13/06/2016
Recentemente, um caso de estupro
coletivo chocou o Brasil. Uma adolescente de apenas 16 anos foi violentada por
33 homens, em uma sessão de estupro coletivo no Rio de Janeiro, gerando
revoltas e protestos no Brasil. O caso, de repercussão internacional, é apenas
mais um entre tantos crimes do tipo ocorridos contra as mulheres. No Brasil,
uma mulher é estuprada a cada 11 minutos, e os dados contabilizados representam
apenas 35% da quantidade real. O que nos mostra que existe um problema sério,
que deve ser combatido pela sociedade.
O psicólogo e escritor Alexandre
Bez faz uma análise sobre o assunto e descreve os danos causados à vítima que
sofre estupro, como a jovem carioca. As imagens do ato ainda foram divulgadas
nas redes sociais.
Segundo Alexandre Bez, o
estuprador extrai do ato um prazer baseado em uma "perversão sexual",
os sentimentos que envolvem o ato são raiva, sensação de poder e sadismo
imperativo. Muito provavelmente este tipo de homem tem dificuldade em se
relacionar.
Também é importante destacar que
ao cometer esse ato, o agressor está causando um dano mental irreversível e
danos emocionais quase irreparáveis, pois ao violentar sexualmente uma mulher,
o indivíduo assassina a existência da vítima, cometendo dois delitos.
O ato sexual não consentido pode
ainda frear o comportamento sexual da vítima, deixando-a em um estado de medo e
apreensão constante. Outros sentimentos como nojo, culpa e vergonha também são
comumente despertados nesses casos.
O especialista enumera diversos
danos que as vítimas podem vir a sofrer após sofrerem crimes como esse:
o
Falta de concentração
o
Transtornos de ansiedade
o
Insônia
o
Transtornos alimentares
o
Perda de memória (o que possibilita não reviver
o trauma)
o
Exclusão da vida social
o
Possíveis tentativas de suicídio
"Nenhuma mulher merece ser
violentada, independentemente se veste roupas longas ou curtas. As leis que
envolvem nosso país precisam ser mais severas, proporcionando a estes agressores
o fator medo e punição. O medo é regulador da sociedade, com a adoção de leis
corretas, os delitos tendem a diminuir, pois os mesmos são covardes e temem a
eficácia das leis", conclui Bez.
Estima-se que, em média, o
número de estupros é de mil por um milhão de habitantes/dia. Alguns cientistas
presumem uma cifra 40 vezes maior. Possivelmente ocorram, a cada dia, de 7 a
140 milhões de estupros no mundo ou, por ano, entre 2,5 bilhões e 100 bilhões.
Para o psicólogo e escritor Alexandre Bez, o estuprador retira do ato um prazer
baseado em uma "perversão sexual", cujos sentimentos tendem para
raiva, sensação de poder e sadismo imperativo. Ao violentar sexualmente uma
mulher, o indivíduo destrói a existência da vítima, causando diversos danos
como: a falta de concentração, transtornos de ansiedade, insônia, desordens
alimentares, perda de memória (o que possibilita não reviver o trauma),
exclusão da vida social e possíveis tentativas de suicídio[4].
O recente fato ocorrido na
cidade do Rio de Janeiro, onde uma adolescente de 16 anos foi violentada
sexualmente por mais de 30 homens, em uma sessão de estupro coletivo, vem
gerando revoltas e protestos no Brasil com ampla repercussão internacional. É
assombroso ver notícias como esta estampadas na imprensa mundial. Como é que em
pleno século XXI ainda acontece algo dessa natureza? Entre aberrações morais
existentes, principalmente no domínio da sexualidade, um dos mais nefastos e
assombrosos é, sem nenhuma dúvida, a conjunção carnal forçada, imposta pela
força física ou pela coação moral (psicológica). Tradicionalmente, onde impera
o tráfico de armas e drogas, o estupro em massa de uma mulher, seja ela jovem
ou apenas pré-adolescente em processo de transformação, encaminhando-a para a
devassidão é uma prática corriqueira e, do ponto de vista dos marginais
traficantes e cafetões, absolutamente necessária para conseguir a sua adaptação
na prostituição.
