Fátima Moura
Bullying, termo inglês que
significa implicar, maltratar, brutalizar descreve o ato de violência física ou
psicológica intencionais e repetitivas contra um indivíduo ou um grupo.
Nas escolas, o bullying cresce
vertiginosamente e, segundo relatos dos profissionais de educação, já toma
lugar à frente das drogas, causando grandes transtornos as vítimas dessa brutalização.
Como fatores mais frequentes
para essa conduta, podemos mencionar: insegurança, desejo de chamar a atenção
sobre si mesmo, busca de poder no grupo a que pertence, segregação racial e
social, dentre outros motivos.
O espírito Emmanuel, através da
mediunidade de Chico Xavier nos alerta:
Muitas vezes, o
agressor é apenas um doente, mais necessitado de medicina do que de punição.
A palavra espiritual é altamente
esclarecedora. A ausência de crenças e de valores voltados para o cultivo do
espírito, falta de limites e de educação moral, valorização demasiada das
coisas materiais, desencadeia no jovem ou na criança dotada de tais atitudes de
desregramento, o papel do vilão agressor, daquele que precisa ofender, humilhar
para se sentir melhor ou em condição superior aos demais.
O cyberbullying envolve o uso de
tecnologias da informação e da comunicação. As agressões são feitas através de
e-mails, celulares, mensagens instantâneas, salas de bate-papo, sites
difamatórios, enquetes pessoais com fins pejorativos colocados online,
produzidos individualmente ou em grupos, causando muitas vezes danos
irreversíveis como nos mostra o numero de suicídios de jovens que não tiveram
oportunidade de receber ajuda através de grupos de apoio.
As redes sociais são um ambiente
propício à prática desastrosa do bullying digital. Muitas pessoas a fim de
buscar uma maior inserção em um determinado grupo, de adquirir um “sentimento
de pertença”, acabam se expondo mais do que deveriam, fragilizando sentimentos
e emoções que muitas vezes inviabilizam os mecanismos de reação e/ou defesa por
parte das vítimas, ainda mais se tratando de jovens ou adolescentes.
Bastante divulgado nas redes
sociais, o caso da adolescente canadense Amanda Todd, de 15 anos de idade,
chocou a opinião pública. A jovem cometeu suicídio depois de publicar um vídeo
pedindo ajuda e denunciando que estava sendo vítima de cyberbullying no
Facebook
No estado do Colorado, Estados
Unidos, no ano de 1999, dois de seus ex-alunos invadiram uma escola matando
colegas e professores contabilizando um total de 23 feridos.
Em Realengo, Zona Oeste Carioca,
um jovem atirou em vários alunos da escola onde havia estudado, para se vingar
dos maus tratos sofridos enquanto estudante, gerando uma situação lamentável.
Jovem, tudo começa em nós. Como
viajantes do bem a caminho da luz, busquemos como valores maiores o bom senso e
a compaixão, a retidão de atitudes e a firmeza de caráter, que não esperam
recompensa, mas cuja grandeza está em bastar-se a si mesmo.
Estejamos atentos! Oremos pelos
desregrados sociais mas, acima de tudo, eduquemos a nós mesmos, a fim de
pacificarmos a nossa convivência interpessoal.
Fonte: Correio Fraterno
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