Pretendemos rememorar uma figura
de real projeção e que muito dignificou a França, seu país natal: Edgard
Quinet.
Filósofo, poeta, historiador e
político. Nasceu em 17 de fevereiro de 1803, em Bourg-en-Bresse, França,
desencarnando em 27 de março de 1875, em Paris, França. Filho de Eugénie Rozat
Lagis e Jérôme Quinet. Casado com Emiona Asachi (de 1852 a 1875).
Não nos receamos de afirmar que
os Espíritos desencarnados têm influído, continuam e continuarão influenciando
os homens de ciência e os cultivadores das artes, muito embora grande parte
desses favorecidos os desconheçam completamente, e, quando se admiram de haverem
tomado esta ou aquela atitude decisiva em suas pesquisas, ou de terem tido
ideias magníficas, atribuem, simploriamente, à sorte, à casualidade, à sua boa
estrela, ou à inspiração feliz!
Sabemos, porém, que essa
inspiração, boa estrela, casualidade, sorte, tudo isso enfim, nada mais é do
que a inspiração amiga oculta e desinteressada de nossos irmãos da
Espiritualidade!
E os Espíritos que se comprazem
em auxiliar seus irmãos encarnados, para que eles consigam avançar na senda do
progresso e possam melhor sentir a grandeza divina, não se agastam quando os
homens não reconhecem neles os seus mentores nas várias atividades a que se
entregam aqui na Terra.
Pretendemos, neste capítulo,
rememorar uma figura de real projeção e que muito dignificou a França, seu país
natal:
O Espiritismo, e
quando assim nos expressamos referimo-nos à ação dos Espíritos desencarnados, o
Espiritismo, repetimos, tal como o sopro divino, se espalha por toda parte,
penetra em todas as camadas sociais, tem luz apropriada a todos os graus da
inteligência humana. Ele tem sido tão necessário, como o será, por todo o
sempre, à evolução dos homens, da mesma forma que o oxigênio o é para a
manutenção da vida orgânica.
Após a leitura do livro de
Johann Gottfried Von Herder, intitulado “Ideia sobre a filosofia da história da
Humanidade”, obra por ele traduzida, dedicou-se ao estudo da história das
religiões e da filosofia da História.
Fez parte de comissões
cientificas, exerceu vários cargos de professor, bem como outros de real
projeção. Foi por duas vezes eleito deputado, sendo que da primeira vez, em
virtude de sua atitude leal e desassombrada, foi exilado! Em suas obras “A
Alemanha e a Revolução”, “Sistema Político da Alemanha”, profetizou a hegemonia
da Prússia sobre os demais estados germânicos.
Publicou várias e importantes
obras. De retorno do exílio foi eleito deputado e publicou valioso resumo de
suas doutrinas, intitulado “O Espírito Novo”.
Para deixarmos bem evidenciado
como o Espiritismo nele exercia benéfica influência, será suficiente apelarmos
para o Senhor Ledrain, crítico literário, extremamente cético e que por ocasião
do centenário de Edgard Quinet, em 1903, publicou um artigo no jornal francês
”L´Éclair”, em o qual, entre outras coisas, disse o seguinte:
Ao mesmo tempo em
que o mundo visível o extasiava, tinha ele os olhos fixos no mundo invisível.
Foi fervoroso espiritualista, como todos os de sua geração, Lamartine, Victor
Hugo, Michelet. Acreditava na “cidade imortal das almas”, na pátria de onde se
não podia ser banido por homem algum. O sopro de não sei que país supra
terrestre em certos momentos o envolve e transporta, como suspenso em asas, aos
espaços infinitos. Lede seu discurso ao pé do túmulo de sua mãe, do de seu
genro Georges Mourouzi; que inflexões do Alto! É um profeta a elevar-se acima
de todos os sacerdócios e a falar em nome do eterno, como investido de uma
missão direta”.
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