José Lucas – Óbidos – Leiria – Portugal
Momentos antes de morrer, muitas
pessoas alegam ver junto de si seres conhecidos, familiares e amigos, também já
falecidos. Estes estudos têm tido o interesse de muitos pesquisadores. Iremos
iniciar uma série de artigos sobre este assunto. Não perca!
Ernesto Bozzano (1861-1943) foi
um dos mais eruditos sábios dos últimos tempos. Foi um famoso escritor
italiano, mundialmente conhecido pelas excelentes obras espíritas legadas ao
mundo, através de suas investigações. Uma de suas pesquisas denomina-se
“Fenómenos Psíquicos no Momento da Morte” e relata muitos casos confirmados e
catalogados de pessoas que tiveram contacto visual com seres conhecidos,
familiares, amigos, todos eles já falecidos e que viriam então “buscá-los” para
a sua nova vida. Factos muito interessantes que acontecem amiúde, e que os mais
desavisados facilmente consideram ser apenas uma alucinação visual, não dando a
menor importância aos mesmos.
Ao longo dos próximos artigos
iremos dissecar, neste espaço, algumas das nuanças existentes neste tipo de
fenómenos psíquicos, no momento da morte do corpo físico.
Ensina-nos o Espiritismo (ver O Livro dos Espíritos de Allan Kardec)
que as pessoas, quando o corpo físico se vai deteriorando ao ponto de não mais
suportar a vida no planeta Terra, começam a desligar-se naturalmente, passo a
passo, desse mesmo corpo.
... é possível aos falecidos (chamados de desencarnados,
isto é, fora do corpo de carne) tornarem-se visíveis
perante nós encarnados, isto é, ainda no corpo de carne.
Sendo o ser humano um espírito
eterno, que tem temporariamente um corpo físico, esse ser volta um dia para o
mundo espiritual, continuando aí a viver em várias cidades e organizações
existentes nesse mesmo mundo espiritual, mas agora, vivendo com o corpo
espiritual (denominado de perispírito), que é uma espécie de duplicação do
corpo físico, só que em outro estado da matéria.
Nesse sentido, e por um processo
de “condensação” molecular desse mesmo corpo espiritual, é possível aos
falecidos (chamados de desencarnados, isto é, fora do corpo de carne)
tornarem-se visíveis perante nós encarnados, isto é, ainda no corpo de carne. É
o que acontece amiúde com pessoas que se encontram em estado de doença
prolongada, e que vão assim desligando-se paulatinamente do corpo físico,
estando por vezes, no momento da morte, mais “do lado de lá” do que “no lado de
cá”, como é usual dizer-se. Essas pessoas, descrevem seres conhecidos já
falecidos, que estão ao seu lado, amistosamente, e relatam muitas vezes suas
conversas com esses mesmo seres, podendo inclusive prever com alegria o momento
da morte do corpo físico.
Um caso pessoal
Recordo-me de um caso curioso
que aconteceu na minha família. A minha avó materna, excelente pessoa com quem
tinha muita afinidade, já bastante idosa, entrou em estado de doença. Sendo
diabética, poder-se-ia no entanto dizer que a sua doença seria aquilo a que
comumente se designa de velhice. Acamada, e com os extremados zelos da minha
mãe, diariamente inteirava-me do seu estado de saúde. Um dia, a minha mãe,
muito preocupada, veio dizer-me que a minha avó começara a delirar, isto é, que
ao acordar de manhã, falava como se estivesse em outra casa, dizendo que queria
ir para a sua casa (onde se encontrava acamada), e relatando com extrema
felicidade que o seu marido bem como seus pais (já falecidos), estavam muito
luminosos, felizes, e que estavam ali com ela. Depois, com o passar dos minutos
lá se apercebia que estava em sua casa, realmente. Neófito no Espiritismo,
informei a minha genitora que era muito comum isso acontecer às pessoas que
estão para desencarnar (falecer), e que se fosse preparando para o desenlace,
pois tudo indicaria que assim acontecesse. De facto, passadas três semanas de
consecutivos relatos diários de visitas dos familiares já falecidos, minha avó
acabou por desencarnar em muita paz e serenidade.
No próximo artigo, continuaremos
com este tema, abordando pesquisas científicas nesta área levadas a cabo pelo
genial Ernesto Bozzano.
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