Equipe de Redação do Momento
Espírita
A sociedade é, em essência, heterogênea. As
pessoas possuem valores e personalidades os mais variados. Justamente por isso
a vida é repleta de embates.
Não é muito simples a vivência
harmônica entre seres com visões distintas do mundo.
O convívio pacífico com o
diferente pressupõe maturidade espiritual. Essa maturidade revela-se das mais
diferentes e inusitadas formas. Ela é demonstrada por quem silencia em face de
uma ofensa. Afinal, o ofensor muitas vezes acredita estar agindo de modo
correto.
A maturidade também se faz
presente quando uma pessoa releva os equívocos de outra. Em suma, a maturidade
espiritual de alguém evidencia-se pelo seu nível de tolerância e compaixão.
O convívio forçado com criaturas
de diferentes hábitos possui o condão de desenvolver essas virtudes. Como é
cansativo viver em estado de beligerância, as pessoas gradualmente vão
aprendendo a ceder, em nome da própria paz.
Por ser a terra uma escola,
somos naturalmente colocados no ambiente mais propício para corrigirmos nossas
deficiências. Do mesmo modo, as lições que nela recebemos guardam relação com
nossa necessidade de aprendizado.
Assim, quanto mais defeitos
tivermos, tanto mais dificuldades enfrentaremos. Na verdade, todo vício sempre
carrega consigo o sofrimento.
Tome-se, por exemplo, o orgulho.
Em face da mesma situação
vexatória, alguém humilde não experimenta qualquer desconforto, ao passo que um
orgulhoso sofre grande tortura moral.
Conclui-se que, quanto maior o
orgulho, maior será a ofensa. E quanto maior a ofensa, maior será o sofrimento.
O mesmo ocorre com a vaidade.
A criatura vaidosa acredita que
o mundo lhe deve deferências. Ela espera ser distinguida em todos os setores de
sua vida.
Como isso nem sempre se dá,
sofre intensamente com o que considera uma injustiça.
Caso fosse mais simples e
despretensiosa, não experimentaria esse desconforto. As fissuras morais tornam
o viver muito pesado.
Perceba-se a energia que o
vaidoso e o orgulhoso desperdiçam cuidando para que a própria importância não
passe despercebida aos demais.
A simples pretensão desmedida
dessa importância já infelicita a criatura e é um peso a ser suportado. Imagine-se
o quanto inevitavelmente sofre alguém muito vaidoso ou orgulhoso.
Isso ocorre com todos os vícios
e paixões.
A ganância constitui uma tortura
que dificulta o desfrute do que já se possui e muitas vezes é suficiente.
O ciúme também torna a vida
penosa, por fomentar a desconfiança e a discórdia.
Repetindo, todo vício carrega
consigo o sofrimento.
Como os homens desejam a
felicidade, gradualmente eles despertam para a necessidade de burilarem a si
mesmos.
Reflita sobre isso e assuma a
responsabilidade por seu bem-estar. Analise o quanto você sofre gratuitamente,
em suas relações.
Pense que as circunstâncias que
o rodeiam destinam-se a torná-lo melhor. Conscientize-se dessa realidade e
torne-se tolerante com os diferentes.
Desenvolva retidão, pureza e
simplicidade e a vida lhe será bem mais fácil.
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