terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

O PRÍNCIPE DE HOHENLOHE, MÉDIUM CURADOR[1]

 



Allan Kardec

 

A mediunidade curadora está na ordem do dia, e tudo quanto se liga a esta questão oferece um interesse de atualidade.

Tomamos do Vérité, de Lyon, de 21 de outubro de 1866, o artigo seguinte sobre as curas do príncipe de Hohenlohe, que fizeram grande sensação na época. Esta notícia faz parte de uma série de artigos muito instrutivos sobre os médiuns curadores.

A este respeito, sentimo-nos felizes por constatar que o Vérité, que está no seu quarto ano, prossegue com sucesso o curso de suas sábias e interessantes publicações, que projetam luz sobre a história do Espiritismo e no-lo mostram em toda parte, na antiguidade como nos tempos modernos. Se, sobre certos pontos, não partilhamos de todas as opiniões de seu principal redator, o Sr. A. P..., não deixamos de reconhecer que, por suas laboriosas pesquisas, ele presta à causa um serviço real, que todos os espíritas sérios apreciam.

Com efeito, provar que a Doutrina Espírita atual é a síntese de crenças universalmente espalhadas, partilhadas por homens cuja palavra faz autoridade e que foram nossos primeiros mestres em filosofia, é mostrar que ela não se assenta sobre a base frágil da opinião de um só. Que desejam os espíritas, senão encontrar o maior número possível de aderentes às suas crenças?

Para eles, isto deve ser uma satisfação e, ao mesmo tempo, uma consagração de suas ideias, encontrá-las mesmo antes deles. Jamais compreendemos que homens de bom-senso tenham podido concluir contra o Espiritismo moderno que ele não é o primeiro inventor dos princípios que proclama, ao passo que aí está precisamente o que constitui uma parte de sua força e deve acreditá-lo. Alegar a sua ancianidade[2] para denegri-lo, é mostrar-se soberanamente ilógico, e tanto mais desajeitado quanto ele jamais se atribuiu o mérito da primeira descoberta. É, pois, equivocar-se estranhamente sobre os sentimentos que animam os espíritas, atribuir a estes ideias muito estreitas, e uma tola pretensão pensar em molestá-los, objetando-lhes que o que professam era conhecido antes deles, quando os espíritas são os primeiros a explorar o passado para aí descobrir os traços da ancianidade de suas crenças, que fazem remontar às primeiras idades do mundo, porque são fundadas em leis da Natureza, que são eternas.

Nenhuma grande verdade saiu, com todas as suas peças, do cérebro de um indivíduo; todas, sem exceção, tiveram precursores, que as pressentiram ou as entreviram em algumas partes. O Espiritismo se honra, pois, de contar os seus por milhares e entre os homens mais justamente considerados. Pô-los à luz é mostrar o número infinito de pontos pelos quais ele se liga à história da Humanidade.

Mas em parte alguma o Espiritismo encontra-se completo; sua coordenação em corpo de doutrina, com todas as suas consequências e suas aplicações, sua correlação com as ciências positivas, é uma obra essencialmente moderna, mas por toda parte encontram-se os seus elementos esparsos, misturados a crenças supersticiosas de que foi preciso fazer a triagem. Se se reunissem as ideias que se acham disseminadas na maioria das filosofias modernas, nos escritores sacros e profanos, os fatos inumeráveis e infinitamente variados que se produziram em todas as épocas, e que atestam as relações do mundo visível e do mundo invisível, chegar-se-ia a constituir o Espiritismo tal qual é hoje: é o argumento invocado contra ele por certos detratores. Foi assim que ele procedeu? É uma compilação de ideias antigas rejuvenescidas pela forma? Não; ele saiu todo inteiro das observações recentes, mas, longe de se julgar diminuído pelo que foi dito e observado antes dele, sente-se fortificado e engrandecido.

