Adriana Machado
Quem de nós se preocupa em
analisar os pensamentos que têm?
Falamos na semana passada, sobre
os pensamentos reflexos e sobre os nossos outros pensamentos que acompanham
esses primeiros.
Agora, gostaria de tratar com
vocês, sem esgotar o assunto, sobre os pensamentos que recepcionamos em razão
de nossas sintonias com o mundo exterior.
Se temos dificuldades de nos
flagrar em nossos próprios pensamentos, imaginem os que nos chegam e são
abraçados por nós?!
Na maioria das vezes,
acreditamos que tudo o que está em nossa mente é nosso, mas a verdade não é bem
assim. Somos energia! Somos seres que vibram e nos sintonizamos com tudo aquilo
que está ao nosso redor. Fica bem claro entendermos essa verdade quando nos
deparamos com o funcionamento da teia da aranha. Onde estivermos, se nos
mexermos, toda a teia sente a vibração e a aranha saberá onde é o ponto de origem
daquele balanço. Da mesma forma, basta somente existirmos para que estejamos
transmutando, trocando energias com o meio ao nosso redor.
Outro exemplo é quando escutamos
um som muito alto. Qual a sensação que ele nos traz em nosso corpo? Podemos
estar perto ou um pouco mais longe e adorar ou não a música, e teremos reações
das mais variadas face a vibração emanada por aqueles alto falantes: coração
taquicárdico, dores de cabeça, euforia, incômodos... Inclusive, até uma pessoa
surda é capaz de sentir essas mesmas sensações face a vibração do som que se
propaga no ar.
Também é assim conosco no que se
refere a interferências do plano espiritual. Sentimos, uns mais outros menos, a
harmonia e o desequilíbrio de um ambiente, simplesmente porque somos energia e,
por consequência, estamos interligados a tudo.
É importante frisar que, a
harmonia ou o desequilíbrio é construída ou sentida por nós, estejamos
encarnados ou desencarnados.
Agora, pense que você acabou de
passar por uma experiência e está reagindo a ela por meio de seus pensamentos
ou ações. Vamos dizer que o seu pensamento reflexo[2]
pode ter sido positivo ou negativo, tanto faz. Se o pensamento é caridoso ou
não, você está construindo um ambiente externo que refletirá o seu estado
interior e, neste ambiente, permanecerão os seus afins.
Para facilitar a imagem, vamos
chamar de “pomba” este pensamento que chega. Ela voa sobre a nossa cabeça. O
que faremos com ela, só depende de nós! Seja ela positiva ou negativa, podemos
lhe dar razão e deixá-la pousar. Neste momento, a pomba começará a construir o
seu ninho com o acúmulo de outros tantos pensamentos que são nossos, bem como
de outros que não são e que estão em sintonia com o nosso estado interior.
Outra postura é podermos discordar dela e espantá-la, para que não faça ninho.
Somos nós que determinaremos quais pensamentos aceitaremos em nosso templo
interior.
Qual seria a nossa melhor
atitude quando percebemos que uma pomba está ansiosa para fazer um ninho em
nosso “telhado”? Primeiro, saber que tipo de pomba ela é, porque se ela ali se
instalar, possivelmente, outras tantas a seguirão... E depois que estiverem
todas lá, mais difícil será mandá-las embora.
Neste ponto, significa que
estamos atentos às nossas próprias necessidades íntimas; estamos atentos ao
modo que desejamos vivenciar cada momento.
Quando percebemos o tipo de
pensamento que temos, compreendemos quem “estamos” naquele instante de nossa
vida e quem estaremos sempre a convidar para o nosso lado.
Muitos de nós não sabem quando
estão sofrendo alguma influenciação externa. Então, que fiquemos atentos às
“pombas” que chegam, porque, sejam quais forem as companhias que tivermos, a
responsabilidade pelas escolhas que
fizermos ante esta influenciação será nossa.
O primeiro pensamento pode
ser nosso, mas, se os demais podem ser
de outrem, cabe a cada um de nós discernir o que deseja para a sua vida.
Paz ou discórdia interior! Só
depende de quais pensamentos desejamos abraçar.
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