Antigamente a doença de
Alzheimer era vulgarmente conhecida como “caduquice” e tratada como um estado
de demência progressiva. Caracterizada pela perda contínua das aptidões do
indivíduo, como extermínio da memória, dificuldade na linguagem e no pensamento,
ela afeta progressivamente as funções corticais do indivíduo, ocorrendo atrofia
do cérebro e, por isso mesmo, as funções cognitivas e motoras são deterioradas
irreversivelmente.
Embora ainda não tenha cura, o
uso de medicamentos como Rivastigmina, Galantamina ou Donepezila, junto com
terapia ocupacional (estímulos), podem auxiliar no controle dos sintomas e
retardar a sua progressão, melhorando a qualidade de vida do paciente.
A “Alzheimer” é mais comum em
idosos. No estágio inicial (leve) podem surgir sintomas como: dificuldade para
lembrar os acontecimentos mais recentes (a lembrança de situações antigas
permanece normal), dificuldade para achar o caminho de casa, não saber o dia da
semana, repetir as mesmas perguntas. Na fase moderada, a pessoa apresenta
incapacidade de fazer a higiene pessoal, anda sujo, tem dificuldade para ler e
escrever, alterações do sono, troca do dia pela noite.
Na etapa avançada o doente não
consegue memorizar nenhuma informação atual e nem antiga, não reconhece os familiares,
os amigos e locais conhecidos, nem as coisas do ambiente (agnosia), perdem a
coordenação para os mais simples movimentos úteis, como vestir uma roupa
(apraxia).
Allan Kardec não fez referência
à enfermidade, todavia cremos que o Espírito do enfermo permanece em estado
parcial de “desdobramento”, pela impossibilidade de utilizar-se do cérebro que
está em definhamento. São pessoas comprometidas com graves crimes morais de
existências passadas. Certamente a rigidez de caráter (intolerância), a culpa,
os processos obsessivos de subjugação, a depressão, o ódio e a mágoa
realimentados a longo prazo podem ser matrizes admissíveis para a ocorrência do
mal de Alzheimer.
Naturalmente, o empenho da
família em moléstias desse tipo é de elevada importância, tanto em relação à
melhoria da qualidade de vida do paciente quanto do ponto de vista das demandas
espirituais, pois seguramente o grupo familiar está coligado às “contas do
destino criadas pelo mesmo”, por isso o imperativo da reparação.
O tratamento espiritual é de
essencial importância, inclusive para a família, pois os parentes sofrem muito
com o gradual alheamento do ser querido, que passa por um processo lento, espesso,
dolorido de perda de intercâmbio cognitivo com os familiares e amigos. É como
um delongado e gradual “processo de desencarnação”.
As presumíveis causas
espirituais, como processos obsessivos e atitudes de intransigência moral,
entre outras conforme mencionamos acima, recomendam a necessidade de
ininterrupta diligência de esclarecimento espiritual, com leitura diária de
páginas evangélico-doutrinárias e frequência, se possível semanal, à casa
espírita para tratamento com passes e águas fluidificadas.
Nessas penosas conjunturas os
familiares e ou cuidadores têm a chance de desenvolver suas potencialidades
espirituais como a resignação, a tolerância, a aceitação, a vigilância
irrestrita ao enfermo, a renúncia, a submissão, o amor, que inequivocamente são
tesouros morais adquiridos pelos que se dedicarem aos portadores da doença de
Alzheimer.
Site: A Luz na Mente
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