Uma história do Espiritismo antes da época atual ainda está por fazer. Um trabalho desta natureza, feito conscienciosamente, escrito com precisão, clareza, sem desenvolvimentos supérfluos e fastidiosos, que tornariam penosa sua leitura, seria uma obra eminentemente útil, um documento precioso a consultar. Seria antes uma obra de paciência e de erudição que uma obra literária, e que consistiria principalmente na citação das passagens dos diversos escritores que emitiram pensamentos, doutrinas ou teorias que se acham no Espiritismo de hoje. Aquele que fizer esse trabalho com seriedade terá muito merecido da Doutrina.

Voltemos ao nosso assunto, do qual, sem o querer, nos desviamos um pouco, mas talvez não sem utilidade.

O Espiritismo moderno não descobriu nem inventou a mediunidade curadora e os médiuns curadores, como não descobriu nem inventou os outros fenômenos espíritas. Desde que a mediunidade curadora é uma faculdade natural, submetida a uma lei, como todos os fenômenos da Natureza, deve ter-se produzido em diversas épocas, como o constata a História; mas estava reservado ao nosso tempo, com o auxílio das novas luzes que possuímos, lhe dar uma explicação racional e fazê-la sair do domínio do maravilhoso. O príncipe de Hohenlohe nos oferece um exemplo, tanto mais notável porque os fatos se passaram antes que se cogitasse do Espiritismo e dos médiuns. Eis o resumo dado pelo jornal Vérité:

 

No ano de 1829, veio a Wurtzbourg, cidade considerável da Baviera, um santo padre, o príncipe de Hohenlohe. Enfermos e doentes foram pedir-lhe, para obter do céu a sua cura, o socorro de suas preces. Ele invocava sobre eles as graças divinas, e logo se viu grande número desses infortunados curados de repente. O rumor dessas maravilhas repercutiu longe. A Alemanha, a França, a Suíça, a Itália, uma grande parte da Europa foi informada disto. Numerosos escritos foram publicados, que perpetuarão a lembrança. Entre as testemunhas autênticas e dignas de fé, que certificam a realidade dos fatos, basta aqui transcrever algumas, cujo conjunto forma uma prova convincente.

Preliminarmente, eis um extrato do que a respeito escreve o Sr. Scharold, conselheiro de legação em Wurtzbourg, e testemunha de grande parte das coisas que relata.

Há dois anos, uma princesa de dezessete anos, Matilde de Schwartzemberg, filha do príncipe deste nome, achava-se na casa de saúde do Sr. Haine, em Wurtzbourg. Era-lhe absolutamente impossível andar. Em vão os médicos mais famosos da França, da Itália e da Áustria tinham esgotado todos os recursos de sua arte para curar a princesa desta enfermidade. Somente o Sr. Haine, que se tinha servido das luzes e da experiência do célebre médico Sr. Textor, tinha conseguido, graças aos cuidados prodigalizados à doente, pô-la em estado de ficar de pé, e ela própria, fazendo esforços, tinha conseguido executar alguns movimentos como para andar, mas sem andar realmente. Pois bem! A 20 de junho de 1821 ela deixou o leito de repente e andou com inteira liberdade.

Eis como a coisa se passou. Cerca de dez horas da manhã o príncipe de Hohenlohe foi visitar a princesa, que mora em casa do Sr. Reinach, deão do capítulo. Quando entrou em seu apartamento, perguntou-lhe, como em conversa, na presença de sua governanta, se acreditava firmemente que Jesus-Cristo pudesse curá-la de sua enfermidade. À sua resposta de que estava inteiramente persuadida, o príncipe disse à piedosa doente que orasse do mais profundo do coração e pusesse sua confiança em Deus.

