Aldo Novak
Pense em alguém que seja
poderoso…
Essa pessoa briga e grita como
uma galinha, ou olha e silencia, como um lobo?
Lobos não gritam.
Eles têm a aura de força e poder.
Observam em silêncio.
Somente os poderosos, sejam
lobos, homens ou mulheres, respondem a um ataque verbal com o silêncio.
Além disso, quem evita dizer tudo
o que tem vontade, raramente se arrepende por magoar alguém com palavras
ásperas e impensadas.
Exatamente por isso, o primeiro e
mais óbvio sinal de poder sobre si mesmo é o silêncio em momentos críticos.
Se você está em silêncio, olhando
para o problema, mostra que está pensando, sem tempo para debates fúteis.
Se for uma discussão que já deixou
o terreno da razão, quem silencia mostra que já venceu, mesmo quando o outro
lado insiste em gritar a sua derrota.
Olhe.
Sorria.
Silencie.
Vá em frente.
Lembre-se de que há momentos de
falar e há momentos de silenciar.
Escolha qual desses momentos é o
correto, mesmo que tenha que se esforçar para isso.
Por alguma razão, provavelmente
cultural, somos treinados para a (falsa) ideia de que somos obrigados a
responder a todas as perguntas e reagir a todos os ataques.
Não é verdade!
Você responde somente ao que quer
responder e reage somente ao que quer reagir.
Você nem mesmo é obrigado a
atender seu telefone pessoal.
Falar é uma escolha, não uma
exigência, por mais que assim o pareça.
Você pode escolher o silêncio.
Além disso, você não terá que se
arrepender por coisas ditas em momentos impensados, como defendeu Xenocrates,
mais de trezentos anos antes de Cristo, ao afirmar:
“Arrependo-me de coisas que
disse, mas jamais do meu silêncio”.
Responda com o silêncio, quando
for necessário.
Use sorrisos, não sorrisos
sarcásticos, mas reais.
Use o olhar, use um abraço ou use
qualquer outra coisa para não responder em alguns momentos.
Você verá que o silêncio pode ser
a mais poderosa das respostas.
E, no momento certo, a mais
compreensiva e real delas.
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