Quem já desenvolveu algum tipo
de trabalho voluntário sabe o quanto é difícil conseguir que os companheiros
persistam na tarefa e não a abandonem.
Existem as desculpas mais frequentes
para desistir-se de qualquer empreitada.
Poderíamos relacionar as cinco
mais comuns.
Primeira: "não tenho tempo".
Essa é uma das frases mais
ouvidas nos dias atuais.
As pessoas correm de um lado
para o outro, todos os dias.
Dividem seu tempo entre o
trabalho, o estudo, o lazer, e mais uma infinidade de atividades.
Porém, há coisas que não valem a
pena.
Muitas vezes desperdiçamos
minutos valiosos em atividades ou em programas que se revelam, mais tarde,
lamentáveis equívocos. Então, na verdade, o que sofremos não é a "falta de
tempo", mas sim a dificuldade de priorizar tarefas e de utilizar de modo
razoável e útil as horas de que dispomos.
Segunda: "não sei fazer".
Há pessoas que não sabem
realizar determinadas tarefas e não têm o menor interesse em aprendê-las.
Há quem diga: "não sei e
tenho raiva de quem sabe".
Em outras palavras, não querem a
responsabilidade de saber para se esconder na ignorância e na incapacidade
voluntária de realizar qualquer atividade diferente.
Trata-se de uma omissão
deliberada, negando-se a buscar um objetivo nobre.
Na visão evangélica, são pessoas
que "enterram seus talentos" e que nada produzem de bom.
Terceira: "não tenho saúde".
Pequenas indisposições costumam
servir de desculpas para o afastamento das mais singelas atividades.
Porém, não são suficientemente
graves para impedir que a mesma pessoa deixe de buscar prazeres e lazeres dos
mais variados, na mesma ocasião.
Ou seja: só não se está bem o
suficiente para trabalhar, porque não há motivos reais para recusar as ofertas
fúteis e vazias do mundo.
Quarta: "tenho medo".
Nessa situação, a frase mais
comum é: "quem sou eu para fazer isso?"
Mais do que falsa modéstia, a
pessoa que costuma valer-se de tal argumento, na verdade, quer eximir-se de
novas atribuições.
É muito cômodo alegar o receio
de errar.
Ora, não podemos esquecer que só
erra quem faz.
Aquele que nada realiza
equivoca-se apenas por omitir-se, por deixar de realizar.
No entanto, é melhor correr o
risco de errar, produzindo algo de bom, do que simplesmente lavar as mãos e não
errar nunca, mas também nada fazer.
Quinta: "outra pessoa vai fazer
isso".
Muitos cruzam os braços na
certeza de que a tarefa será levada a cabo por outras pessoas.
Na verdade, boa parte das
tarefas efetivamente poderá ser realizada sem o auxílio, sem a participação
daqueles.
No entanto, sendo cada pessoa
única, o resultado que se obtém em cada obra pode ser diferente.
Além disso, na maioria das
vezes, a tarefa não precisa deles, mais sim são eles próprios que precisam
dessa oportunidade para aprender e para se desenvolver.
*
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O trabalho no bem é uma oportunidade
abençoada que não deve jamais ser retardada ou abandonada, sob pena de
prejudicar a evolução do próprio trabalhador envolvido.
Evite desculpas vãs.
Busque o trabalho, realize e
cresça.
Equipe de Redação do Momento Espírita
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