DEFINIÇÃO: Figuras, fotografias,
filmes, espetáculos, obras literárias ou de arte, etc., relativos a, ou que
tratam de coisas ou assuntos obscenos ou licenciosos, capazes de motivar ou
explorar o lado sexual do indivíduo. Devassidão – libidinagem. Há algumas
décadas, as produções pornográficas limitavam-se a pequenos “guetos”, onde as
pessoas vinculadas a desvios sexuais, buscavam os espetáculos de sexo
explícito, filmes e revistas.
Com o desenvolvimento
tecnológico atual, a exploração do lado negativo da sexualidade rompeu
fronteiras e através dos meios de comunicação, atingiu nossos lares sem
qualquer dificuldade ou pudor. Nas novelas, o talento artístico e a trama
envolvendo os personagens, cederam lugar à exibição de corpos desnudos e
relacionamentos carregados de sensualidade, que dão a conotação de cenas de
sexo explícito; nos programas vespertinos, destinados a um público entre
infantil e adolescente, a expressão “ficar”, substituiu outras como namorar e
noivar.
Os comerciais, ao invés de
ressaltarem as qualidades ou vantagens do produto, exibem mulheres seminuas; os
jornais, inclusive os mais conceituados, publicam em seus classificados,
ofertas de homens e mulheres que mercadejam o sexo; nas TV’s a cabo existem
canais que exibem filmes de sexo explícito 24 horas por dia.
Navegando pela INTERNET, não é
incomum sermos surpreendidos, na tela em utilização, por anúncios
pornográficos; além do que, convém ressaltar o enorme perigo das salas de
bate-papo, onde práticas de pedofilia e o chamado sexo virtual já causaram a
morte de jovens, atraídos pelos maníacos que por lá “navegam”. No desfile de
carnaval das escolas de samba do Rio de Janeiro, exibiu-se recentemente um
Carro Alegórico cujos componentes simulavam a prática sexual, fato que criou
polêmica e foi veiculado também em horários diurnos (o que nos reporta às
descrições contidas no livro “Sexo e Obsessão” de Divaldo Pereira Franco –
págs. 38 a 40).
A nossa intenção ao fazer as
descrições acima, não foi a de trazer alguma novidade, ou fazer proselitismo ao
falso pudor, mas a de convidar o leitor a uma reflexão em torno das causas e
consequências e apresentar meios de combate a tão ignominiosa invasão em nossas
mentes e lares. Qualquer medida nesse sentido deve antes passar pela visão que
a doutrina espírita nos oferece em torno do sexo.
O sexo não deve ser analisado
sob a ótica daqueles que o consideram pecaminoso e proibitivo, nem tampouco sob
as impressões dos que desejam religá-lo ao plano da vulgaridade como mero atrito
de células geradoras de prazer. O sexo é de origem divina e suas potentes
energias que derramam no ser sob a forma instintiva não devem ser bloqueadas
mas sim educadas no sentido de atingirem suas finalidades como força criadora
que engendra o progresso espiritual da individualidade e o crescimento
coletivo.
Não a castração mas sim a
sublimação. Todos nós criaturas divinas, somos saturados desse potencial e
convidados a aprender a administrá-lo. Já superamos as fases primárias, onde
pela força bruta o homem das cavernas submetia a fêmea às suas necessidades;
passamos pelas bacanais romanas, pelas “iniciações viris” dos gregos, pela
poligamia e poliandria, pelos bordéis europeus, pelas proibições da religião e
celibato tormentoso e porque não, pela hipocrisia da falsa virtude, até os dias
atuais, onde se prega o “amor livre”.
Todas essas experiências
reencarnatórias deixaram marcas incontestáveis em nosso ser e hoje se traduzem
no nosso comportamento sexual.
Em matéria de sexo toda
indulgência é necessária, pois nenhum de nós está em condições de atirar a
primeira pedra. Porém, o momento é de finalizarmos as experiências negativas e
acelerarmos o nosso crescimento espiritual, pois a carga de informações, vindas
do alto, o relato de experiências de espíritos desencarnados infelicitados
pelos desregramentos sexuais e o conhecimento das consequências dos nossos atos
insanos não nos permite mais o adiamento da correta aplicação de nossas
energias genésicas.
