Cairbar Schutel
O processo de reforma íntima
desgasta e fere o pundonor do encarnado, transformando-o em joguete da falência
da garbosidade de seu sentimento de superioridade, inato, natural e, por vezes,
inconsciente.
Não deixa ela de ser, por isso,
essencial e crucial na jornada por que passa o Espírito no plano físico.
Seu lado amistoso e geralmente
desconhecido é constituído da purificação do âmago do indivíduo e da
possibilidade dele sentir a felicidade tão almejada em esfera tão precária.
São os pensamentos do encarnado
que o aproximam ou o afastam de Deus, em maior ou menor grau, com maior ou
menor duração.
Quanto maior sua paz interior,
enorme a possibilidade de estar harmonizado com a Superioridade Divina; quanto
maiores forem os seus distúrbios psicológicos ou as perturbações
psicossomáticas, crescentes lhe serão as influências negativas do plano
inferior da vida.
Higidez física e mental: meta do
ser humano.
O equilíbrio é indispensável
para que o encarnado, devedor que é por natureza, enfrente os obstáculos da sua
trilha no plano físico e seja bem sucedido na sua oportunidade reencarnatória.
Para alcançar a reforma íntima,
deve o ser humano cultivar a vontade firme e consciente de que ela é o melhor
instrumento que possui para ser mais feliz e vencer tanto na caminhada material
quanto na espiritual, paralelas que são.
O livre-arbítrio é o artífice do
seu empreendimento, mestre dos seus passos, mentor do seu discernimento. Pode
ser herói ou vilão, salvador ou algoz, benéfico ou maligno.
Por isso é livre e para tal é
arbítrio. É o comando de vida entregue por Deus nas mãos de cada homem.
Lutar ou não? Essa indagação
muitos encarnados se fazem a fim de avaliar a utilidade do complexo
empreendimento da reforma íntima.
O sofrimento lhes será
inevitável, pois os seus conflitos internos estarão em ebulição e não bastará a
aparência para concretizar verdadeiramente qualquer modificação substancial.
Um dos primeiros entraves a ser
removido é a ausência ou a dormência da autocrítica. As pessoas, de um modo
geral, julgam-se isentas de avaliações ou se concedem o benefício da dúvida, o
que dificulta ou impede o reconhecimento dos seus erros e dos desvios de toda
ordem, muitas vezes a movimentá-las com frequência no cotidiano.
Não que todos os seres humanos
considerem-se perfeitos. Expressam aos outros que não o são, por certo;
intimamente, porém, acham que são menos errados que o seu vizinho, portanto,
mais perfeitos que o próximo. Aí está a chave inicial do insucesso na reforma
íntima.
A persistência do indivíduo no
descobrimento dos próprios defeitos ampliará consideravelmente o âmbito de possibilidades
de êxito. Somente quem sabe os males que possui, pode curá-los. A ignorância é
um sério entrave na renovação interior.
Forças negativas produzem
reações similares. Cultivar maus sentimentos, portanto, cria um universo
contraproducente ao encarnado.
Abrindo o coração para o bem,
estará tecendo condições para um envolvimento positivo e, com isso, surgirá a
possibilidade de ouvir críticas e estabelecer o diálogo acerca dos problemas
que cercam sua personalidade e seu modo de agir.
Após ter assimilado o processo
de autocrítica, o segundo passo será agir com sinceridade. De nada adianta
enganar-se na reforma íntima, porque se assim o fizer ela não será autêntica.
A sinceridade prevê a vontade de
ouvir críticas para poder solucionar problemas, não com o sentido de retorsão
ou revanche.
Quem critica pode estar ou não
no mesmo processo. Se estiver, sua censura será fraterna, com o objetivo de
esclarecer e não de ferir, tendo por pressuposto a mansuetude e o amor,
príncipe dos sentimentos cristãos. Caso não esteja, ainda assim, será a objeção
recebida com naturalidade e incidirá o perdão sobre aquele que não soube
expressar-se ou mesmo assacou uma inverdade.
Uma terceira dificuldade a ser
enfrentada é a bagagem secular de erros e mazelas que o Espírito traz consigo
ao longo do seu processo evolutivo. São fatores determinantes para a sua maior
ou menor resistência ao processo de reforma íntima.
Não se trata de uma desculpa,
nem de uma justificativa excludente, mas somente de mais um entrave na sua luta
por um progresso interior.
Obstáculo implacável constitui o
maior ou menor desapego aos valores cristãos. Sem fé, não há força interna que
seja capaz de levar o encarnado ao áspero combate que irá travar consigo mesmo,
visando produzir, com eficácia, a sua reforma íntima.
[1] Fundamentos da
Reforma Íntima – Psicografado por Abel
Glaser
Belíssima foto e muita apropriada para o tema. Metamorfose, transformação, fases. Assim é a reforma íntima, um processo belíssimo e intenso como o da metamorfose da borboleta.
ResponderExcluirMas é preciso ter clareza que a paz interior e a harmonização que nos aproximam do Divino, não podem ser obtidas se permanecemos na fase do casulo, protegendo-nos de sentimentos e emoções que nos completam e nos causam felicidade. O casulo precisa ser rompido e as asas liberadas. Esse processo não nos afasta da reforma íntima que temos que executar. Obrigada pelo texto e pela oportunidade de pensar à respeito do tema.
Maria marialudo05@gmail.com
Por que o sistema não aceita o meu endereço de email? marialudoO5 (zero5)
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