terça-feira, 18 de agosto de 2015

Alimentação dos Espíritos[1]



Ricardo Di Bernardi

Há um consenso nas informações dos amigos espirituais no que tange a este assunto. Embora a essência espiritual não tenha forma, pois é o princípio inteligente, os espíritos de mediana evolução, ou seja, aqueles relacionados ao nosso planeta, possuem um corpo espiritual anatomicamente definido e com fisiologia própria.
Nos "planos" espirituais temos notícia por inúmeros médiuns confiáveis, como Chico Xavier, Divaldo Franco etc., da organização de comunidades sociais que os espíritos constituem, às vezes assemelhadas às terrestres.
Ainda nos atendo ao critério kardecista de valorizarmos um conceito apenas quando houver multiplicidade de fontes sérias, confirmando-o, nos referiremos ao corpo espiritual e sua alimentação.
A energia cósmica que permeia o universo, ("fluido cósmico") é a matéria prima que sob o comando mental dos espíritos é utilizada para a constituição dos objetos por eles manuseados. Vide em "O livro dos médiuns" capítulo "do Laboratório do Mundo Invisível".
O corpo dos espíritos , já mencionado até pelo apóstolo Paulo e conhecido nas diferentes religiões ou doutrinas, como perispírito, corpo astral psicossoma e mais de 100 (Cem) sinônimos, é constituído de um tipo de matéria derivada da energia cósmica universal ("Fluido cósmico universal").
O corpo espiritual apresenta-se moldável conforme as emanações mentais do espírito. Cada espírito apresenta seu perispírito ou corpo espiritual com aspecto correspondente a elevação intelecto-moral. Seu estado psíquico vai determinar a sutilização do seu corpo.
Conforme se tem notícia através de inúmeros autores espirituais, o corpo espiritual apresenta-se estruturado por aparelhos ou sistemas que se constituem de órgãos; estes órgãos são formados por tecidos que, por sua vez, são constituídos por células. Há inclusive patologias celulares tratadas em hospitais da espiritualidade. O chamado mundo espiritual é (no nosso nível) um mundo material de outra dimensão.
As células do corpo espiritual, em nível mais detalhado, são formadas por moléculas que se constituem de átomos. Os átomos do perispírito são formados por elementos químicos nossos conhecidos, além de outros desconhecidos do homem encarnado.
Nas obras de Gustave Geley como de Jorge Andréa há referências mais específicas.
Para não alongarmos estas considerações preliminares, diríamos que o corpo dos espíritos é composto de unidades estruturais que apresentam vibração constante. Sabemos pelos mais elementares princípios da física, que todo corpo em movimento (vibração) no universo gasta energia, logo precisa repô-la o que equivale a se alimentar. As leis a física não são leis humanas mas leis divinas (ou naturais) às quais estão sujeitos todos os elementos do cosmo. Há portanto um desgaste energético natural do corpo espiritual pelas suas atividades o que o leva a necessidade de ser alimentado por fontes de energia.
Dependendo do nível evolutivo do espírito, e consequente densidade do perispírito, varia a qualidade do alimento ou energia que o mesmo necessita para manter suas atividades. Espíritos superiores simplesmente absorvem do cosmo os elementos energéticos ("fluídicos") que necessitam. Ao se colocarem em oração (no sentido mais profundo),sintonizam com níveis energéticos ainda mais elevados (frequências mais altas) haurindo para si o influxo magnético revitalizador, alimentando suas "baterias" espirituais.
Com relação aos espíritos mais relacionados com a nossa realidade, ou seja que ainda apresentam dificuldades em superar as tendências egoísticas, portanto traduzindo na configuração de seu corpo espiritual uma maior densidade, as necessidades são proporcionalmente mais densas.
Em colônias espirituais, os espíritos precisam da ingestão de alimentos energeticamente mais densos, fazendo-o de forma muito semelhante a nós encarnados. Recomendamos a propósito o estudo mais detalhado da obra "Nosso Lar", de André Luiz, que foi precursora de dezenas de outras onde se faz referência a alimentação, até as mais recentes "Violetas na Janela" etc.
As unidades energéticas do espírito, ou núcleos em potenciação, com o passar do tempo vão tendo cada vez maior dificuldade de se recarregar quanto mais primitiva for a evolução da entidade espiritual. Ocorre um desgaste progressivo destas unidades energéticas, que passam a vibrar mais lentamente.
À medida que as vibrações se tornam mais lentas pelo desgaste, e há dificuldade de reposição das energias, vai se processando uma neutralização energética com redução progressiva das atividades do espírito. Quando este processo se instala vai determinar um torpor ou sonolência da entidade impelindo-a a reencarnação automática e compulsória.

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