Nasceu no dia 20 de Julho de
1877, na vila e freguesia de Espinhal, conselho de Penela, distrito de Coimbra,
regressando à Pátria Espiritual com 82 anos, no dia 3 de Março de 1958, na
cidade de Lisboa.
Diz-se do Mundo Espiritual, que
o Dr. António Joaquim Freire, foi o grande impulsionador do movimento espírita
português e, presentemente, um dos seus diretores e responsáveis espirituais,
pela evidente vivacidade e seu extraordinário dinamismo.
Médico, escritor e jornalista,
formou-se em Medicina, obtendo também o curso de Medicina Sanitária, pela
prestigiada "Universidade de Coimbra". Sendo um dos fundadores da
Federação Espírita Portuguesa, um distinto membro, onde exerceu a função de
primeiro vice-presidente, da primeira direção eleita, em 31 de Julho de 1926,
para um quadriênio. Quem o escutasse, nas suas múltiplas conferências,
verificava que era uma pessoa muito ilustre. Escreveu obras notáveis sobre o
Espiritismo, algumas reeditadas no Brasil, na Argentina e também em Portugal.
Vitimado por uma broncopneumonia que lhe provocara uma síncope cardíaca
fulminante. Discordante declarado da República, foi preso em Maio de 1911,
permanecendo nos calabouços, da famosa prisão - A Trafaria. Em Março de 1912,
fugiu de Portugal, passando por diversos países. Estabelecendo-se finalmente,
na Argentina em 1913. Regressando a Portugal em Outubro de 1917.
António J. Freire partilhou a
direção da "Revista de Espiritismo" com o Dr. Afonso Acácio Martins
Velho (advogado e escritor), Prof. Dr. Adolfo Sena da Faculdade de Ciências da
Universidade de Lisboa e Dr. António Lobo Vilela, (matemático e escritor),
tendo como secretário da redação o jornalista Pedro Cardia. Dr. Alberto Zagalo
Fernandes (ex-presidente da Associação Acadêmica de Lisboa), e José Neves
completavam essa equipe. Esse periódico bimestral, tinha 40 páginas, sendo
muito conceituado internacionalmente. Presentemente a revista voltou à
tipografia em 1994, revelando-se um elo importante de religação com esse
passado ilustre que a ditadura fascista repressora reduziu à estaca zero.
Legou-nos obras como: À Margem
do Espiritismo, A Alma Humana, A Energia Mental e as Formas-Pensamento,
Animismo e Espiritismo, Ciência e Espiritismo, Da Evolução do Espiritismo, Da
Fraude do Espiritismo Experimental ou Comentários a uma Pastoral.
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