Quando ela parou de orar, o príncipe lhe deu sua bênção e disse: ‘Vamos, princesa, levantai-vos; agora estais curada e podeis andar sem dores...’ Todo mundo da casa foi chamado imediatamente. Não sabiam como exprimir o seu assombro por uma cura tão pronta e tão incompreensível. Todos caíram de joelhos na mais viva emoção e entoaram louvores ao Todo-Poderoso. Cumprimentaram a princesa por sua felicidade e juntaram suas lágrimas às que a alegria fazia correr de seus olhos.

A notícia espalhou-se pela cidade e causou espanto. Corriam em multidão para se assegurarem do acontecimento pelos próprios olhos. No dia 21 de junho a princesa já se havia mostrado em público. Impossível descrever o êxtase que ela experimentou, vendo-se fora de seu estado de cruéis sofrimentos.

No dia 25 o príncipe de Hohenlohe deu outro exemplo notável da graça que possui. A esposa de um ferreiro da Rua Semmels não ouvia mais as grandes marteladas de sua forja. Foi encontrar o príncipe no pátio do presbitério Hung e lhe suplicou que a socorresse. Enquanto estava ajoelhada, ele lhe impôs as mãos sobre a cabeça e, tendo orado algum tempo, com os olhos erguidos para o céu, tomou-a pela mão e a levantou. Qual não foi o espanto dos espectadores quando essa mulher, erguendo-se, disse que ouvia o tilintar do relógio da igreja! Voltando para casa, não se cansava de contar a todos os que a interrogavam o que acabava de lhe acontecer.

No dia 26, uma pessoa ilustre (o príncipe real da Baviera) foi curado imediatamente de uma doença que, segundo as regras da Medicina, devia exigir muito tempo e daria muito sofrimento. Esta notícia causou viva alegria nos corações dos habitantes de Wurtzbourg.

O príncipe de Hohenlohe não foi menos feliz na cura de uma doente que duas vezes tinham tentado curar, mas que, de cada vez, só tinham obtido um ligeiro alívio. Esta cura foi operada na cunhada do Sr. Broili, negociante. Desde muito ela era afligida por uma paralisia muito dolorosa. A casa ribombou de gritos de alegria.

No mesmo dia a viúva Balzano recuperou a vista, pois há vários anos estava completamente cega. Convenci-me por mim mesmo deste fato.

Apenas saído do espetáculo desta cena tocante, fui testemunha de outra cura, operada na casa do Sr. general D... Uma jovem mulher tinha a mão direita tão gravemente estropiada, que não podia usá-la nem estendê-la. Ela imediatamente deu prova de sua perfeita cura, levantando com a mesma mão uma cadeira muito pesada.

No mesmo dia um paralítico, cujo braço esquerdo se havia definhado, foi curado completamente. Uma cura de dois outros paralíticos ocorreu logo depois. Ela foi tão completa e ainda mais pronta.

No dia 28 eu mesmo vi com que prontidão e segurança o príncipe de Hohenlohe curou crianças. Tinham-lhe trazido uma do campo que só andava com muletas. Poucos minutos depois essa criança, transportada de alegria, corria sem muletas pelas ruas. Entrementes, uma criança muda, que apenas soltava alguns sons inarticulados, foi trazida ao príncipe; alguns minutos depois começou a falar. Logo uma pobre mulher trouxe sua filhinha às costas, estropiada das duas pernas; colocou-a aos pés do príncipe. Um momento depois ele entregou a criança à sua mãe, que então viu a filha correr e pular de alegria.

No dia 29, uma mulher de Neustadt, paralítica e cega, foi-lhe trazida numa charrete. Estava cega há vinte e cinco anos. Cerca de três horas da tarde ela se apresentou no castelo da residência de nossa cidade, para implorar o socorro do príncipe de Hohenlohe, no momento em que ele entrava no vestíbulo, construído sob a forma de uma grande tenda. Caindo aos pés do príncipe, ela lhe suplicou, em nome de Jesus-Cristo, que a socorresse. O príncipe orou por ela, deu-lhe sua bênção e perguntou se acreditava firmemente que pudesse, em nome de Jesus, recobrar a vista. Como respondesse que sim, disse a ela que se levantasse. Retirou-se. Mal se havia afastado alguns passos, seus olhos abriram-se de repente. Ela viu e deu todas as provas que lhe pediram da faculdade que acabava de recobrar. Todas as testemunhas desta cura, entre as quais grande número de senhores da corte, ficaram extasiadas de admiração.

