Miramez
Podemos ter algumas revelações a respeito de nossas vidas
anteriores?
Nem sempre. Contudo, muitos sabem o que foram e o que
faziam. Se se lhes permitisse dizê-lo abertamente, extraordinárias revelações
fariam sobre o passado.
Questão 395 / O Livro dos
Espíritos
O passado de todos nós nem
sempre pode ser revisto e, certamente, conhecido, como já falamos em mensagens
anteriores, contudo, não podemos generalizar todos os casos.
Algumas pessoas ficam sabendo de
um pouco do seu passado por revelações espirituais, quando sabem fazer bom uso
destas revelações. Pouquíssimos têm alguma lembrança das suas vidas passadas;
para tudo existe o mérito que corresponde às necessidades. Saber do passado é
responsabilidade da alma frente ao seu porvir.
Às vezes, nem os Espíritos de
certa evolução têm permissão para lembrar de todo o seu passado. Tudo é
gradativo, de sorte a ser suportado pelos sentimentos. Carga pesada demais pode
estragar todas as possibilidades que surgem na vida.
Quem deseja crescer nos seus
caminhos para Cristo, deve se esforçar, alimentando a fé e fazendo desabrochar
o amor no coração. Para tanto, devemos imitar o exemplo de vida de grandes
Espíritos que passaram por este mundo, e dentre todos o maior é Jesus Cristo,
padrão incomparável da bondade e do amor, lição viva para toda a humanidade.
Muitos companheiros do plano
físico desejam ardentemente saber do seu passado, porém, se souberem da
realidade, entristecer-se-ão nos caminhos, diante dos reparos que deverão
fazer, por vezes com a própria vida. Ficando os seus registros no baú do esquecimento,
é bem melhor para as lutas que se deve empreender. Se fosse permitido falar do
passado a todas as criaturas, haveria muitas histórias para serem contadas, e
muitos livros para serem escritos. Por enquanto, o silêncio é a resposta. Quem
deve aprumar voo para o desconhecido em aparelhos materiais, não deve fixar o
pensamento nos antigos instrumentos de viagem e sim, naquele que está usando no
momento.
As próprias enfermidades que o
Espírito escolheu no mundo espiritual, que agirão como esponja do seu passado,
ficam escondidas nas suas lembranças, refletindo por ondas espirituais, no seu
presente, porque se a alma tivesse pleno conhecimento do ocorrido, poderia não
deixar acontecer o que ela mesmo escolheu para o seu resgate espiritual.
Parece, aos olhos que ignoram a verdade, que está pagando pelo que se encontra
no seu inconsciente, mas não é. O que podemos dizer é que o carma se encontra
no silêncio, mas vivo e presente na sua intimidade espiritual, de maneira a
mostrar ao Espírito que as provas são processos de despertamento espiritual,
capazes de acender a luz no coração e fazer abrir as comportas do amor, na
fonte da consciência.
Meditemos coisas agradáveis que
devemos fazer com os outros; meditemos no amor que devemos amar os nossos
semelhantes; meditemos na caridade, aquela que não julga e não se vende, que
Jesus inspirara nossos sentimentos para a verdadeira fraternidade.
Estudemos, conversemos e
compreendamos, sim o passado, mas o de Jesus, porque ele é luz, é escola para
todas as criaturas. Ele é libertação para os Espíritos. Não convém pensar nem
sentir as trevas, pois elas impedem o crescimento da alma.
Se queremos saber das nossas
vidas anteriores, e temos pressa de sabê-lo basta que analisemos a nossa
existência atual. Vejamos o que não deveríamos ter feito e consertemo-lo.
Coloquemos na pauta da evidência esse trabalho interno, e comecemos hoje mesmo
lutando contra as nossas inferioridades, que Jesus aparecerá ao nosso lado,
ajudando-nos a carregar a nossa cruz e inspirando-nos no trato com as forças
espirituais.
Saber o passado de outras
existências, somente para quem granjeou para tal conhecimento.
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