Jorge Hessen - jorgehessen@gmail.com
Brasília/DF
Há instituições filantrópicas exigindo e
cobrando atualmente por “direitos autorais” dos conteúdos e imagens de alguns
ilustres figurões palestrantes “espíritas” que estavam sendo exibidos nalgumas
tv’s (GRATUITAS) da Internet, razão pelo qual tais canais (GRATUITOS) correm o
risco de encerramento das atividades. Isto é uma vergonha! Como diria Boris
Casoy.
Alegam que o pretexto da ação
(cobrança dos direitos autorais), tem sido o uso INADEQUADO de conteúdos dos
venerados oradores para arrecadação de dinheiro e monetização no YouTube. Isto
motivou a denúncia e a ação extrajudicial contra os canais (GRATUITOS). Pois
que algumas das práticas de tais canais estariam ferindo o direito autoral.
Ora, cremos que a divulgação das
ideias espíritas através das tv’s (GRATUITAS) não pode ficar condicionada à
questão dos “direitos autorais”. Infelizmente esses portais têm esbarrado com a
avareza dos vendilhões, que sob o jargão da suposta destinação dos lucros
financeiros para obras filantrópicas, elevam a bandeira do famoso “direito
autoral”, promovendo ameaças ridículas e antidoutrinárias através de
intimidações extrajudiciais. (Pasmem!)
O movimento espírita
transformou-se num balcão de negócios lucrativos, onde se comercializa (vídeos
de palestras na internet por assinaturas), livros doutrinários, CDs, DVDs,
refletindo a cobiça de compulsivos de alguns líderes vendilhões “espíritas”.
Será que tal mesquinhez alcançará os Centros Espíritas? Será que algum dia, em
nome dos “direitos autorais”, os vendilhões “espíritas” impetrarão mandados
extrajudiciais proibindo exibição de vídeos das palestras dos
"ban-ban-bans" e / ou os empréstimos de livros contidos nas
bibliotecas das humildes Casas Espíritas?
É urgente reconhecer que o mundo
virtual tem sido admirável veículo de disseminação dos conteúdos revelados pelo
mundo espiritual. Além disso, tem facilitado a democratização da apropriação do
conhecimento espírita e a inserção social dos espíritas mais pobres. É
inaceitável a proibição das reproduções (GRATUITAS) da mensagem espírita pela
Internet para fins específicos de informações e estudos. A Terceira Revelação
não pode demorar-se à mercê dos vendilhões e nem dos ridículos interesses do
mundo material.
Sem ferir os princípios da ética
e do respeito aos “direitos autorais”, cremos que os vendilhões “espíritas”
deveriam estimular e apoiar os divulgadores dos portais [Tv’s (GRATUITAS) e
bibliotecas espíritas virtuais] para o exercício do pleno direito da divulgação
gratuita dos princípios doutrinários. Até porque, inevitavelmente diversas
mensagens (áudios, livros e vídeos) já foram e continuarão sendo publicados
pelas redes sociais, e atualmente se encontram dispersos e disponíveis através
da rede mundial de computadores, sendo inexecutável o controle jurídico desse cenário.
Em que pese existirem muitos
espíritas excluídos do ambiente virtual, sobretudo aqueles mais pobres, que não
possuem computador / internet, e os menos afeitos às tecnologias novas, a
Doutrina dos Espíritos tem um colossal papel social e em tempo de Internet é um
absurdo a exclusão dos acessos virtuais gratuitos para um enorme número de
espíritas que não podem pagar inclusive para participarem dos festivos e
luxuosos congressos espíritas e ou comprarem livros psicografados caríssimos.
Onde está o limite dessa
exploração comercial da mensagem espírita? Cremos que o Espiritismo não assenta
com interesses comerciais e a publicação das mensagens do mundo espiritual não
pode ser objeto de lucro financeiro, apenas moral. Isso não faz o menor
sentido, já que na espiritualidade não precisamos desse artifício do mundo
material, que tanto corrompe o homem encarnado.
Entendemos que é uma improbidade
falar em direitos autorais quando se trata de uma mensagem espírita. O autor de
uma mensagem espírita deveria dispensar o negócio doutrinário, pois não precisa
dele. Seu objetivo (mensagens espíritas) são a elevação e a educação, fatores
essenciais à nossa evolução, e não há como colocar preço nisso.
Uma instituição espírita, por
mais briosa que seja, por mais filantrópica consistam em as suas atividades,
seu interesse não pode sobrepor aos objetivos doutrinários da divulgação
correta e honesta do Espiritismo, sobretudo através da Internet, que pode
proporcionar consolação aos corações e mentes atormentados.
Sabemos que urge encontrar-se um
caminho apropriado de financiamento das ações espíritas nas instituições,
considerando que muitos confrades resistem em cooperar na formação de um caixa
para o trabalho de difusão, mas insistimos que o equilíbrio está no meio...nem
tanto ao mar nem tanto a terra. Até porque são nossos esforços de
exemplificação de auto moralização, não nossa fama ou esplêndidas palavras na
tribuna que auxiliarão na renovação do cenário terreno.
Em nossas buscas o equilíbrio sempre, porém, urge em nosso caso a exemplificação do que pregamos, o bem pelo bem para o bem maior em prol de todos.
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