segunda-feira, 19 de outubro de 2020

ANTÓNIO JOAQUIM FREIRE[1]

 


 

Nasceu no dia 20 de Julho de 1877, na vila e freguesia de Espinhal, conselho de Penela, distrito de Coimbra, regressando à Pátria Espiritual com 82 anos, no dia 3 de Março de 1958, na cidade de Lisboa.

Diz-se do Mundo Espiritual, que o Dr. António Joaquim Freire, foi o grande impulsionador do movimento espírita português e, presentemente, um dos seus diretores e responsáveis espirituais, pela evidente vivacidade e seu extraordinário dinamismo.

Médico, escritor e jornalista, formou-se em Medicina, obtendo também o curso de Medicina Sanitária, pela prestigiada "Universidade de Coimbra". Sendo um dos fundadores da Federação Espírita Portuguesa, um distinto membro, onde exerceu a função de primeiro vice-presidente, da primeira direção eleita, em 31 de Julho de 1926, para um quadriênio. Quem o escutasse, nas suas múltiplas conferências, verificava que era uma pessoa muito ilustre. Escreveu obras notáveis sobre o Espiritismo, algumas reeditadas no Brasil, na Argentina e também em Portugal. Vitimado por uma broncopneumonia que lhe provocara uma síncope cardíaca fulminante. Discordante declarado da República, foi preso em Maio de 1911, permanecendo nos calabouços, da famosa prisão - A Trafaria. Em Março de 1912, fugiu de Portugal, passando por diversos países. Estabelecendo-se finalmente, na Argentina em 1913. Regressando a Portugal em Outubro de 1917.

António J. Freire partilhou a direção da "Revista de Espiritismo" com o Dr. Afonso Acácio Martins Velho (advogado e escritor), Prof. Dr. Adolfo Sena da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e Dr. António Lobo Vilela, (matemático e escritor), tendo como secretário da redação o jornalista Pedro Cardia. Dr. Alberto Zagalo Fernandes (ex-presidente da Associação Acadêmica de Lisboa), e José Neves completavam essa equipe. Esse periódico bimestral, tinha 40 páginas, sendo muito conceituado internacionalmente. Presentemente a revista voltou à tipografia em 1994, revelando-se um elo importante de religação com esse passado ilustre que a ditadura fascista repressora reduziu à estaca zero.

Legou-nos obras como: À Margem do Espiritismo, A Alma Humana, A Energia Mental e as Formas-Pensamento, Animismo e Espiritismo, Ciência e Espiritismo, Da Evolução do Espiritismo, Da Fraude do Espiritismo Experimental ou Comentários a uma Pastoral.

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