segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

José María Fernandez Colavida[1]





Pioneiro do Espiritismo espanhol. Nasceu em Tortosa, província de Tarragona, em 19 de março de 1819. Lutou nas guerras carlistas, nome que se deu a três guerras civis que tiveram lugar na Espanha, entre 1833 e 1876, e nas quais distinguiu-se por sua valentia e humanitarismo, alcançando a patente de Coronel. Em consequência de tais conflitos, emigrou para a França, onde estudou e aprendeu, com perfeição, o idioma desse país.
Ao regressar a Barcelona, contrai núpcias com Ana Campos, jovem dotada de surpreendentes faculdades mediúnicas. Conhece a Doutrina Espírita em 1860, lendo em sua versão original francesa, “Le Livre des Esprits” que lhe ofertou o capitão da marinha mercante, Ramón Lagier y Pomares.
Previamente havia conhecido e praticado o magnetismo, guiando-se pelos ensinamentos de Du Potet e outros magnetizadores franceses. A impressão que lhe causou a leitura de O Livro dos Espíritos, do Mestre Allan Kardec, peça fundamental do pensamento espírita, foi muito grande e, de imediato, começou sua tradução para o espanhol, que viria à luz pública em 1861. Assim, então, tem Colavida a honra e o mérito de ser o primeiro tradutor das obras de Kardec em idioma espanhol.
Em 1869 fundou a Revista de Estudos Psicológicos, da qual foi seu diretor e redator durante 20 anos. Criou a "Sociedade Barcelonesa Propagadora del Espiritismo" e estabeleceu na capital de Cataluña, a primeira Livraria Espírita. Dirigiu o Grupo Espírita "La Paz".
Foi designado Presidente de Honra do "Primeiro Congresso Internacional Espírita", celebrado em Barcelona, em setembro de 1888.
Têm sido altamente reconhecidos e valorizados seus estudos e práticas nos campos de hipnotismo e magnetismo. Realizou experimentos com a regressão mental, apresentando uma metodologia rigorosamente científica, de grande utilidade com evidência favorável à reencarnação, antecedendo os conhecidos trabalhos de Albert de Rochas, na França.
Por sua meritória atuação conhecem-no como o "Kardec" espanhol. Desencarnou em Barcelona, em 11 de dezembro de 1888.

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