Nascido em Landshut, Baviera (Alemanha),
no dia 3 de abril de 1839 e desencarnado em Heiligkreuz (Tirol), no ano de
1899.
O barão Carl Du Prel foi
destacado filósofo e um dos maiores pensadores modernos, constituindo-se também
num dos mais sutis pesquisadores das coisas do Espírito.
Oficial do Exército e doutor em
filosofia pela Universidade de Tubingen, participou, juntamente com Lombroso,
Schiaparelli, Chiaia, Brofferio, Ermacora, Richet e Aksakof, das famosas
experimentações mediúnicas, realizadas em Milão, no ano de 1892.
Estudou na escola da nobreza de
Munich e no Ginásio da mesma cidade. Iniciou seus estudos na Universidade no
ano de 1858, abandonando-os logo a seguir para ingressar no Exército, a fim de
satisfazer as aspirações de seu pai, o Barão Maximiniano Du Prel. Promovido ao
posto de tenente, tomou parte em várias batalhas na Baviera. Seus conhecimentos
do idioma francês, propiciaram-lhe o encargo de comandar o campo de
concentração de Nemburg. Posteriormente abandonou a carreira militar, no posto
de capitão, no ano de 1872.
Passou o resto de sua vida em
Munich, dedicando-se primeiramente aos estudos de filosofia e estética, interessando-se
sobremaneira pelo estudo dos fenômenos espíritas.
Como decorrência dos seus
estudos de filosofia, chegou a obter o título de doutor. Colaborou assiduamente
na revista "Sphinx" e escreveu algumas obras para a "Univres
Bibliothek".
Influenciado pela filosofia de
Kant, inclinou-se, sob a orientação de Hartmann e uma aproximação entre
Schopenhauer e o Darwinismo.
A primeira edição alemã da obra
do Conde Alexander Aksakof, "Animismo e Espiritismo", refutando uma
obra do Dr. Hartmann, foi publicada sob o título "A Hipótese dos Espíritos
e seus Fantasmas". Aparentemente essa polêmica originou a conversão de Du
Prel ao Espiritismo, pois, tão logo Aksakof foi obrigado a cessar a
controvérsia, por motivo de saúde, Du Prel se encarregou de sustentá-la, contra
seu antigo mestre.
A produção bibliográfica de Du
Prel foi considerável, destacando-se as seguintes obras: "A Doutrina
Monística da Alma", "A Psicologia Mágica", "Estudos nos
Domínios das Ciências Ocultas", "O Espiritismo", "Lucidez e
Ação à Distância", "A Descoberta da Alma por meio das Ciências
Ocultas", "O Outro lado da Vida", "A Mística dos Gregos e
Romanos", "Hartmann contra Aksakof", "Sobre o Conceito de
Metafísica" e outras. O número dos livros publicados por esse notável
pesquisador ultrapassou a casa das duas dezenas.
Numa de suas obras escreveu:
"Enquanto o homem permanecer na dúvida se é uma criatura física e mortal
ou um ser metafísico imortal, não terá o direito de gabar-se da sua consciência
pessoal, nem de limitar-se a ter a morte como um salto nas trevas. Isso não
convém sobretudo a um filósofo, cujo primeiro dever, segundo Sócrates, é de
conhecer-se a si mesmo".
[1] Personagens do
Espiritismo - Antônio de Souza Lucena e Paulo Alves Godoy
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