírita, hoje, é aquele indivíduo que muito acertou numa
reencarnação passada. Assim como o católico, evangélico, umbandista, ateu,
agnóstico etc.
Vamos, então, para uma outra
certeza além da morte biológica e do erro, o acerto. Exatamente, podemos
adaptar, desta vez, o adágio popular para “acertar é do espírito”.
O mundo é composto de seres que
também acertam e que um dia chegarão ao ponto não de também acertar, mas apenas
acertar.
Como podemos perceber, não há
uma questão mística a ser desvendada sobre o passado dos espíritas, pois estes
são apenas os homens que viveram na Terra ou alhures a cumprir suas
experiências e, naturalmente, caminhar junto a erros e acertos, numa
contradição natural de quem ainda está aprendendo.
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