Rogério Coelho − outubro 28, 2022
Quão acanhada é a visão do
materialista que nada vê além da matéria!
“O fluido vital é
apanágio exclusivo dos encarnados”.
Erasto[2]
As manifestações espíritas não
seriam possíveis sem o concurso do fluido vital. Podemos dizer que o fluido vital é o
instrumento de que se utiliza o Espírito para as manifestações,
constituindo-se, portanto em um dos elementos formadores da energia para que se
operem tais manifestações. Por isso os
Espíritos necessitam dos encarnados para o desempenho de suas missões que
guardam relação com o mundo corpóreo.
Esta interdependência é um recurso a mais que o Criador coloca a serviço
da evolução geral, evolução esta que exigirá mais íntima ligação entre
encarnados e desencarnados em profusão da mediunidade.
A união da matéria com o
princípio vital provoca a animalização daquela.
O princípio vital é ao mesmo
tempo efeito e causa, pois sendo a vida um efeito devido à ação de um agente
sobre a matéria, esse agente sem a matéria, não é vida.
Destarte, aprendemos com os
Espíritos Superiores[3]
que o fluido vital dá vida a todos os seres que o absorvem e assimilam.
Quão acanhada é a visão do
materialista que nada vê além da matéria!
O Universo possui vida
abundante, que se encontra em estado latente em todo lugar, aguardando tão
somente que se façam as condições favoráveis para desabrochar.
O fluido vital origina-se, como
tudo, do Fluido Cósmico Universal.
Sofre o fluido vital as modificações
necessárias segundo as espécies nas quais atua; e é ele que dá movimento e
atividade distinguindo assim a matéria bruta da orgânica.
Grandes filósofos d’antanho já
se haviam familiarizado com a noção do princípio vital. Dentro muitos podemos citar Aristóteles,
Pitágoras e Paracelso, e por isso ficaram conhecidos como vitalistas. Coube à teoria vitalista o primeiro ensaio
para a explicação do fenômeno da vida.
Todas as propostas
filosófico-religiosas partem de um princípio fora da matéria para explicar a
vida. Portanto, os Espíritos não
inventaram a teoria; apenas sancionaram as ideias inatas dos tempos primevos…
Seguindo explica o Mestre Lionês[4],
a quantidade de fluido vital não é absoluta em todos os seres orgânicos. Varia segundo as espécies e não é constante,
quer em cada indivíduo, quer nos indivíduos de uma mesma espécie. Alguns há que se acham, por assim dizer,
saturados desse fluido, enquanto outros o possuem em quantidade apenas
suficiente para conservação da vida.
Daí, para alguns, vida mais ativa, mais tenaz e, de certo modo,
superabundante…
A quantidade de fluido vital se
esgota. Pode tornar-se insuficiente para a conservação da vida se não for
renovado pela absorção e assimilação das substâncias que o contêm.
O fluido vital se transmite de
um indivíduo a outro (passes). Aquele
que o tiver em maior proporção pode dá-lo a um que o tenha menos e em certos
casos prolongar a vida prestes a extinguir-se.
Os órgãos se impregnam, por
assim dizer, desse fluido vital e esse fluido dá a todas as partes do organismo
uma atividade que as põe em comunicação entre si, e nos casos de certas lesões,
normaliza as funções momentaneamente perturbadas.
O homem consegue imitar à
perfeição – aparentemente – um grão de feijão, de milho, arroz etc.… Mas, em se
plantando, não germina: Falta-lhe o
princípio vital.
Debalde buscam os cientistas
desvendar os segredos da vida nos laboratórios de pesquisas. Existem, porém, certos campos em que o nosso
apoucamento ainda não nos permite adentrar.
Quiçá passados alguns milênios possamos estar em condições de penetrar
os arcanos do Criador. Mas esse será um
tempo em que o orgulho, a presunção, a vaidade e o egoísmo estarão em um
passado distante e quando o homem tiver parado de utilizar as descobertas para
o mal, para a destruição… Aí sim,
poderemos compreender tudo o que hoje nos causa perplexidade e assombro,
conhecer o ignoto, vez que teremos atingido o patamar de cocriadores com o Pai
Celestial como Jesus o é há tantos milênios…
Até lá, muito trabalho, árdua
caminhada e… milhares de reencarnações!
Sem embargo, não há motivo para
desânimo, vez que Jesus conclamou:
Tende
bom ânimo, eu venci o mundo.
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