Tom Simões
Sua liberação começa no parto,
segue durante a amamentação e é fundamental para os relacionamentos pessoais
como um todo. O baixo índice de ocitocina no organismo pode originar
transtornos como depressão, estresse, desmotivação, ansiedade e rejeição. Daí a
importância das boas ações. A pessoa que não seja capaz de sair, de se envolver
com pessoas ou causas que tenham sentido, reduz significativamente sua
qualidade de vida. Portanto, alimente ocitocina no seu cérebro!
A vida traz sempre lições
oportunas. Aos atentos! Enquanto isso, um montão de gente desperdiça um tempo
danado pesquisando emojis para compartilhar na rede social... Só não evoluem os
preguiçosos. Nesse sentido, é bom lembrar o célebre pensamento de Sócrates: “Só
é útil o conhecimento que nos torna melhores”.
Ocitocina (ou oxitocina): quem já ouviu falar? Eu, assistindo
recentemente ao vídeo https://www.youtube.com/watch?v=jeOfQ_TIURg,
“Ocitocina: hormônio do amor, prazer, vida”. Foi essa lição que me inspirou a
produzir este artigo. Se possível, eu gostaria que o leitor assistisse também,
antes de prosseguir a leitura do texto. É um vídeo curto e envolvente.
Certamente com base nessa apresentação o assunto provocará maior curiosidade.
O vídeo tem como base
pesquisadores que comprovaram que, quando a gente pratica um ato de serviço
desinteressado, libera ocitocina no corpo, na hora. A pesquisa foi além: quem
recebe o ato de serviço desinteressado também libera ocitocina em seu corpo. E mais ainda: quem assiste o ato também!
Quem proporcionou a experiência recebe mais do que todos.
A liberação do hormônio ocitocina
(ou oxitocina) começa no parto, segue durante a amamentação e tem o efeito
especial de criar ou fortalecer laços de proximidade entre as pessoas. Esse
neurotransmissor natural também está envolvido em outras sensações de carinho e
afeto, como acariciar um animal de estimação. Consta ainda que a oxitocina
melhora de maneira significativa o desempenho sexual masculino; ao contrário dos
medicamentos contra disfunção erétil ‒ que só melhoram o desempenho sexual,
esse hormônio pode ajudar a melhorar esse quesito. A ocitocina é produzida
naturalmente pelo corpo humano tanto em homens quanto mulheres, e tem relação
com o sentimento de confiança e autoconfiança. Algumas pessoas dizem que a
felicidade está nas pequenas coisas, mas é possível que este seja o momento da
história com o maior número de pessoas depressivas.
O nosso corpo é uma máquina
perfeita. Embora existam desequilíbrios químicos, é possível, por exemplo,
combater a tristeza com as ferramentas que o próprio organismo oferece.
Abraços, caridade, meditação, exercícios físicos, dança e gratidão são apenas
algumas maneiras de produzir os hormônios da felicidade.
Eu sou uma pessoa naturalmente
generosa. E desconhecia essa reação química do amor incondicional. Tenho
profunda sensibilidade com moradores em situação de rua. Costumo beneficiar um
e outro com certa frequência. Como também oferecer alimentação a funcionários
do prédio onde resido. Os moradores de condomínios desconhecem ter vezes que um
trabalhador não pode comer, por dificuldade financeira.
É difícil definir a sensação de
preenchimento de quem tem o hábito da doação incondicional. O beneficiário é
sempre muito grato, mas nessa história toda é o doador que experimenta a
genuína felicidade, que vem da alegria de atos bem feitos, da satisfação de
superar a normalidade por uma boa causa.
Viktor Frankl foi um
neuropsiquiatra austríaco e fundador da escola de Logoterapia, que explora o
sentido existencial do indivíduo e a dimensão espiritual. A ele se deve uma
abordagem psicológica que se concentra no sentido da existência humana, bem
como na busca da pessoa por esse sentido. Para Frankl, a felicidade não é algo
que deve ser buscado ou perseguido, porque ela é tão somente uma consequência
da realização do sentido da vida.
Frankl acreditava que o caminho
concreto para a realização do ser humano e a consequente felicidade, a “paz
espiritual”, está na autotranscendência. O que deve ser visado é uma causa ou
uma pessoa; dedicando-se a uma causa ou a outras pessoas, mais essa pessoa pode
experimentar a plenitude. A nossa existência sempre se refere a algo ou a
alguém e não a si mesmo. Isso significa que é preciso ter um objetivo a ser alcançado
na vida e uma causa pela qual possamos sair de nós mesmos e ir além, expandindo
continuamente nossos limites pessoais. A pessoa incapaz de sair de si mesmo
para se envolver com pessoas ou causas que tenham sentido, reduz
significativamente sua qualidade de vida. A autotranscendência está na essência
do ser humano.
