Educador Pernambucano
Há 156 anos nascia em Pernambuco
o professor Carlos Porto Carreiro – legou à posteridade uma vida de dedicação
às letras e com uma vasta atuação na área de cultura, pois foi poeta, tradutor,
diplomado em direito, professor de economia política e finanças na Faculdade de
Direito, jornalista, filósofo e membro-fundador da Academia Pernambucana de
Letras.
Carlos da Costa Ferreira Porto
Carreiro, filho do Major Luiz da Costa Porto Carreiro e de D. Josepha
Alexandrina Porto Carreiro, natural de Pernambuco, nascido no dia 24 de
setembro de 1864. Iniciou a vida muito jovem em Pernambuco, dedicou-se desde
logo ao magistério, fundando em Recife o colégio Porto Carreiro, tradicional
estabelecimento de ensino, por onde passaram duas gerações de estudantes.
Conforme consta na Lista geral
dos estudantes matriculados na Faculdade de Direito do Recife, ingressou no
curso de Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito do Recife – em
1881. E recebeu o grau de Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, em 03 de
outubro de 1885 – aos 21 anos de idade – como segue a imagem abaixo:
Em 1888 entrou em concurso para
a vaga de Geografia e História do curso anexo a Faculdade de Direito do Recife
e obteve o primeiro lugar, sendo nomeado por desdobramento da cadeira para de
História.
Transferiu para Rio de Janeiro,
depois de 45 anos de magistério em Pernambuco. No jornalismo ao lado de Alcino
Guanabara dedicou-se a estudos especializado de Direito nas colunas "O
Paiz".
Tempo depois - em 1913,
concorreu ao concurso da Faculdade Livre de Direito do Rio de Janeiro e
conquistou a cadeira de Economia Política e passou ser Catedrático em 1920, na
vaga do professor Serzedello Correa, que se aposentou.
Com base em sua vida de
dedicação às letras, foi membro-fundador da Academia Pernambucana de Letras, na
qual ocupou a Cadeira n° 4 (Posse em 26.01.1901), cujo patrono é Vigário
Barreto.
Os Conjuntos das obras
literárias inclui os livros: Às crianças, de 1883, e Ritmos, de
1893. A produção filológica do autor pode ser apreciada em sua ainda
admirável Gramática da Língua
Nacional, publicada em 1918 na cidade do Rio de Janeiro, enquanto as Lições
de Economia Política e Noções de Finanças, de 1931, podem ser citadas como
sua grande obra relacionado à economia.
No entanto, é sua perfeita
tradução da peça “Cirano de Bergerac”, de Edmond Rostand, feita em 1907 e
publicada no Rio de Janeiro pela Casa J. Ribeiro dos Santos, que ascende o
acadêmico recifense no mundo das letras. Em sua fase, a língua francesa tinha
grande internacionalidade e para ela Carlos Porto Carreiro derramavam
perfeições da literatura brasileira.
Faleceu com 67 anos o Dr. Carlos
porto Carreiro no dia 11 de janeiro de 1932 às 16 horas em sua residência no
Rio de Janeiro, à rua Barão de Itapagipe, 185 e o sepultamento foi no cemitério
do S. Francisco Xavier.
Fontes Consultadas:
§ Academia Pernambucana de Letras - História dos
Acadêmicos.
§ Biblioteca Nacional Digital Brasil – “A Palavra” - Semanário
Scientifico Litterario e Noticioso - 30 de outubro de 1911 - Ano 1 -
§ Biblioteca Nacional Digital Brasil - Diário de
Notícias - 12 de janeiro de 1932
§ Biblioteca Nacional Digital Brasil - Jornal do
Commercio - terça-feira - 12 de janeiro de 1932
§ Biblioteca Nacional Digital Brasil – Jornal do RJ
- terça-feira - 12 de janeiro de 1932
§ Leodegário A. de Azevedo Filho. José Pereira da Silva.
(Organizadores) - Dicionário Biobibliográfico da Academia Brasileira de Filosofia
§ Livro da Lista geral dos estudantes matriculados na
Faculdade de Direito do Recife nos anos de 1881 – Acervo do Arquivo da FDR.
§ Livro da Lista geral dos bacharéis e doutores que tem
obtido o respectivo grau na Faculdade de Direito do Recife, desde a sua
fundação em Olinda, no ano de 1828, até o ano de 1931 – Acervo do Arquivo da
FDR.
§ Livro de Registro de diplomas de Bacharel (1881 -
1894) - Acervo do Arquivo da FDR.
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