Santa Isabel de Portugal nasceu
em 11 de Fevereiro de 1270, em Saragoça; era filha de Pedro III, rei de Aragão.
Recebeu seu nome em homenagem à sua tia, Santa Isabel da Hungria, canonizada
anos antes, e de quem se esperava que Isabel herdasse a bondade e a santidade.
Com 12 anos se casou com o Rei Dinis, de Portugal.
Educada em família religiosa,
Rainha Isabel observava com rigor os jejuns recomendados pela Igreja e, durante
a Semana Santa, fazia obras de extrema piedade e devoção. Colaborou para
implantar em Portugal a devoção a Nossa Senhora da Conceição, a quem recorreu
pedindo auxílio para impedir uma guerra civil, liderada por seu filho Afonso,
em rebelião aberta contra o pai.
Dotava os conventos do reino com
muitas esmolas, principalmente o de Santa Clara de Coimbra. Mandou construir um
hospício para os pobres em Coimbra, um hospital para crianças doentes e
enjeitadas em Santarém e uma casa para recolhimento e regeneração das mulheres
perdidas de Coimbra. Recebia em palácio jovens pobres e alimentava-os,
dando-lhes dinheiro e condições para que se casassem.
O Rei Dinis adoeceu em 1324 e
foi cuidado por sua esposa pessoalmente até a morte, em 7 de Janeiro de 1325.
Após o enterro do marido, a Rainha Isabel fixa residência em Coimbra e toma o
hábito da Ordem de Santa Clara.
Em Junho de 1336, resolve partir
para Estremoz, a fim de encontrar seu filho o Rei Afonso IV, em guerra com seu
neto Afonso IX, rei de Castela. É desaconselhada da viagem devido à longa
distância, ao calor e à sua idade, mas a empreende. Chega doente à fortaleza de
Estremoz; logo lhe aparece uma pústula no braço que lhe causa febres. Faleceu
rezando na noite de 4 de Julho. Foi sepultada no Mosteiro de Santa Cruz, em
Coimbra.
Devido aos inúmeros milagres
ocorridos após a morte de Santa Isabel, o Rei Manuel I pede-lhe a beatificação,
e o Papa Leão X, em 1516, a declara Bem-aventurada, dando permissão para a
celebração de sua festa na diocese de Coimbra. Em 1556, em virtude de outros
milagres atribuídos à Rainha, o culto se estende por todo o reino de Portugal.
Em 1560, Ana de Meneses, abadessa do Mosteiro de Santa Clara, funda a Confraria
da Rainha Santa. O Papa Gregório XIII, em 1581, concede diversas graças e
indulgências aos associados desta confraria.
Em 1612, uma comissão vem de
Roma a Coimbra para dar início ao processo de canonização da Rainha.
Abriram-lhe o túmulo 276 anos após sua morte e descobriram que seu corpo estava
incorrupto e exalava um aroma suave. Em 25 de Maio de 1625, festa da Santíssima
Trindade, o Papa Urbano VIII canoniza a Rainha Santa Isabel.
O Milagre das Rosas
Conta-se que, certa vez, a rainha, decidida a ajudar os
mais desfavorecidos, teria enchido o seu regaço com pães, para os distribuir.
Tendo sido apanhada pelo soberano, que lhe inquiriu onde ia e o que levava no
regaço, a rainha limitou-se a responder: São rosas, Senhor!. Com efeito, ao
abri-lo, teriam brotado rosas do regaço, ao invés dos pães que escondera. Este
evento ficou conhecido como milagre das rosas.
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