A cura de uma mulher do hospital civil, que haviam trazido ao príncipe, não é menos admirável. Essa mulher, chamada Elisabeth Laner, filha de um sapateiro, tinha a língua tão vivamente afetada que, por vezes, passava quinze dias sem poder articular uma sílaba. Suas faculdades mentais tinham sofrido muito. Tinha perdido quase completamente o uso dos membros, de sorte que jazia no leito como uma massa. Pois bem! Essa pobre infeliz foi hoje ao hospital sem ajuda de ninguém. Goza de todos os sentidos, como há doze anos, e sua língua soltou-se tão bem que ninguém no hospício fala com tanta volubilidade quanto ela.

No dia 30, à tarde, o príncipe deu um exemplo extraordinário de cura. Uma carroça, em volta da qual estavam reunidos milhares de espectadores, tinha vindo de Musmerstadt. Nela estava um pobre estudante, paralítico dos braços e das pernas, definhados de maneira assustadora.

Suplicado pelo infeliz para aliviá-lo, o príncipe veio à carroça. Orou cerca de cinco minutos, as mãos postas e erguidas para o céu. Falou várias vezes ao estudante e, enfim, lhe disse: ‘Levantai-vos, em nome de Jesus-Cristo.’ O estudante realmente se levantou, mas com sentimentos que não pôde dissimular. O príncipe lhe disse que não perdesse a confiança. O infortunado que, alguns minutos antes, não podia mover braços nem pernas, endireitou-se e ficou perfeitamente livre na carroça. Depois, erguendo os olhos para o céu, onde se viam desenhados o mais terno reconhecimento, exclamou: ‘Ó Deus! Vós me socorrestes!’ Os espectadores não puderam conter as lágrimas.

As curas miraculosas operadas em Wurtzbourg pelo príncipe de Hohenlohe poderiam oferecer assunto para mais de cem quadros de ex-voto.

 

Notar-se-á a impressionante analogia que existe entre estes fatos de cura e os de que somos testemunhas. O Sr. De Hohenlohe se achava nas melhores condições para o desenvolvimento de sua faculdade e, por isso, a conservou até o fim. Como nessa época não se conhecia a sua verdadeira origem, era considerada como um dom sobrenatural e o Sr. Hohenlohe como operante de milagres. Mas, por que é olhada por algumas pessoas como um dom do céu, e por outras como uma obra satânica? Não conhecemos nenhum médium curador que tenha dito tirar seu poder do diabo; todos, sem exceção, só operam invocando o nome de Deus e declarando nada poder fazer sem a sua vontade. Os mesmos que ignoram o Espiritismo e agem por intuição, recomendam a prece, na qual reconhecem um poderoso auxiliar. Se agissem pelo demônio, seriam ingratos em renegá-lo, e este último não é tão modesto, nem tão desinteressado para deixar àquele que procura combater o mérito do bem que faz, porque isto seria perder seus auxiliares, em vez de recrutá-los. Alguma vez se viu um negociante elogiar aos seus clientes a mercadoria de seu vizinho a expensas da sua e os compelir a ir a ele? Na verdade, têm razão de rir do diabo, porque dele fazem um ser muito tolo e muito estúpido.

A comunicação seguinte foi dada pelo príncipe de Hohenlohe na Sociedade de Paris.

 

(Sociedade de Paris, 26 de outubro de 1866 – Médium: Sr. Desliens)

 

Senhores, venho entre vós com tanto mais prazer quanto minhas palavras podem tornar-se para todos um útil assunto de instrução.