“Eu interferindo no
mundo[2]”
São várias as possibilidades de
prazer geradas pelos hormônios mais conhecidos como o “quarteto da
“felicidade”: endorfina, dopamina, serotonina e ocitocina. Esses hormônios
estão sempre ativos no nosso organismo. São substâncias químicas produzidas
pelo cérebro e essenciais ao desempenho de diversas funções físicas e
psicológicas, que também estão relacionadas a sensações de motivação, alegria e
bem-estar geral. Se o quarteto se desequilibra, o corpo pode reagir com
insônia, estresse, aumento de peso e, claro, mau humor.
Ainda conhecida como “hormônio
do abraço” e “hormônio dos vínculos emocionais”, a ocitocina é considerada a
líder do “quarteto da felicidade”, por ser essencial para estimular a produção
das outras três substâncias fisiológicas ligadas ao prazer.
Por todas essas
razões, a ocitocina é citada também como o “hormônio do amor e do vínculo
familiar”, embora estejamos longe de poder afirmar isso nos seres humanos, onde
os relacionamentos de casais, por dependerem de muitos fatores, são muito mais
complexo, explica Ignácio Morgado Bernal[3].
A ocitocina tem importante papel
na criação de vínculo e no relaxamento. Ser generoso, honesto e ter compaixão é
capaz de aumentar os níveis de ocitocina na circulação sanguínea, pois o
cérebro interpreta essas atitudes como formas de inspirar confiança e boas
sensações. Ela promove confiança, empatia, memórias positivas, estabilização
emocional, bem-estar, relaxamento, brandura, acolhimento e produção de leite,
em caso de amamentação.
Esse hormônio é produzido naturalmente pelo corpo quando a
pessoa está relaxada e se sente segura, mas é possível estimular e aumentar sua
produção através do contato físico por abraços e massagem, contato sexual e
atividades como canto e leitura, além da prática da generosidade e alimentação
saudável. O baixo índice de ocitocina no organismo pode originar transtornos
como depressão, estresse, desmotivação, ansiedade e rejeição. Um indivíduo
quando excluído ou rejeitado por seu grupo, ou que não participe de interações
sociais por longos períodos, fica mais sujeito a transtornos físicos e
sobretudo mentais. Os níveis desse hormônio são diminuídos pelo isolamento ou
solidão, como também com a idade, pois as células que produzem a ocitocina se
tornam menos sensíveis a estímulos. Daí a importância de estimulá-las, através
de ações solidárias, por exemplo.
Males e mitos
Segundo o professor Ignacio
Morgado:
Temos de ser muito
cautelosos na hora de avaliar os efeitos e funções da ocitocina. Não há dúvida
de que é um hormônio pró-social, isto é, um hormônio que contribui, embora de
modo ainda muito desconhecido, para estabelecer ou fortalecer os vínculos entre
as pessoas, não necessariamente de natureza sexual. Mas seria uma simplificação
e um erro considerar que ele sozinho é o responsável por esses vínculos em um
cérebro em que coexiste uma multitude de substâncias químicas, muitas delas
também hormônios ou neurotransmissores, que interagem de forma complexa para
gerar os sentimentos e o comportamento das pessoas. São muitos os fatores que
influenciam as interações e os vínculos sociais humanos para simplificá-los em
um hormônio.
Talvez, como cita o professor
Ignacio, o que a ocitocina faz, mais do que criar vínculos afetivos ou nos
tornar pessoas melhores, seja potencializar os sentimentos que já temos.
Fonte: Espiritismo na Rede
Fontes Consultadas:
https://www.ecycle.com.br/ocitocina/, Entenda o que
é ocitocina e sua função.
https://www.unimed.coop.br/web/cabofrio/noticias/os-hormonios-da-felicidade, Os hormônios
da felicidade, maio 2019
https://brasil.elpais.com/ciencia/2020-02-14/a-ocitocina-e-o-hormonio-do-amor.html, A ocitocina é
o hormônio do amor?, fevereiro 2020
https://www.tuasaude.com/ocitocina-na-mulher/, 5 formas de
aumentar a ocitocina naturalmente, outubro 2020
https://site.veritacare.com.br/2020/11/15/estimule-a-quimica-da-felicidade/ Estimule a
química da felicidade, novembro 2020
https://www.estimulacaoneurologica.com.br/a-acao-do-hormonio-bioidentico-oxitocina-e-o-sistema-nervoso-central/, A ação do
hormônio bioidêntico oxitocina e o sistema nervoso central, março 2021
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/04/viagra-natural-inalado-melhora-desempenho-sexual-diz-estudo.html, 'Viagra
natural' inalado melhora desempenho sexual, diz estudo, abril 2012
https://formacao.cancaonova.com/atualidade/comportamento/como-podemos-encontrar-verdadeira-felicidade/ Como podemos encontrar a verdadeira
felicidade?
Nenhum comentário:
Postar um comentário