segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

RAINHA SANTA ISABEL DE PORTUGAL - “ISABEL DE ARAGÃO”[1]

 


Santa Isabel de Portugal nasceu em 11 de Fevereiro de 1270, em Saragoça; era filha de Pedro III, rei de Aragão. Recebeu seu nome em homenagem à sua tia, Santa Isabel da Hungria, canonizada anos antes, e de quem se esperava que Isabel herdasse a bondade e a santidade. Com 12 anos se casou com o Rei Dinis, de Portugal.

Educada em família religiosa, Rainha Isabel observava com rigor os jejuns recomendados pela Igreja e, durante a Semana Santa, fazia obras de extrema piedade e devoção. Colaborou para implantar em Portugal a devoção a Nossa Senhora da Conceição, a quem recorreu pedindo auxílio para impedir uma guerra civil, liderada por seu filho Afonso, em rebelião aberta contra o pai.

Dotava os conventos do reino com muitas esmolas, principalmente o de Santa Clara de Coimbra. Mandou construir um hospício para os pobres em Coimbra, um hospital para crianças doentes e enjeitadas em Santarém e uma casa para recolhimento e regeneração das mulheres perdidas de Coimbra. Recebia em palácio jovens pobres e alimentava-os, dando-lhes dinheiro e condições para que se casassem.

O Rei Dinis adoeceu em 1324 e foi cuidado por sua esposa pessoalmente até a morte, em 7 de Janeiro de 1325. Após o enterro do marido, a Rainha Isabel fixa residência em Coimbra e toma o hábito da Ordem de Santa Clara.

Em Junho de 1336, resolve partir para Estremoz, a fim de encontrar seu filho o Rei Afonso IV, em guerra com seu neto Afonso IX, rei de Castela. É desaconselhada da viagem devido à longa distância, ao calor e à sua idade, mas a empreende. Chega doente à fortaleza de Estremoz; logo lhe aparece uma pústula no braço que lhe causa febres. Faleceu rezando na noite de 4 de Julho. Foi sepultada no Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra.

Devido aos inúmeros milagres ocorridos após a morte de Santa Isabel, o Rei Manuel I pede-lhe a beatificação, e o Papa Leão X, em 1516, a declara Bem-aventurada, dando permissão para a celebração de sua festa na diocese de Coimbra. Em 1556, em virtude de outros milagres atribuídos à Rainha, o culto se estende por todo o reino de Portugal. Em 1560, Ana de Meneses, abadessa do Mosteiro de Santa Clara, funda a Confraria da Rainha Santa. O Papa Gregório XIII, em 1581, concede diversas graças e indulgências aos associados desta confraria.

Em 1612, uma comissão vem de Roma a Coimbra para dar início ao processo de canonização da Rainha. Abriram-lhe o túmulo 276 anos após sua morte e descobriram que seu corpo estava incorrupto e exalava um aroma suave. Em 25 de Maio de 1625, festa da Santíssima Trindade, o Papa Urbano VIII canoniza a Rainha Santa Isabel.

 

O Milagre das Rosas

Conta-se que, certa vez, a rainha, decidida a ajudar os mais desfavorecidos, teria enchido o seu regaço com pães, para os distribuir. Tendo sido apanhada pelo soberano, que lhe inquiriu onde ia e o que levava no regaço, a rainha limitou-se a responder: São rosas, Senhor!. Com efeito, ao abri-lo, teriam brotado rosas do regaço, ao invés dos pães que escondera. Este evento ficou conhecido como milagre das rosas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário