De família católica, Maria
Dolores de Araújo Bacelar, ou simplesmente Dolores Bacelar como ficou
conhecida, tornou-se figura querida dentro das lides espíritas, sobretudo por
sua humildade.
Era natural de Pernambuco, onde
nasceu no dia 10 de novembro de 1914, passando a residir na cidade do Rio de
Janeiro.
Levada a um Centro Espírita pelo
saudoso esperantista Ismael Gomes Braga ‒ que descobriu nela grandes recursos
mediúnicos ‒, aproximou-se da Doutrina e ao lado do esposo, o também
pernambucano Luiz Gonzaga da Silveira Bacelar, trabalhou com afinco em prol da
divulgação do Espiritismo, sobretudo a partir de 1949, na Casa Espírita do
Coração, no bairro de Ipanema, zona sul do Rio.
Nessa instituição, então
denominada Sociedade Espiritualista Cabana de Canagé, atuou por muitos anos,
sempre desfrutando da amizade e do carinho de todos.
Mais tarde, com o esposo, fundou
a Seara dos Servos de Deus, em Copacabana, a qual posteriormente transferiu-se
para Botafogo, onde permanece ainda em atividade.
Dolores Bacelar criou também,
com o marido, a Casa Assistencial Lar Amigo, destinada ao amparo de meninas
órfãs, conduzindo as tarefas sempre com sua característica abnegação, de forma
silenciosa, no anonimato.
O casal colaborou muito com o
coronel Jaime Rolemberg de Lima, no Lar Fabiano de Cristo, na implantação de
uma unidade para atendimento de famílias carentes, a Casa de Alfredo, em
Copacabana.
Com o regresso de Luiz Gonzaga à
Espiritualidade, em 18 de junho de 1988, a viúva Dolores Bacelar, mãe então de
quatro filhos ‒ Fernando Antônio, Rômulo, Ana Cristina e Primavera, esta ainda
muito jovem ‒ e avó de oito netos, assumiu a presidência da Seara dos Servos de
Deus, integrando também o Conselho da Instituição.
Da mesma forma permaneceu, sem
esmorecer, na execução das atividades assistenciais e espirituais da Casa
Assistencial Lar Amigo.
Como médium psicógrafa, Dolores
recebeu dezenas de livros, dentre os quais: “A mansão Renoir”, “A canção do
destino”, “Novos cânticos”, “O alvorecer da espiritualidade”, “Os guardiães da
verdade”, “Veladores da luz”, “O voo do pássaro azul”, “A rosa imortal” e “À
sombra do olmeiro”.
Dolores Bacelar desencarnou em 6
de outubro de 2006 e o enterro do seu corpo ocorreu no dia seguinte, às 14
horas, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, com expressivo
acompanhamento.
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