sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

MENTE E SINTONIA[1]

 

Cícero Marcos Teiteira.

 

É creditado ao italiano Guilherme Marconi o uso das ondas eletromagnéticas para transmitir informações a longas distâncias. No final do Século XIX, Marconi inicia seus experimentos, que darão origem ao telégrafo e, posteriormente, ao rádio. Graças a isso, as distâncias passam a ser menores, e a comunicação intensifica-se.

Marconi partiu de um princípio da Física, segundo o qual ao se emitir ondas com determinada frequência, essas se propagam no espaço, podendo ser captadas por outro aparelho sintonizado na mesma frequência.

Hoje, os experimentos de Marconi pertencem à História e seus equipamentos são peças de museu, frente a toda a tecnologia desenvolvida desde então.

Porém, ainda podemos tecer valiosas reflexões a respeito desses seus estudos e descobertas. Nossa mente atua, sempre, como uma grande usina geradora de ondas, com frequências peculiares. A natureza do nosso pensar e sentir gera a qualidade da emissão, daquilo que emitimos e exteriorizamos em forma de pensamento.

Como as ondas de rádio, invisíveis e imperceptíveis para nós, assim são nossos pensamentos. Não percebemos de imediato e nem visualizamos o que emitimos, mas nosso pensar está sempre gerando o ambiente, a psicosfera em torno de nós mesmos.

Assim é que pessoas otimistas vivem em uma frequência, em uma ambiência mais salutar do que as pessoas pessimistas. Alguém sempre amoroso, carinhoso, compreensivo, terá em torno de si as qualidades relativas à natureza desses sentimentos.

Por sua vez, quem seja amargo, intolerante, impaciente gerará, para sua própria vivência, um ambiente mais tormentoso e difícil.

Assim, cuidar dos pensamentos é tarefa de urgente necessidade, mas, muitas vezes relegada, quando não esquecida ou desconhecida. Somos o resultado do que pensamos, sentimos e agimos, direta e indiretamente.

Portanto, será sempre mais proveitoso buscarmos a reflexão otimista ao pensamento pessimista, a análise compreensiva ao julgamento crítico, o bem pensar ao julgamento severo.

Não é alienar-se do mundo, ou vê-lo de maneira ingênua ou parcial.

É a opção por viver no mundo, enfrentando seus desafios e lutas, com ferramentas diferentes, que serão mais valiosas e eficazes, nos proporcionando, ademais, saúde e bem-estar.

Dessa forma, vigiar nosso pensar no dia a dia, será sempre ação benéfica para nós mesmos.

Ao optarmos pela vigilância da nossa casa mental, nos proporcionamos a oportunidade de abandonar o medo, a insegurança, as angústias. E abraçarmos o bem, o bom e a confiança em Deus.

Atentemos para a recomendação de Jesus de orarmos e vigiarmos, entendendo que o Amigo Divino nos convida a vigiarmos nosso pensar e a utilizarmos a oração como ferramenta de apoio e reestruturação mental.

O pensamento é força vital gravitando no Universo. Fonte poderosa, pode verter luz pacificadora ou se transformar em cachoeira destruidora. 

 

Pensemos nisso.



[1] Livro “psicosfera, reflexões, espiritismo e ciência” - Cícero Marcos Teiteira.

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