Miramez
Com que fim a mulher é fisicamente mais fraca do que o
homem?
‒ Para lhe assinalar
funções particulares. O homem se destina aos trabalhos rudes, por ser o mais
forte; a mulher aos trabalhos suaves; e ambos a se ajudarem mutuamente nas
provas de uma vida cheia de amarguras.
Questão 819/O Livro dos Espíritos
Homem e mulher certamente que
não poderiam ser iguais nas suas estruturas físicas; não haveria razão de ser,
porque cada um tem funções diferentes, que se completam na união entre os dois.
Enquanto a alma não despertar todas as suas qualidades espirituais, um precisa
do outro, e os dois necessitam de todos os amigos na troca de valores
indispensáveis à vida e, ao mesmo tempo, de olvidar o egoísmo.
Quando a criatura dominar todas
as suas paixões, sentir o amor puro no coração e amar verdadeiramente, a sua
dependência será somente em relação a Deus. Com os outros companheiros do seu
nível tornar-se-ão um todo, sem, contudo, dar lugar nos sentimentos ao egoísmo
e ao orgulho. Será aquele Espírito que já se unificou com Jesus, sentindo-se
permanentemente filho de Deus.
A mulher, sendo mais fraca
fisicamente, deve cuidar dos trabalhos mais leves, aquele exercício sublimado
do lar, enquanto o homem tem estrutura mais grosseira para os trabalhos da sua
espécie. Eis aí como um completa o outro para a paz e o bem-estar da família.
O casamento é a porta pela qual
as almas começam a trabalhar e a compreender a si mesmas.
Nada se pode fazer sozinho na
Terra, e mesmo no céu se agrupam Espíritos com os mesmos ideais; assim não
sendo, não realizarão o grande ideal de servir com mais eficiência. No entanto,
esses grupos de almas têm sempre um que os dirige, em se apresentando mais
livre, com mais experiências, comandando com destreza aqueles de boa vontade.
Em tudo na natureza podemos
notar agrupamentos para melhor servir na função a que se foi chamado a
cooperar, desde os átomos até os mundos. A libertação começa no Espírito e
cresce nele de maneira que pode chegar a raias inconcebíveis aos que se
movimentam na Terra envolvidos na carne.
A mulher dos dias que correm,
por motivo de testemunhos a que deve se submeter, está se envolvendo nos
trabalhos dos homens, e eles, por vezes, nos das mulheres, por motivos que eles
mesmos desconhecem. No entanto, o tempo mostrará que essas necessidades
desaparecerão com o tempo, deixando cada um em seu verdadeiro lugar. Desde
quando se pode trocar de vestes, de homem ou de mulher, acabam as necessidades
de um fazer o trabalho do outro, quando se tem uma sociedade justa, que assiste
todos nos seus devidos lugares. Não há, imperiosamente, necessidade de a mulher
ocupar o lugar do homem, ela que foi feita especialmente para o lar, em
primeiro lugar, bem como de o homem ocupar-se com as obrigações da mulher, já
que foi abençoado por Deus para os trabalhos mais rudes, na responsabilidade de
enfrentá-los, recolhendo experiências no ramo que precisa para viver. Isto não
quer dizer que, sendo o corpo da mulher mais fraco, o Espírito também o é, o
mesmo ocorrendo em relação ao homem.
A mulher é mãe, tendo no coração
o amor mais acentuado; o homem é pai, que gera nos sentimentos mais energia no
que se refere à disciplina. Todavia, os pais de um lar, não devem entrar em
discórdia, pois deste modo desarmonizam a casa e desajustam os filhos que
receberam para educar.
Lembremos João, no capítulo
seis, versículo quarenta e três, que assim registrou:
Respondeu-lhes Jesus: Não murmureis entre
vós.
O casal não deve murmurar; é de
seu dever compreender um ao outro em todos os aspectos da vida, para que a vida
em casa possa entrar em sintonia com o Evangelho de Jesus. Os filhos têm muita
facilidade de copiar os pais, condicionando o que veem e ouvem dos seus genitores.
A responsabilidade é muito grande, ante a paternidade maior.
A vida na Terra é cheia de
amargor. Os problemas e sacrifícios são sem conta. Sabemos disso por
experiências, contudo, Deus não se esquece dos Seus filhos, principalmente
daqueles em exercício na Terra, carregando um corpo físico. O forte e o fraco
se completam para notarem que existe a felicidade depois das inúmeras
tempestades.
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