quinta-feira, 28 de julho de 2022

MISSÃO DO ESPÍRITO PROTETOR[1]

 

Miramez

 

Qual a missão do Espírito protetor?

− A de um pai para com os filhos: conduzir o seu protegido pelo bom caminho, ajudá-lo com os seus conselhos, consolá-lo nas suas aflições, sustentar sua coragem nas provas da vida.

Questão 491/O Livro dos Espíritos

 

A missão do protetor espiritual é como se fosse a de um pai. Dando toda a cobertura ao seu filho do coração, investe no seu tutelado em todas as suas tarefas, e quando esse compreende seus deveres ante a paternidade universal, o protetor espiritual se sente confortado na sua intimidade, como um verdadeiro pai sente a alegria de ver seu filho em caminhos nobres. Ele destina seus esforços para ajudar a despertar os sentimentos do bem naquele que é seu protegido por aquiescência de Deus. A missão do protetor é te proteger sem agressão, mas, essa proteção depende muito de ti. Ele bate à tua porta, tu é que deves abri-la recebendo as sugestões de amor, por amor.

Todos os homens, e por vezes os Espíritos, têm seus protetores espirituais, que a cada dia fazem esforços incomuns no sentido de se aproximarem mais dos seus tutelados. A sua tarefa é árdua e ele incentiva o protegido nas linhas do bem, clareando seus pensamentos cada vez mais e fortalecendo seu coração nos momentos das provas indispensáveis. Ele inspira e cuida do encarnado, para que este possa levantar seu ânimo em quaisquer circunstâncias.

Quando o seu tutelado fecha os ouvidos e embota os sentimentos na razão direta da sua influência espiritual, o protetor vai se distanciando do seu protegido, como que sem condições de auxiliá-lo com eficiência, porém, nunca o perde de vista, pois é o seu dever ajudá-lo com as suas possibilidades, sem contrariar a lei e sem violentar os direitos que lhe faculta o livre arbítrio. Todos conhecem a liberdade, mesmo relativa, de cada ser, de atrair para junto de si conforme o que é, o que pensa e o que faz. É a lei que diz que os semelhantes atraem os semelhantes, porém, a misericórdia de Deus cobre a multidão dos erros humanos, e em meio a todos os caminhos difíceis da alma, o Anjo-Guardião sempre está presente, ajudando seu tutelado a lembrar-se dos seus compromissos para com a sociedade e para consigo mesmo.

Medita todos os dias, mesmo que seja por segundos, em teu Protetor espiritual, que essa oração em silêncio buscando alguém de luz é respondida pela luz do amor, que fartar-te-á o coração dando-te ânimo para as lutas, retirando do teu íntimo a vacilação que possa te levar ao caos.

O Livro dos Espíritos, codificado por Allan Kardec, é um orientador divino que não deve faltar em tuas consultas diárias, dando-te as diretrizes de que precisas no dia-a-dia. O teu compromisso na Terra pode ser grande, mas, nunca é cumprido a sós. Muitas mãos foram colocadas para te ajudar. Aproveita-as, que a glória surgirá nos teus caminhos, para a paz de muitos.

A esperança acena para ti, mostrando-te um futuro de paz de consciência, se compreenderes as leis que garantem a vida e sustentam a paz. Se és espírita, deves compreender, melhor que os outros, a continuação da vida em todos os ângulos, e que o túmulo não é sinônimo da morte e, sim, de mais vida.

É bom que te lembres da questão de O Livro dos Espíritos, tema deste capítulo: “Qual a missão do Espírito Protetor? Vejamos a resposta maravilhosa do Espírito ao interrogador:

A de um pai em relação aos filhos; a de guiar o seu protegido pela senda do bem, auxiliá-los com seus conselhos, consolá-lo nas suas aflições, levantar-lhes o ânimo nas provas da vida.

Medita no que ela te tala sobre o Espírito protetor, e tem mais confiança naquele que te protege que, por ele, fluem as bênçãos de Deus, pela presença do Cristo em nós. Confia em Deus e em ti mesmo, que essa confiança se estenderá a todos aqueles que te procuram para te ajudar e isso tranquilizará teu coração em todas as tribulações que surgirem em teu caminho.

Um Espírito protetor nunca esquece o seu protegido, mas se aproxima mais dos que se esforçam para melhorar moralmente.



[1] Filosofia Espírita – Volume 10 – João Nunes Maia

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