Jorge Hessen
É inquietante a invasão de
falsos médiuns , especialistas nas fraudes “mediúnicas”, “psicografando”
supostas cartas do além, valendo-se financeiramente da venda de livrescos de
sua autoria. A armadilha da traiçoeira “mediunidade” para eventual “contato com
falecidos” tem sido montada nos shows públicos dos ambientes espíritas
(infelizmente!).
Tais estelionatários inventam
seitas sob “inspiração” de imaginários espíritos que trazem nomes de notórias
“santas e padroeiras”. Em torno desses falsários se promovem excursões
(romarias) para que enlutados acompanhem o charlatão até às cidades em que são
convidados para fazerem espetáculo de falsas psicografias.
São charlatões mediúnicos que
utilizam do poderoso argumento da “psicografia” para enganar os ignorantes,
especialmente os emocionalmente mais vulneráveis. São falsos médiuns que
alferem vantagens pessoais, alimentando a fama entre os idólatras (“inocentes
úteis”). Embolsam dinheiro com a venda de livrescos superlotados de ilusões.
São dissimulados e abiscoitam doações para “seus pobrezinhos”, obtendo tudo
justamente nas ocasiões em que as pessoas se encontram psicologicamente
torturadas pelo luto.
Tais falsos médiuns encontram
nas redes sociais da internet extensa coletânea de dados pessoais dos
desencarnados e seus familiares. As informações virtuais são matérias primas
para que os falsários memorizem ou improvisem “colas” taticamente escamoteadas
durante a sessão da “mediúnica”.
Sugerimos aos familiares checar
nas redes sociais os detalhes das informações contidas nas falsas cartas
psicografadas e verificarão a fraude.
É exatamente isso. Na internet
os falsos médiuns colhem inúmeros subsídios de dados pessoais, consultando
Facebook, WhatsApp, YouTube, Instagram, Twitter, LinkedIn, Pinterest, Google+
(do falecido e familiares) que servirão de roteiro para a construção da falsa
carta do “além”.
Ambicionando persuadir suas
vítimas, tais falsários fazem constar determinadas frases padronizadas e
repetitivas nas falsas cartas “psicografadas”, sempre com termos genéricos,
tendo em vista iludir o enlutado, sobretudo citando número de telefone, CPF,
endereço, nome do cemitério do sepultamento, nome da igreja da missa de sétimo
dia, time de coração do falecido entre outras tapeações. Ressalte-se que quando
há autenticidade “nas cartas psicográficas”, como sucedia com Chico Xavier , as
autorias espirituais eram comprovadamente de parentes falecidos e raramente
estes informavam número de telefones e os bizarríssimos números de CPF’s.
Se houver uma adequada
investigação policial esses falsos médiuns poderão ser descobertos em face das
aquisições de bens incompatíveis para um desempregado. Sabe-se que tais
falsários mediúnicos têm construído um razoável patrimônio material por meio
dos recursos financeiros advindos de microempresas (editoras) e distribuidoras
de alfarrábios literários contidos nos livrescos entupidos de escombros
místicos. Destarte, tais “microempresários” charlatões vão comprando
apartamentos , móveis e até carros novos.
As lideranças espíritas do Brasil
(palestrantes e alguns presidentes de federações) não ignoram tais tramoias
mediúnicas e a maioria vem se solidarizando com as vítimas das fraudes e
apoiando os médiuns honrados através de um ABAIXO ASSINADO.
Estranhamos porque a mística
“FEB” não se dispõe alertar o MEB sobre o fato. Na verdade, não se percebe
qualquer solidariedade do “mainstream” e dos endeusados figurões (vendilhões)
em apoio moral às mães ludibriadas e aos médiuns sérios. Cremos que esse
manifesto poderia comprometer a venda dos livros dos oradores que mais se
parecem com os “camelôs ambulantes”.
O subdesenvolvido movimento
espírita brasileiro vem exportando tais falsos médiuns para alguns países da
Europa. Os protagonistas “médiuns” das falsas cartas do além, já conquistaram
Portugal com a conivência e cumplicidade de algumas lideranças lusitanas
(inocentes úteis) e obviamente vem comprometendo o pujante trabalho doutrinário
efetivado pelos sinceros irmãos portugueses.
Observação importante:
Ressalve-se que nem todos os médiuns utilizam prática mediúnica de má-fé em
suas atividades. Caracterizamos médiuns honestos que produzem bons trabalhos
psicográficos para conforto dos parentes enlutados. Porém destaque-se que esses
médiuns sérios aceitam participar de qualquer pesquisa para atestar a
autenticidade dos fenômenos dos quais são portadores , os charlatões jamais
aceitaram. Por isso, é importante separar o joio do trigo. Pelo histórico moral
dos médiuns constataremos a fidedignidade das suas intenções.
Fonte: A Luz na Mente
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