Frágil instrumento da Providência, pude contribuir para fazer glorificar o seu nome e venho de boa vontade entre aqueles que têm por objetivo principal conduzir-se segundo as suas leis, e progredir tanto quanto neles está o caminho da perfeição.

Vossos esforços são louváveis e me considerarei como muito honrado por assistir algumas vezes aos vossos trabalhos. Vamos, então, desde já, às manifestações que provocaram minha presença entre vós.

Como dissestes com toda razão, a faculdade de que eu era dotado era simplesmente o resultado de uma mediunidade. Eu era instrumento; os Espíritos agiam e, se algo eu pude, não foi senão por meu grande desejo de fazer o bem e pela convicção íntima de que tudo é possível a Deus. Eu acreditava!... E as curas que obtinha vinham incessantemente aumentar a minha fé.

Como todas as faculdades mediúnicas, que hoje concorrem para a vulgarização do ensino espírita, a mediunidade curadora foi exercida em todos os tempos e por indivíduos pertencentes às diversas religiões. – Deus espalha por toda parte seus mais adiantados servos, para deles fazer balizas de progresso, entre os próprios que estão mais afastados da virtude e, direi mesmo, sobretudo entre estes... Como um bom pai que ama igualmente todos os filhos, sua solicitude se manifesta sobre todos, mas mais particularmente sobre os que mais necessitam de apoio para avançar. – É assim que não é raro encontrar homens dotados de faculdades extraordinárias para a multidão, entre os simples. E, por esta palavra, eu entendo aqueles cuja pureza de sentimentos não foi ofuscada pelo orgulho e pelo egoísmo. É verdade que a faculdade também pode existir em pessoas indignas, mas não é, nem poderia ser, senão passageira. É um meio enérgico de lhes abrir os olhos: tanto pior para os que se obstinam em mantê-los fechados.

Entrarão novamente na obscuridade de onde saíram, com a confusão e o ridículo por cortejo, se mesmo Deus não punir, desde esta vida, seu orgulho e sua obstinação em desconhecer a sua voz.

Seja qual for a crença íntima de um indivíduo, se suas intenções forem puras, e se estiver inteiramente convencido da realidade do que crê, pode, em nome de Deus, operar grandes coisas. A fé transporta montanhas: dá a vista aos cegos e o entendimento espiritual aos que antes erravam nas trevas da rotina e do erro.

Quanto à melhor maneira de exercer a faculdade de médium curador, há apenas uma: É ficar modesto e puro e referir a Deus e às potências que dirigem a faculdade tudo o que se realiza.

Os que perdem os instrumentos da Providência é que não se julgam simples instrumentos; querem que seus méritos sejam em parte causa da escolha feita de sua pessoa; o orgulho os embriaga e o precipício se entreabre sob seus pés.

Educado na religião católica, penetrado da santidade de suas máximas, tendo fé em seu ensino, como todos os meus contemporâneos, eu considerava como milagres as manifestações de que era objeto. Hoje sei que a coisa é muito natural e que pode e deve conciliar-se com a imutabilidade das leis do Criador, para que sua grandeza e sua justiça permaneçam intactas.

Deus não poderia fazer milagres!... Porque então seria dar a presumir que a verdade não fosse bastante forte para afirmar-se por si mesma e, por outro lado, não seria lógico demonstrar a eterna harmonia das leis da Natureza, perturbando-as com fatos em desacordo com a sua essência.

Quanto a adquirir a faculdade de médium curador, não há método para isto; todo mundo pode, em certa medida, adquirir esta faculdade e, agindo em nome de Deus, cada um fará suas curas.

Os privilegiados aumentarão em número à medida que a Doutrina se vulgarizar, e é muito simples, pois haverá mais indivíduos animados de sentimentos puros e desinteressados.

 

Príncipe de Hohenlohe



[1] Revista Espírita – Dezembro/1866 – Allan Kardec

[2] Velhice.

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