segunda-feira, 16 de agosto de 2021

MARIA DOLORES DE ARAÚJO BACELAR[1]

 


De família católica, Maria Dolores de Araújo Bacelar, ou simplesmente Dolores Bacelar como ficou conhecida, tornou-se figura querida dentro das lides espíritas, sobretudo por sua humildade.

Era natural de Pernambuco, onde nasceu no dia 10 de novembro de 1914, passando a residir na cidade do Rio de Janeiro.

Levada a um Centro Espírita pelo saudoso esperantista Ismael Gomes Braga ‒ que descobriu nela grandes recursos mediúnicos ‒, aproximou-se da Doutrina e ao lado do esposo, o também pernambucano Luiz Gonzaga da Silveira Bacelar, trabalhou com afinco em prol da divulgação do Espiritismo, sobretudo a partir de 1949, na Casa Espírita do Coração, no bairro de Ipanema, zona sul do Rio.

Nessa instituição, então denominada Sociedade Espiritualista Cabana de Canagé, atuou por muitos anos, sempre desfrutando da amizade e do carinho de todos.

Mais tarde, com o esposo, fundou a Seara dos Servos de Deus, em Copacabana, a qual posteriormente transferiu-se para Botafogo, onde permanece ainda em atividade.

Dolores Bacelar criou também, com o marido, a Casa Assistencial Lar Amigo, destinada ao amparo de meninas órfãs, conduzindo as tarefas sempre com sua característica abnegação, de forma silenciosa, no anonimato.

O casal colaborou muito com o coronel Jaime Rolemberg de Lima, no Lar Fabiano de Cristo, na implantação de uma unidade para atendimento de famílias carentes, a Casa de Alfredo, em Copacabana.

Com o regresso de Luiz Gonzaga à Espiritualidade, em 18 de junho de 1988, a viúva Dolores Bacelar, mãe então de quatro filhos ‒ Fernando Antônio, Rômulo, Ana Cristina e Primavera, esta ainda muito jovem ‒ e avó de oito netos, assumiu a presidência da Seara dos Servos de Deus, integrando também o Conselho da Instituição.

Da mesma forma permaneceu, sem esmorecer, na execução das atividades assistenciais e espirituais da Casa Assistencial Lar Amigo.

Como médium psicógrafa, Dolores recebeu dezenas de livros, dentre os quais: “A mansão Renoir”, “A canção do destino”, “Novos cânticos”, “O alvorecer da espiritualidade”, “Os guardiães da verdade”, “Veladores da luz”, “O voo do pássaro azul”, “A rosa imortal” e “À sombra do olmeiro”.

Dolores Bacelar desencarnou em 6 de outubro de 2006 e o enterro do seu corpo ocorreu no dia seguinte, às 14 horas, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, com expressivo acompanhamento.

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