Essa transformação passa pelo
dever de rejeitarmos todo e qualquer material pornográfico. De prepararmos
aqueles espíritos que estão reencarnados sob os nossos cuidados, para
modificarem as posturas de reencarnações anteriores. Sabemos que entre as
funções da glândula pineal está a de bloquear os impulsos do subconsciente até
determinada faixa etária, contendo também aqueles relacionados à sexualidade, o
que nos permite a moldagem de uma nova visão. (vide A. Luiz – “Missionários da
Luz” – Cap. 2 – pág. 20) Ideias como a de afirmação da masculinidade, geralmente
passadas aos filhos por pais despreparados, devem ser combatidas e abolidas.
Nossos filhos devem crescer
respeitando as mulheres, enxergando nelas, a própria mãe ou irmãs. Mais que
isso, devem respeitar a si mesmos, vivendo cada fase da reencarnação e as experiências
que elas oferecem, seguros de que a felicidade não está na busca incessante do
prazer, mas nos ideais de amor, fraternidade, caridade e paz de espírito.
Nossas filhas devem ser educadas
não segundo padrões castradores, mas conscientes dos ideais de amizade e
respeito que devem ter por si, pelos pais e principalmente pelos dons divinos
de que todo ser feminino foi saturado para que, através do sentimento
enobrecido, possam mover as barreiras da força e do preconceito, exemplificando
amor no exercício da maternidade e do sexo sadio.
Os jovens devem ser instruídos a
não ceder às pressões exercidas pelas alterações hormonais ou pelas ilusões da
atração física e promessas vazias, antes devem conhecer os infortúnios gerados
pelo sexo extemporâneo. A realidade espiritual deve ser descortinada, as
finalidades da existência, os compromissos que assumimos com os nossos atos, as
companhias espirituais a que faremos jus, os processos obsessivos e vampirescos
devem ser objeto de discussão no lar.
O nosso exemplo como pais, é de
fundamental importância, pois jamais aconselharemos com autoridade se a nossa
conduta for diversa daquilo que pregamos. Esse conhecimento não deve ser
entesourado dentro de nossos lares, mas divulgado sempre que a situação
permitir, respeitadas as convicções alheias.
Quanto à pornografia, é nosso
dever sermos indulgentes com aqueles que a preconizam, entendendo que cada ser
é criatura divina e seus potenciais de amor certamente desabrocharão no momento
propício, sendo que essas manifestações de imperfeição são características do
mundo de expiação e provas em que vivemos.
Devemos procurar orientar
aqueles que nos buscam, mostrando as consequências infelizes do sexo em
desvario, conforme nos mostra o espírito Manoel P. de Miranda através da psicografia
de Divaldo Pereira Franco no livro “Sexo e Obsessão” que relata as condições do
espírito que foi conhecido como Marquês de Sade, um dos precursores das
práticas pornográficas.
Deve-se ressaltar que a
pornografia não traz consequências apenas para aqueles que a professam, mas se
constitui em fator de influenciação e causa para muitos dramas como a
desagregação da família através das deserções, prostituições e vícios de toda
sorte, levando os responsáveis, muitas vezes, a renascimentos em matéria disforme
originados pelas lesões espirituais produzidas em seus perispíritos, como
resultado dos danos causados a outrem.
E, como encerramento desse nosso
artigo, pedimos licença para transcrever a primeira estrofe da oração contida
no Capítulo I do livro “Sexo e Evolução” de Walter Barcelos, que exprime com
fidelidade as nossas necessidades diante do sexo:
“SENHOR! EDUCA NOSSA
SEXUALIDADE! Senhor Jesus! Mestre do Amor Perfeito auxilia-nos, na educação
gradativa do instinto sexual, para que nós, humanos, sejamos realmente
felizes.” Roberto Lima.
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