Ricardo Di Bernardi
Há um consenso nas informações
dos amigos espirituais no que tange a este assunto. Embora a essência
espiritual não tenha forma, pois é o princípio inteligente, os espíritos de
mediana evolução, ou seja, aqueles relacionados ao nosso planeta, possuem um
corpo espiritual anatomicamente definido e com fisiologia própria.
Nos "planos"
espirituais temos notícia por inúmeros médiuns confiáveis, como Chico Xavier,
Divaldo Franco etc., da organização de comunidades sociais que os espíritos
constituem, às vezes assemelhadas às terrestres.
Ainda nos atendo ao critério
kardecista de valorizarmos um conceito apenas quando houver multiplicidade de
fontes sérias, confirmando-o, nos referiremos ao corpo espiritual e sua
alimentação.
A energia cósmica que permeia o
universo, ("fluido cósmico") é a matéria prima que sob o comando
mental dos espíritos é utilizada para a constituição dos objetos por eles
manuseados. Vide em "O livro dos médiuns" capítulo "do Laboratório
do Mundo Invisível".
O corpo dos espíritos , já
mencionado até pelo apóstolo Paulo e conhecido nas diferentes religiões ou
doutrinas, como perispírito, corpo astral psicossoma e mais de 100 (Cem)
sinônimos, é constituído de um tipo de matéria derivada da energia cósmica
universal ("Fluido cósmico universal").
O corpo espiritual apresenta-se
moldável conforme as emanações mentais do espírito. Cada espírito apresenta seu
perispírito ou corpo espiritual com aspecto correspondente a elevação
intelecto-moral. Seu estado psíquico vai determinar a sutilização do seu corpo.
Conforme se tem notícia através
de inúmeros autores espirituais, o corpo espiritual apresenta-se estruturado
por aparelhos ou sistemas que se constituem de órgãos; estes órgãos são
formados por tecidos que, por sua vez, são constituídos por células. Há
inclusive patologias celulares tratadas em hospitais da espiritualidade. O
chamado mundo espiritual é (no nosso nível) um mundo material de outra
dimensão.
As células do corpo espiritual,
em nível mais detalhado, são formadas por moléculas que se constituem de
átomos. Os átomos do perispírito são formados por elementos químicos nossos
conhecidos, além de outros desconhecidos do homem encarnado.
Nas obras de Gustave Geley como
de Jorge Andréa há referências mais específicas.
Para não alongarmos estas
considerações preliminares, diríamos que o corpo dos espíritos é composto de
unidades estruturais que apresentam vibração constante. Sabemos pelos mais
elementares princípios da física, que todo corpo em movimento (vibração) no
universo gasta energia, logo precisa repô-la o que equivale a se alimentar. As
leis a física não são leis humanas mas leis divinas (ou naturais) às quais
estão sujeitos todos os elementos do cosmo. Há portanto um desgaste energético
natural do corpo espiritual pelas suas atividades o que o leva a necessidade de
ser alimentado por fontes de energia.
Dependendo do nível evolutivo do
espírito, e consequente densidade do perispírito, varia a qualidade do alimento
ou energia que o mesmo necessita para manter suas atividades. Espíritos
superiores simplesmente absorvem do cosmo os elementos energéticos
("fluídicos") que necessitam. Ao se colocarem em oração (no sentido
mais profundo),sintonizam com níveis energéticos ainda mais elevados (frequências
mais altas) haurindo para si o influxo magnético revitalizador, alimentando
suas "baterias" espirituais.
Com relação aos espíritos mais
relacionados com a nossa realidade, ou seja que ainda apresentam dificuldades
em superar as tendências egoísticas, portanto traduzindo na configuração de seu
corpo espiritual uma maior densidade, as necessidades são proporcionalmente
mais densas.
Em colônias espirituais, os
espíritos precisam da ingestão de alimentos energeticamente mais densos,
fazendo-o de forma muito semelhante a nós encarnados. Recomendamos a propósito
o estudo mais detalhado da obra "Nosso Lar", de André Luiz, que foi
precursora de dezenas de outras onde se faz referência a alimentação, até as
mais recentes "Violetas na Janela" etc.
As unidades energéticas do
espírito, ou núcleos em potenciação, com o passar do tempo vão tendo cada vez
maior dificuldade de se recarregar quanto mais primitiva for a evolução da
entidade espiritual. Ocorre um desgaste progressivo destas unidades
energéticas, que passam a vibrar mais lentamente.
À medida que as vibrações se
tornam mais lentas pelo desgaste, e há dificuldade de reposição das energias,
vai se processando uma neutralização energética com redução progressiva das
atividades do espírito. Quando este processo se instala vai determinar um
torpor ou sonolência da entidade impelindo-a a reencarnação automática e
compulsória.
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