1915(?) - 1943
Peixotinho, em Macaé-RJ, iniciou
um trabalho de orações para as vítimas da Segunda Grande Guerra. Foi então que,
de repente, chegou lá e se materializou um espírito chamado Rodolfo (nas
primeiras vezes em que psicografou mensagens, assinava "O Fuzilado"),
que contou que era de uma família legitimamente espírita, morando na Alemanha.
Ele teve que servir na guerra como oficial-médico e o pai dele, Dr. Fritz,
muito reservado, educado, severo, muito autêntico, que passou muitas ideias
humanitárias aos filhos, havia lhe dito:
‒ Matar nunca.
Ao que Rodolfo respondeu:
‒ Pai, não é isso,
vou servir como médico.
Pois bem, em certa ocasião, o Dr. Rodolfo foi chamado como
oficial para integrar um pelotão de fuzilamento. Ele, então, disse:
‒ A minha missão é
salvar, não matar.
E, de acordo com o regulamento militar, ele passou a ser
considerado criminoso, porque deixou de servir à pátria, pois a pátria pedia a
ele que matasse alguém e ele se negou. Então, disseram-lhe:
‒ Já que você não
vai executar esse homem, você vai ficar junto dele para morrer como um traidor.
E ele foi fuzilado na mesma hora. A essa altura,
manifestou-se (espiritualmente) ao pai e disse:
‒ Pai, já estou na
outra dimensão da vida. Cumpri a palavra empenhada: não matei, preferi morrer.
Para que não continuasse no
ambiente de guerra, foi amparado espiritualmente aqui, no Grupo Espírita Pedro
(Macaé-RJ). Peixotinho, por ter sido militar, em razão justa, como espírita,
tinha esse trabalho de preces em benefício das vítimas de guerra e pela paz. E
esses fatos se deram no auge da Segunda Guerra Mundial, quase no final.
Certo dia, Rodolfo (espírito) disse, assim, no Grupo de
Oração do Peixotinho:
‒ Orem por minha
irmã, ela está correndo perigo.
E como a voz do alemão, através da voz direta por
ectoplasmia, não era bem nítida, um sotaque carregado, a pronúncia do nome da
sua irmã não saía boa, ao invés de Scheilla, saía Ceila. Passado alguns dias
ele disse:
‒ Minha irmã acabou
de desencarnar. Foi vítima de bombardeio da aviação. Ela e meu pai
desencarnaram.
Dias depois, para agradável surpresa da equipe,
materializou-se uma jovem loura e disse:
‒ Eu sou Scheilla.
Foi muita alegria! Os irmãos
ficaram cheios de júbilos espirituais.
Tem-se notícias apenas de duas
encarnações de Scheilla: uma na França, no século XVI, e a outra na Alemanha,
onde desencarnou em 1943 (como Scheilla). Na existência francesa, chamou-se
Joana Francisca Frémiot, nascida em Dijon, a 28/01/1572 e desencarnada em
Moulins, a 13/12/1641. Ao entrar na história, ficou mais conhecida como Santa Joana
de Chantal (canonizada em 1767) ou Baronesa de Chantal. Casou-se aos 20 anos
com o barão de Chantal. Tendo muito cedo perdido seu marido, abandonou o mundo
com seus 4 filhos, partilhando o seu tempo entre as orações, as obras piedosas
e os seus deveres de mãe. Em 1604, tendo vindo pregar em Dijon, o bispo de
Genebra, S. Francisco de Salles, submeteu-se à sua direção espiritual. Fundaram
em Annecy a congregação da Visitação de Maria (1610), que contava, à data de
sua morte, com 87 conventos e, no primeiro século, com 6.500 religiosos. A
baronesa de Chantal dirigiu, como superiora, de 1612 a 1619 a casa que havia
fundado em Paris, no bairro de Santo Antônio. Em Paris, instalaram-se em
pequena casa alugada em bairro pobre. Passaram por grandes necessidades, mas a
Ordem da Visitação (de Paris) foi aumentando e superou as dificuldades. Em
1619, São Vicente de Paulo ficou como superior do Convento da Ordem da
Visitação. Santa Joana de Chantal deixou o cargo de superiora da Ordem da
Visitação e voltou a Annecy, onde ficava a casa-mãe da ordem. A Santa várias
vezes tornou a ver São Vicente de Paulo, seu confessor e diretor espiritual.
É um espírito esplendoroso pela
luz que esparge, e sua presença é notada por ondas perfumadas que imprime ao
local.
Ela era enfermeira e trabalhava
no socorro às vítimas da Segunda Guerra Mundial.
Sua morte aconteceu aos 28 anos
em decorrência do mais violento ataque aéreo em julho ou agosto de 1943, na
cidade de Hamburgo, no campo de batalha, enquanto socorria os feridos.
Depois disso, o espírito de
Scheilla vinculou-se a grupos espirituais que atuam em nome de Jesus.
A característica do seu trabalho
é na área humana, assistindo aos doentes.
Livros de Irmã Scheilla: "A
mensagem do dia" - de Scheilla para você, autor: Clayton B. Levy; "Novas
mensagens" - de Scheilla para você, Autor: Clayton B. Levy; "Materializações
Luminosas", Autor: R. A. Ranieri.
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