Emmanuel
Voltando à Pátria Espiritual,
depois da morte, estamos frequentemente na condição daquele filho pródigo da
parábola, de retorno à casa paterna para a bênção do amor.
Emoção do reencontro.
Alegria redescoberta.
Entretanto, em plena festa de
luz, quase sempre desempenhamos o papel do conviva do cérebro deslumbrado,
trazendo espinhos no coração.
Por fora, é o carinho que nos
reúne.
Por dentro, é o remorso que nos
fustiga.
Vanguarda que fulgura.
Retaguarda que obscurece.
Êxtase e dor.
Esperança e arrependimento.
Reconhecidos às mãos luminosas
que nos afagam, muitos de nós sentimos vergonha das mãos sombrias que
oferecemos.
E porque a Lei nos infunde
respeito à justiça, aspiramos a debitar a nós próprios o necessário burilamento
e a suspirada felicidade.
Rogamos, dessa forma, a
reencarnação, à guisa de recomeço, buscando a tarefa que interrompemos e a
afeição que traímos, o dever esquecido e o compromisso menosprezado, famintos
de reajuste.
Agradece, assim, o lugar de
prova em que te sintas.
Corpo doente, companheiro
difícil, parente complexo, chefe amargo e dificuldade constante são
oportunidades que se renovam.
Todo título exterior é
instrumentação de serviço.
A existência terrestre é o bom
combate.
Defeito e imperfeição, débito e
culpa são inimigos que nos defrontam.
Aperfeiçoamento individual é a
única vitória que não se altera.
E, em toda parte, o verdadeiro
campo de luta somos nós mesmos.
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