A violência sexual é o fruto
apodrecido da animalidade humana. A melhor maneira de tornar uma sociedade
justa e altruísta é a educação das gerações jovens. Lamentavelmente nunca se
buscou tanto “prazer” sexual como na época presente. São jovens na
desmoralizada troca de companheiros e muitos casais mergulhados na desventura
extraconjugal. Será que o ser humano necessita tanto assim de “prazer sexual”?
Será que tal “prazer” constitui o amor? Obviamente não, pois a manifestação dos
impulsos sexuais é um fenômeno mecânico e biológico de atração magnética,
enquanto que o amor é um anseio sublime. O sexo é apenas um instrumento de
sensações. Quando a sexualidade é abastecida pelas emoções excelsas do amor,
ilumina o ser; contudo, sem a higienização desta carga erótica, ela aflige a
mente e cristaliza a emoção.
Na violência sexual, será que a
vítima está quitando moralmente o pretérito delituoso? Óbvio que não! Pois nem
todas as tribulações que experimentamos na vida foram previstas ou escolhidas
por nós. A escolha se resume ao gênero da prova. O Espírito de Verdade nos
adverte: "Se o Espírito quis nascer entre malfeitores, por exemplo, sabia
a que tentações se expunha, mas ignorava cada um dos atos que viesse a
praticar. Estes atos são efeito de sua vontade, ou de seu livre-arbítrio[5]”.
O estupro, assim, não pode estar dentro de uma programação reencarnatória.
Entretanto, em advindo, vítima e agressor submetem-se às Leis de Deus, sujeitos
à apreciação espiritual do assunto, derivando para a vítima, por padecer a
prova com bravura e paciência, condição de evolução espiritual e, para o
estuprador, dolorosa trilha de restauração do erro, ansiando contar ainda com o
perdão da vítima como forma de ajuda para superação das próprias deficiências
morais.
E para nós, que nos insurgimos
revoltados quando conhecemos os episódios de estupro, bradando por justiça
“vingativa”, saibamos que nada resiste aos desígnios da Lei do Criador e, antes
de nos fazermos implacáveis juízes dos criminosos, observemos a mensagem de
Jesus que disse para os condenadores da mulher adúltera: "atire a primeira
pedra". Importa que nos abriguemos na oração inclusive em favor dos
criminosos, a fim de que os mesmos possam sair da situação em que se encontram,
refletindo os seus crimes, requerendo igualmente nova oportunidade de
arrependimento, reparação e expiação, visando seu adiantamento espiritual.
Em face desses dantescos
panoramas, e em que pese os contrastes da vida social, considerando as várias
culturas terrenas, naturalmente Deus não abdicou do comando dos mundos. Há uma
ordem nas coisas e não estamos abandonados pelo Governador da Terra e pelos
Operários divinos da espiritualidade, que acompanham cada acontecimento e
oferecem sempre a oportunidade de melhoria para o violador das leis e o amparo
ao que sofre uma ação perversa dos criminosos.
É ocasião de silenciar e exorar
misericórdia ao Criador, posto que agindo assim estaremos contribuindo com a
magna obra do Evangelho.
[2] Notícia publicada no Portal MSN, em 1º de junho de
2016.
[3] Jorge Hessen é natural do Rio de Janeiro, nascido em
18/08/1951. Servidor público federal aposentado do INMETRO. Licenciado em
Estudos Sociais e Bacharel em História. Escritor (dois livros publicados),
Jornalista e Articulista com vários artigos publicados.
[4] Disponível em http://www.msn.com/pt-br/saude/medicina/psic%c3%b3logo-fala-dos-traumas-sofridos-por-v%c3%adtimas-de-estupro/ar-BBtEych?li=AAggPNl&ocid=UE07DHP
, acessado em 01/06/2016.
[5] Kardec, Allan. O
Livro dos Espíritos, questões 258 a 273, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1999.
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