Se você procura por um método
sem esforço para controlar os seus pensamentos, esqueça. Não vai encontrar nem
aqui nem em lugar algum.
Antes de existir o comércio como
nós o conhecemos hoje, havia o chamado mercado de trocas. Cada produtor de
determinado produto comparecia com o seu produto no mercado, que podia ser uma
praça no centro de uma aldeia, e tentava trocar o seu produto por outro produto
que ele precisasse.
Um criador de cabras precisava
de um vestido para a sua filha. Levava uma cabritinha nos braços até o mercado
e tentava trocá-lo por um pedaço de tecido com uma velha que tinha um tear.
Talvez a velha não tivesse interesse na cabrita, mas precisasse de um saco de
farinha. Se o homem do moinho, o que produzia a farinha, tivesse interesse na
cabrita, o negócio estava fechado: A cabrita ia pro homem do moinho; a farinha
ia pra velha e o tecido ia pro criador de cabras.
Sempre havia produtos sendo
procurados e produtos sendo oferecidos. Com os nossos pensamentos acontece algo
semelhante. Todos nós produzimos pensamentos incessantemente. A insistência com
que nos demoramos em determinados tipos de pensamento formam um padrão;
passamos a ser produtores de um certo padrão de pensamentos.
A Terra, o entorno da Terra, é
um grande mercado de pensamentos. Há sempre pensamentos sendo oferecidos e
pensamentos sendo procurados. Trocamos pensamentos o tempo todo. Muitos dos
pensamentos que passam pela sua cabeça não foram produzidos por você. Você
estava receptivo a eles e eles entraram em sua mente, como se fossem seus.
Somos nós que determinamos o
tipo de pensamento que atrairemos. Quando pedimos inspiração para algum estudo,
por exemplo, estamos nos colocando em receptividade para que os pensamentos que
procuramos tenham acesso até nós.
Mas quase sempre atraímos
pensamentos inconscientemente. Passamos a maior parte do tempo com a mente no
piloto automático, sem nos ocuparmos com o que passa pela nossa cabeça. O que
irá determinar os pensamentos que atrairemos são os pensamentos que produzimos.
Sempre atraímos mais do mesmo. Se tivermos pensamentos alegres, atrairemos
outros semelhantes; se mantivermos altos pensamentos filosóficos, atrairemos
ideias afins; se tivermos pensamentos e sentimentos de ódio, entramos em
sintonia com outros pensamentos e sentimentos semelhantes.
Não podemos, jamais, fugir da
responsabilidade que temos sobre os nossos pensamentos. É comum a queixa de que
não se consegue controlar o pensamento. Pessoas viciadas em sexo, pessoas que
sentem raiva de outras, pessoas que sentem ciúme doentio, entre outras,
queixam-se de que tentam controlar o pensamento, mas ele não obedece.
A mente está tão acostumada a
manter sempre o mesmo padrão de pensamentos que não consegue mudar de um
momento pro outro. É preciso persistência. É preciso substituir os pensamentos
usuais por outros pensamentos mais condizentes com o que queremos para a nossa
vida. Temos que pensar no que queremos e não pensar no que não queremos.
Assim como no antigo mercado de
trocas, em que alguns negócios se repetiam indefinidamente, nós também formamos
parcerias mentais. Depois de um tempo mantendo o mesmo padrão de pensamentos, é
só dispararmos o gatilho da mente para que uma multidão de outras mentes entrem
em sintonia com a nossa própria mente.
Não existe truque, não existe
caminho fácil, não existe passe de mágica. Só persistência. Assim como formamos
uma rede de maus pensamentos, podemos reverter a situação e formar, aos poucos,
uma rede de pensamentos positivos, agradáveis e úteis.
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